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Músicas na Adolescência e Elaboração da Fase Genital

Por:   •  28/4/2019  •  Monografia  •  6.844 Palavras (28 Páginas)  •  160 Visualizações

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ALINE RODRIGUES DE FREITAS

BRUNA BASILIO

FERNANDO MINORU SAKAMOTO

KARINA DA COSTA XAVIER

 MÚSICAS NA ADOLESCENCIA E ELABORAÇÃO DA FASE GENITAL

CENTRO UNIVERSITÁRIO FMU

SÃO PAULO

2013

ALINE RODRIGUES DE FREITAS

BRUNA BASILIO

FERNANDO MINORU SAKAMOTO

KARINA DA COSTA XAVIER

MÚSICAS NA ADOLESCENCIA E ELABORAÇÃO DA FASE GENITAL

Trabalho de Conclusão do Curso de Psicologia

Professoras: Catalina Naomi Kaneta

        Fernanda Araujo Cabral

Turma B – Noturno – Santo Amaro

CENTRO UNIVERSITÁRIO FMU

SÃO PAULO

2013


RESUMO

O presente trabalho foi elaborado para avaliar se as músicas ouvidas pelos pré-adolescentes hoje em dia causam algum conflito na fase genital. Realizamos a pesquisa em uma escola pública de ensino fundamental do município de São Paulo, onde foram convidados a participar somente os alunos que tivessem de onze a treze anos, que responderam a um questionário com perguntas relacionadas ao gosto musical de cada um. Através das respostas, foram selecionadas as três músicas mais citadas pelos participantes e assim fizéssemos a análise seguindo a teoria de Freud. Observamos que as músicas trazem um teor genital que pode influenciar nessa fase e causar conflitos no desenvolvimento, transformando em um ponto de fixação. Uma forma de mediar os conflitos é a utilização de alguns dos mecanismos defesa, que foram apresentadas na pesquisa como, por exemplo, Idealização e Formação Reativa. Entretanto chegamos à conclusão que esses conflitos só serão notados na fase adulta.

ABSTRACT

The present study was designed to assess whether the songs heard by pre-teens nowadays cause some conflict in the genital stage. We conduct research in a public school elementary school in São Paulo, where they were invited to participate only students who had eleven to thirteen, who answered a questionnaire related to the musical taste of each. Through the answers, we selected three songs most cited by participants and so we made the analysis on the theory of Freud. We note that the songs bring a content genital may influence this phase and cause conflicts in developing, transforming into an attachment point. One way of mediating conflicts is to use some defense mechanisms, which have been shown in research, for example, Reactive Creation and Formation. However we concluded that these conflicts will only be noticed in adulthood.


INTRODUÇÃO

O conceito de infância na atualidade passou por um longo processo de construção e elaboração a partir de inúmeras teorias de diferentes áreas do conhecimento, especialmente a partir dos séculos XVII e XVIII (Bujes, 2002). Várias representações foram-se delineando a partir de então, na religião, na área médica, psicológica, jurídica, pedagógica, antropológica e das ciências sociais, de modo que hoje o conceito de infância já não corresponde a uma categoria homogênea (Bujes, 2002). Desta forma, podemos falar que existem inúmeras infâncias que estão em constante processo de ressignificação/transformação. Seus significados podem variar de acordo com o tempo, a classe social, o gênero, a cultura em que as crianças estão inseridas.

Trataremos neste artigo dos conteúdos que estão presentes na musica popular brasileira difundidas nas mídias, e se estas podem influenciar a formação das identidades de meninos e meninas; a temática deste artigo consiste em pesquisar a influencia da musica como um possível meio desencadeador da erotização infantil na contemporaneidade e suas consequências na sexualidade na fase adulta.

Atualmente a música popular Brasileira tem sido a tradutora dos nossos dilemas nacionais e veículo de nossas utopias sociais. Para completar, ela conseguiu ao menos nos últimos quarenta anos, atingir um grau de reconhecimento cultural onde sem duvida não só se ouve musica, mas se pensa e compreende a musica em uma complexa manifestação de estilo que pode ou não influenciar positiva ou negativamente nas vidas dos ouvintes, como mostra Zanella (1999), no qual aprofundaremos no presente trabalho “todo individuo enquanto ser social insere-se, desde o momento em que nasce, em um contexto cultural, apropriando-se dele e modificando-o ativamente, ao mesmo tempo em que é por ele modificado”.

 Para compreender se é possível a influência da música em relação ao comportamento sexual da criança é necessário considerar que tanto a letra, o ritmo, a dança e o momento em que está sendo reproduzida propiciam variadas reações; conforme observa Weeks (1999), embora a sexualidade tenha como suporte um corpo biológico, os sentidos que lhes são atribuídos variam de acordo com o contexto histórico, político, cultural.

Com relação à psicologia em especial a psicanálise, como a função sexual existe desde o princípio da vida, logo após o nascimento, e o período de desenvolvimento é longo e complexo até chegar à sexualidade adulta, (Freud, 1997); para cada fase do desenvolvimento a musica pode influenciar de modo peculiar.  

Fundamentalmente a diferença de cada fase do desenvolvimento sexual é com relação ao objeto sexual na infância e puberdade:

“Até esse momento, a pulsão sexual era predominantemente auto-erótica; agora encontra o objeto sexual. Até ali, ela atuava partindo de pulsões e zonas erógenas distintas que, independendo uma das outras, buscavam um certo tipo de prazer como alvo sexual exclusivo. Agora, porém, surge um novo alvo sexual para cuja consecução todas as pulsões parciais se conjugam, enquanto as zonas erógenas subordinam-se ao primado da zona genital” (FREUD 1997, p.85)

Desta forma, sabe-se que o comportamento sexual se desenvolve desde a infância à adolescência, no princípio quando criança, a satisfação sexual é apenas pela zona erógena e na puberdade se tem prazer tanto pelo outro não só por si mesmo. No entanto Freud alerta (1997, p.13):

“[...] chamemos de objeto sexual a pessoa de quem provém a atração sexual, e de alvo sexual para qual a pulsão impele. Assim fazendo, a observação cientificamente esquadrinhada mostrará um grande número de desvios em ambos, o objeto sexual e o alvo sexual, e a relação destes com a suposta norma exige uma investigação minuciosa”.

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