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HUMILHAÇÃO SOCIAL - UM PROBLEMA POLÍTICO EM PSICOLOGIA

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Por:   •  16/9/2013  •  Tese  •  1.601 Palavras (7 Páginas)  •  524 Visualizações

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1. Introdução

A teoria da sociedade é expressão da luta revolucionária do proletariado, enquanto tal é fruto do trabalho daqueles que buscam classes. Nesse sentido, é uma necessidade premente a crítica desapiedada do existente com o objetivo de revelar as determinações que resulta a sociedade atual, fundada em contribuir com a emancipação humana, que só é possível abolindo a sociedade de relações de exploração e opressão.

Este trabalho foi desenvolvido por um grupo de alunos do 3º semestre do Curso de Serviço Social da Universidade Anhanguera da unidade de Aquidauana/MS e tem como objetivo relatar a pesquisa desenvolvida sobre o tema de “Invisibilidade Social” através de investigações e leitura de textos sugeridos no ATPS de Psicologia do Serviço Social.

2. HUMILHAÇÃO SOCIAL - UM PROBLEMA POLÍTICO EM PSICOLOGIA

Desde o começo do texto fica claro que a questão da humilhação social não pode ser explicada pura e unicamente por uma teoria ou ideologia, como a comparação entre Marx e Freud.

A humilhação social é como uma herança, passada entre as gerações e, de certa forma, cultivada e isolada pelas classes sociais dominantes da sociedade.

Chega-se então à reificação, que na sua origem alemã, significa literalmente "transformar uma idéia em uma coisa". É uma operação mental que consiste em transformar conceitos abstratos em realidades concretas ou objetos. No Marxismo, o conceito designa uma forma particular de alienação, característica do modo de produção capitalista, ou seja, implica a coisificação das relações sociais, de modo que a sua natureza é expressa através de relações entre objetos de troca.

Como conseqüência da reificação, o homem passa através dos tempos a ser cada vez mais isolado do restante da sociedade no que diz respeito ao alcance dos objetivos pessoais, acúmulo de riquezas e passa a viver cada vez mais focado no trabalho para conseguir renda e cuidar de si e de seus agregados mais próximos (cônjuge e filhos, e em raras vezes, os Pais) bem como para satisfazer a necessidade de compra de mercadorias e de bens que hoje são praticamente indispensáveis à sobrevivência tanto no campo quanto urbana.

Assim, o fenômeno histórico que se tornou a humilhação social, é ampliado pela desigualdade social existente desde os primórdios do descobrimento do país, passando pela escravidão e a libertação dos escravos que se viram livres, mas, sem o básico, necessário para se manterem vivos, passando então de escravos a empregados com o objetivo de sobreviver.

Também em situação equivalente estão os pobres e imigrantes, que vivenciam diariamente os efeitos da exclusão da classe aumentando ainda mais a desigualdade política por terem cada vez menos voz ativa e poder de palavra, recursos estes isolados entre os mais abastados, ditos de classe superior ou burgueses.

Com a pressão psicológica imposta, de certa forma, inconscientemente pela sociedade, o indivíduo passa a viver a situação da maioria da classe a que pertence, fazendo com que essa situação e sentimento de impotência sejam repassados para sua família e seus descendentes que desde muito cedo absorvem as dificuldades que seus pais enfrentaram tornando-as como uma rotina que os espera, cedo ou tarde.

Ao observar as características comuns aos bairros pobres, imediatamente nos vem à cabeça o ditado popular que diz que "em casa de ferreiro o espeto é de pau!". Embora tenha certo tom pejorativo, com a indicação de pessoa sem capricho com as próprias coisas, esta frase popular toma outro sentido quando olhamos pelo lado de quem é julgado.

A paisagem dos bairros pobres se dá sempre pela imagem de casas sem pintura, construções inacabadas, instalações elétricas improvisadas, contrastando diretamente com a profissão e ofícios desempenhados pelos moradores que ali habitam, como por exemplo: pintores, pedreiros, eletricistas e etc.

Contudo dá-se a seguinte realidade á estes trabalhadores, tijolo e cimento para o pedreiro terminar sua própria casa, o pintor não tem a tinta necessária para decorar sua fachada, o eletricista não tem dinheiro para comprar os condoeres que protegem e escondem os fios. Para outros falta simplesmente, o ânimo, a motivação.

Quanto à realidade das conquistas materiais alcançadas durante a vida como, objetos de herança, o vestido de noiva, veículos, são sucateados, doados, vendidos a preços irrisórios e, no final da vida ele simplesmente nada tem do que se lembrar, do que se orgulhar.

A reificação faz parte da vida das pessoas de baixa renda que, sem dinheiro, faz da sua força braçal a sua moeda de troca para conseguir adquirir renda e bens. Por isso, sua saúde é tida como prioridade por ele já que, doente não tem de onde tirar o sustento. Pare e perceba quantas vezes você já não ouviu de alguém que apesar das dificuldades o importante mesmo é estar com saúde?

E é nesse círculo vicioso da humilhação social que está a maioria da classe brasileira, que trabalha para conseguir comer, para tentar manter a saúde, para conseguir trabalhar, para comer. A chance de melhorar de vida é quase uma utopia, pois, é praticamente um sonho, um golpe de sorte para esse trabalhador que não tem condições, tempo, nem ânimo após horas de trabalho duro para simplesmente existir.

A esse trabalhador cabe a obediência ao seu superior, diálogos curtos como "Sim, Senhor!", "Agora mesmo Senhor!", "O Senhor é quem manda!", deixam agora mais evidente o quão abrangente é a humilhação social à nossa volta. Como exemplificado no texto estudado, não é esperado ver as classes sociais mais

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