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Inteligencia emocional

Por:   •  21/5/2015  •  Relatório de pesquisa  •  2.794 Palavras (12 Páginas)  •  390 Visualizações

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1. Inteligência Emocional: novos subsídios para o ensino de Geografia

Para começarmos a falar sobre Inteligência Emocional é necessário conceituar o termo “inteligência” que significa: capacidade de resolver situações novas com rapidez e êxito e, bem assim, de aprender, para que essas situações possam ser bem resolvidas. Assim podemos dizer que inteligência é a manifestação do ser humano no ambiente exterior, social, ordenada socialmente, regrada. Quando o ser humano precisa se fazer entender pelo outro ele realiza ações ordenadas, ou seja, inteligentes.

A inteligência é uma manifestação humana, que entendida por outra pessoa, pode ser qualquer produção que ganhe, contornos éticos e estéticos. Não importa se a

manifestação se faça por palavras, por gestos, escritos ou mesmo, internamente, por pensamentos.

Da mesma maneira é interessante conceituar o termo teoria, Castro (1977) diz que, teoria pode ser entendida como um arcabouço lógico que nos permite organizar e dar sentido a nossas observações sobre o mundo real. (p.70) Nessa perspectiva todo o trabalho qualquer que seja tem que ser embasado por uma teoria, Já Laville e Dione, diz que a teoria é uma compreensão que poderá sofrer alterções ao longo do tempo, fazendo com que mais tarde asemelharão maior validade (p. 36 - 37). Para eles a teoria ela não se torna valida de uma hora para outra e sim ao longo do tempo vai se alterando para que se torne mais fidedigna.

O objeto da Geografia pode ser entendido de maneira geral e cotidiana como o espaço de todos nós, onde desenvolvemos nossas atividades de sobrevivência, vivenciamos nossas emoções, cumprindo um importante papel dentre as disciplinas do currículo escolar. Isso porque as discussões inseridas no arcabouço teórico da ciência propiciam a reflexão e o conhecimento acerca do mundo em que vivemos.

Segundo SANTOS, o espaço deve ser considerado como uma totalidade, entretanto, através de análises, deve ser possível dividi-lo em partes e reconstituí-lo depois. Esta divisão deve ser operada segundo uma variedade de critérios, entre os quais estão os elementos do espaço. Pensando em um encontro mais claro entre o próprio corpo humano com o que concebe ser o Espaço, observamos que o autor busca uma noção espacial mais envolvente com a vida e com o humano, por mais sistemático que seja. Não apenas com o papel ativo do Espaço na evolução social, mas como uma dimensão do cotidiano da vida.

O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá. (SANTOS, 2004, p. 63)

 Com base nessa premissa, durante a realização do estágio, quando tivemos um primeiro contato com os alunos, percebemos que embora a Geografia possua tal papel, alguns alunos não tem afinidade com a disciplina e isso pode ser sentido na sala de aula através da rejeição e falta de interesse pelos conteúdos programáticos  da disciplina.

O papel da escola é desenvolver estas habilidades reconhecendo que cada individuo é impar, pois as inteligências se manifestam de diferentes maneiras, bem como em diferentes níveis. O processo de ensino-aprendizagem é um ato comunicante co-participativo que exige do docente comprometimento além do exigido pela atual estrutura educacional, podemos dizer,  o professor deve levar em conta o significado  existencial de cada um dos individuos com os quais se relacionam, fazendo emergir uma autêntica solidariedade entre educador e educando.

A nossa pretensão neste capítulo é discutir a eficâcia da Inteligência Emocional[1] para o deliniamento das práticas docentes, sobretudo no ensino de Geografia. Para tanto, a priori, discutiremos um marco de referência sobre os temas de estudo propostos, a começar pelos principais autores que trabalham com IE.

O termo IE foi utilizado, pela primeira vez, num artigo do mesmo nome, no qual é apresentado como uma subclasse da Inteligência Social[2], cujas habilidades estariam relacionadas ao “monitoramento dos sentimentos e emoções em si mesmo e nos outros, na discriminação entre ambos e na utilização desta informação para guiar o pensamento e as ações” (SALOVEY & MAYER,1990, s/p).

A Inteligência Emocional envolve a capacidade de perceber acuradamente, de avaliar e de expressar emoções; a capacidade de perceber e/ou gerar sentimentos quando eles facilitam o pensamento; a capacidade de compreender a emoção e o conhecimento emocional; e a capacidade de controlar emoções para promover o crescimento emocional e intelectual. (Mayer & Salovey, 1997, p. 15)

A inteligência social é a capacidade das pessoas lidar com outras pessoas e compreender os sentimentos alheios. Pessoas que sabe lidar com a Inteligência Social são sensíveis, têm tato, sabem ser atenciosos, calorosos e amigáveis. Gostam mais de elogiar do que de criticar e sabem evitar conflitos e discussões. Dão grande atenção e afeto e tendem a decidir com base no seu  sentimento. Eles são bons em fazer amigos, influenciar pessoas e transmitir sua disposição aos demais.  Isso não significa que sejam necessariamente pessoas éticas, justas ou bondosas.

Daniel Goleman (1995), retoma a discussão, definindo e/ou esclarecendo conceito da IE como maior responsável pelo sucesso ou insucesso das pessoas.  Pois a maioria das situações de trabalho é envolvida por relacionamentos entre as pessoas, desta forma pessoas com qualidades de relacionamento humano, como afabilidade, compreensão e gentileza têm mais chances de obter o sucesso.

Algumas habilidades emocionais são consideradas importantes para que uma

pessoa alcance seus objetivos e sucesso, como o controle do temperamento,

adaptabilidade, persistência, amizade, respeito, amabilidade e empatia.

Em relação à educação, Goleman (1995) e autores influenciados por ele, falam da

importância de "educar" as emoções e fazer com que os professores / alunos também se tornem aptos a lidar com frustrações, negociar com outros, reconhecer as próprias angústias e medos.                                        

Para Goleman (1995), o professor tem um papel fundamental para que o aluno

desenvolva sua IE pois, pode-se dizer que aquilo que o professor ensina em sua prática docente, está embebido por sua própria personalidade. Desse modo, a IE do professor é uma das variáveis que melhor explica a criação de uma aula emocionalmente inteligente.

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