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Husserl

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Por:   •  24/9/2013  •  Tese  •  2.142 Palavras (9 Páginas)  •  396 Visualizações

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RESUMO:

Será abordado as ideias principais do artigo fenomelogia e existencialismo, articulando nexos costurando sentidos, tendo como base a filosofia como disciplina, reconstruindo e renovando a filosofia tentando resolver o problema do conhecimento, tendo então uma relação nova entre sujeito e objeto, dando prioridade ao objeto para o conhecimento.

ABSTRACT:

Will address the main ideas of the article phenomenology and existentialism, articulating connections sewing directions, based on the philosophy as a discipline, rebuilding and renewing philosophy trying to solve the problem of knowledge, and then a new relationship between subject and object, giving priority to the object for knowledge.

Fenomenologia e Existencialismo: articulando nexos, costurando sentidos.

1= Husserl, o fundador da fenomenologia, criou uma doutrina que não se juntou às várias outras vigentes na época, mas sim, que transpôs os limites da filosofia como disciplina. Ele renovou o pensamento para se buscar compreender algo na sua mais pura realidade.

Husserl toca no cerne da filosofia, reconstituindo e renovando-a, para a reconstrução da maneira da filosofia exercer sua tarefa, que é interrogar. Então pode-se dizer a partir daí, que a fenomenologia funda a filosofia contemporânea.

A fenomenologia faz a tentativa de resolver o problema da constituição do conhecimento, através de uma nova relação entre sujeito e objeto, diferentemente das outras vertentes vigentes, que viam a relação sujeito/objeto de forma a dar prioridade ao objeto ou à mente (realismo e idealismo respectivamente), como ponto de partida ou meio para o conhecimento.

2= A vertente realista vê no objetos em si mesmos, nas coisas em si mesmas, o ponto de partida do conhecimento. A representação que fazemos das coisas está subordinada aos objetos em si mesmos, apreendidas pelo sentidos e depois registradas pelo intelecto.

O idealismo parte da ideia de que o sujeito, a mente, as ideias são o ponto de partida para a reconstituição de acordo entre as coisas e a mente, entre o objeto e o sujeito, uma correspondência que se estabelece a partir de uma análise das ideias que fazem chegar a uma conformidade entre as ideias e as coisas.

A filosofia de Kant procura solucionar este impasse, propondo um “meio termo”, redistribuindo as funções do conhecimento, procurando ver qual é a contribuição de cada um para o processo de conhecimento. Um trabalho conjunto entre a apreensão sensível das coisas mesmas e o intelecto, que fornece formalidade à apreensão, resultaria no conhecimento. Esta “síntese” é o próprio conhecimento. Esta relatividade do conhecimento, relativa ao sujeito, é o que Kant chamou de fenômeno. A realidade não é uma realidade em si mesma, mas sim, em como aparece.

3= Há que se voltar à importância das próprias coisas na constituição da relação de conhecimento, e essa necessidade, Husserl vê a partir de uma “contaminação” das coisas pelo sujeito. A consciência teria tal poder sob as coisas que no próprio processo de assimilação, as coisas se adaptariam à consciência, faltando-lhe umas realidade própria. O sujeito projetaria nas coisas, no mundo, para depois apreender o mundo, e desse modo contaminaria as coisas/mundo. A realidade própria, em sua objetividade, ficaria então comprometida com este estilo de conhecimento. Para resolver este impasse, há um método, um estilo de pensamento em que a relação da consciência com as coisas fique mais autentica: o retorno às coisas mesmas. Seria como recuperar a realidade do mundo, das coisas. E para isso, deve-se separar cuidadosamente a consciência do objeto, analisando descritivamente como percebemos a consciência e rearticulando essa relação. Assim, purificamos a relação sujeito/objeto, redefinindo-a, e nos livrando da “contaminação” das coisas pelo sujeito

4= Husserl ultrapassa a distância entre sujeito e objeto, purificando esta relação, definindo-a de outra maneira e encontrando um equilíbrio entre essas duas instâncias. Superar a competição sujeito e objeto significa não tentar descobrir sobre qual prevalece sobre qual; essa competição é negativa e inadequada para a constituição do conhecimento. Husserl tenta deixar nossa relação com as coisas mais autêntica, mais verdadeira, e isso, para recuperar a realidade do mundo, das coisas. E para recuperar esta realidade do mundo e das coisas, Husserl pretende separar cuidadosamente a consciência da carga naturalista que costuma estar depositada nela. Dessa forma, ele rearticula o modo pelo qual a consciência se vincula às coisas. Husserl encontra essa relação equilibrada quando percebe que uma vez purificada a consciência desses pressupostos, destes amálgamas naturalistas que comprometem a relação com as coisas, a consciência é sempre consciência de alguma coisa, não existindo fora dessa relação.

Não existe objeto que não esteja comprometido com o sujeito que o conhece ou

que o representa. O sujeito é uma consciência que apreende o fenômeno, que apreende a realidade tal como ele próprio a constitui.

5= Na relação que a consciência tem com as coisas (a consciência é sempre consciência de alguma coisa), é possível fazer a definição desta mesma. Se não podemos defini-la fora dessa relação, então a consciência não é uma coisa, e sim, um mundo de visar o mundo, as coisas. Não é propriamente uma realidade, mas um movimento de olhar, visar as coisas. Desse jeito, não corre-se mais o risco que as coisas sejam tragadas pela consciência e nem que um anule o outro para que esta relação aconteça. A apreensão mantêm a separação. De um lado a consciência de alguma coisa, e de outro, o objeto, que para ser olhado pela consciência é preciso que elas permaneçam com uma realidade própria, com uma autonomia própria. Esse é um modo de relação, um modo pelo qual através dele, a consciência olha e visa as coisas; Husserl chama esse modo de intencionalidade, e esta é a chave da proposta inovadora de Husserl. E esta, é uma proposta inovadora, uma vez que mantêm as duas partes (objeto e sujeito) com sua funcionalidade própria. A consciência é um ato de visar e se distingue das coisas que ela visa, mantendo uma diferença entre ela mesma e as coisas que são apreendidas por ela. Esse é o terreno pelo qual o fenômeno se constitui.

6= Husserl

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