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Intervenção psicológica na clínica cirúrgica.

Por:   •  19/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  663 Palavras (3 Páginas)  •  526 Visualizações

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Pontifícia Universidade católica de Minas Gerais- PUC

Faculdade de psicologia

Disciplina: Orientação de monografia I

Professor: Marcia Jorge

Acadêmica: Paula Thaise Muniz

Fichamento nº 2: ISMAEL, Silvia Maria Cury; OLIVEIRA, Maria De Fatima Praça. Intervenção psicológica na clínica cirúrgica.  In: KNOBEL, Elias. Psicologia e humanização: assistência aos pacientes graves. 2 ed. São Paulo: Atheneu, 2008. P- 83- 93

Segundo as autoras, o adoeci mento traz além dos sintomas físicos, repercussões emocionais negativas para o paciente e para a família. A forma como o paciente vive a doença, depende do tipo da doença e do tratamento proposto, sendo a reação subjetiva diante disso diversa.

Na iminência de uma intervenção cirúrgica, essa experiência psíquica é rapidamente mobilizada, tornando-se necessário que o paciente perceba precocemente o corpo doente e a mente.

Nesse contexto, três situações deverão ser analisadas:

  • Se o paciente percebe a doença, ou se já percebeu.
  • Se já adoeceu antes
  • Como sua família e o meio reagiram a essa situação

Essa foi a primeira razão que justificava as reações emocionais vividas e reconhecidas em pacientes cardiopatas que se submetiam as cirurgias. Há uma série de aspectos que pode influenciar as reações psicológicas na cirurgia e no pós-operatório. Esses aspectos podem ser decisivos para evolução, recuperação e reabilitação do paciente.

O processo de submeter-se a uma cirurgia gera uma interrupção do cotidiano do paciente, configurando uma situação nova carregada de ansiedade, perda do controle da situação, sentimento de ameaça de agressão, dificuldade de enfretamento da situação. Isso pode resultar em estresse tanto físico quanto psíquico, distorção de imagens, trazendo ameaça à própria identidade, uma vez que passa a dar mais atenção ao corpo do que as emoções, quebrando a unidade psique e soma.

             “Outra dificuldade de grande importância, é a capacidade do paciente lidar com possíveis frustações no tratamento, uma vez que os resultados nem sempre são rápidos e efetivos.”.

        A cirurgia pode introduzir o paciente em uma Vicência de luto pela perda da saúde, de alguma parte do seu corpo ou mesmo de sua integridade, ao passo que a cicatriz que fica muda sua autoimagem.         A compreensão de que o tratamento é necessário nem sempre é suficiente para uma adaptação tranquila, sendo necessária a elaboração de que seu corpo estará de algum jeito diferente.

Duas estratégias muito presentes na forma de enfrentamento são a negação e regressão.

A negação é um estado psicológico presente após o diagnóstico na tentativa de rejeita-la, diminuindo o impacto da notícia e reduzindo a ansiedade decorrente. Pode ser acompanhada de incredulidade, levando um contato mínimo com a realidade da doença. Ela é nociva, uma vez que o paciente desafia a existência da doença, evitando cuidar dos fatores de riscos presentes.

Na regressão, os mecanismos de defesa podem ser positivos, na medida em que ajuda o paciente a se reorganizar ante a doença e o tratamento. Auxiliam, na elaboração emocional dos momentos mais difíceis. [No processo regressivo pode ocorrer atitude egocêntrica, aumento da depend4encia, redução de interesse e até depressão pela vivência psíquica de “vazio”, desvalorização e falta de objetivos em um futuro próximo.].

A iminência cirúrgica põe em movimento o processo adaptativo, cujo impacto emocional pode ser evidenciado por uma dificuldade em se adaptar a nova rotina, um sentimento de ameaça à integridade física vivida por meio das preocupações com as cicatrizes ou pela onipotência abalada.

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