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Por:   •  16/7/2013  •  1.589 Palavras (7 Páginas)  •  616 Visualizações

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Psicologia experimentalManipulação de um Rato Albino em Privação de Água

Com Resposta de Pressão à Barra

O Behaviorismo foi apresentado como uma escola do pensamento da Psicologia por John B. Watson. E desde que ele lançou seu manifesto em 1913 ele já definia o behaviorismo como experimental, dizendo que “a Psicologia como o behaviorista a vê é um ramo puramente objetivo experimental da ciência natural” (Watson, 1913). E ele ainda acrescentava que “seu objetivo teórico é a predição e o controle do comportamento” (Watson, 1913).

O que levou a construção do behaviorismo como ciência objetiva e experimental foram os princípios mecanicistas, como os de Descartes, que contribuiu não só com o problema mente-corpo (que não só a mente influencia o corpo, mas o corpo também influencia a mente), mas também dizendo que o corpo é semelhante a uma máquina que nós podemos prever seus comportamentos; e os princípios do positivismo, que é a “doutrina que reconhece somente os fenômenos naturais ou fatos que são objetivamente observáveis” (Schultz & Schultz, 2009, p. 39), de Augusto Comte.

Watson dizia que “para ser uma ciência objetiva, a psicologia do comportamento tinha de rejeitar todos os conceitos e termos mentalistas” (Schultz & Schultz, 2009, p. 211) e se focar só nos comportamentos observáveis e que pudessem ser descritos em termos de estímulo e resposta, rejeitando as suposições dos comportamentos. Isso é basicamente o que se faz na psicologia experimental com animais, que também foi trabalhada por Watson.

É importante lembrar que antes do behaviorismo a psicologia experimental já existia e um de seus pioneiros foi Wilhelm Wundt (1832-1920). Wundt foi quem transformou a psicologia em uma disciplina científica experimental independente e também foi quem criou o primeiro laboratório de psicologia experimental na Alemanha. Só que nesse laboratório de Wundt os experimentos giravam em torno do estudo da experiência consciente que se dava através da introspecção, o que logicamente não dá para fazer com animais e certamente não teve muita ligação com esse experimento feito por nós.

Gustav Theodor Fechner (1801-1887) começou com estudos da psicologia bem antes de Wundt, mas não foi creditado a ele como fundador, pois ele não estava tentando criar uma nova ciência. “O próprio Wundt escreveu que a obra de Fechner representou a ‘primeira conquista’ da psicologia experimental” (Wundt, 1888, como citado em Schultz & Schultz, 2000, p. 72).

Edward Bradford Titchener (1867-1927) também trabalhava com Psicologia experimental humana, e era aluno de Wundt, o que não significa que eles concordavam em tudo, na verdade eles foram para caminhos diferentes. Titchener “descartou a ênfase wundtiana na apercepção e se concentrou nos elementos que compõem a estrutura da consciência” (Schultz & Schultz, 2000, p.104). Ele foi o fundador do estruturalismo e era mais experimental e menos subjetivo que Wundt, dizendo que a psicologia tinha que estudar os fatos ou a estrutura da mente, como um todo e não individualizando as mentes.

O que realmente nos interessa é a psicologia experimental animal, então sairemos da psicologia experimental humana e entraremos nela falando de Edward Lee Thorndike (1874-1949). Thorndike foi um pioneiro da psicologia animal, começou experimentos com pintos, mas não se restringiu a isso, também fez experimentos com gatos, cachorros e macacos. Um exemplo desses experimentos se assemelha com o que nós vamos relatar aqui, foi um que feito com

“um gato faminto encerrado numa caixa de madeira gradeada, e um prato de comida foi colocado do lado de fora. Para obter a comida, o gato tinha de torcer um botão ou puxar uma alça de arame que abria a porta. No princípio o gato arranhava, mordia, cavoucava com as unhas, e tentava alcançar através das grades – comportamento chamado de ‘ensaio e erro’ (...) Em sua luta ao acaso, o gato bateu acidentalmente no botão e conseguiu a comida. Da próxima vez, colocado na caixa, encontrou rapidamente o botão. Em cada prova sucessiva, eram feitos menos movimentos ao acaso, até que finalmente o gato se dirigia diretamente ao botão” (Sargent & Stafford, 1974).

Diante desses experimentos Thorndike concluiu algumas coisas sobre a aprendizagem animal, por exemplo “quando impulsionado por fome, sede ou outro impulso corporal primeiro um animal exibe um comportamento de ensaio e erro. Depois de alguns sucessos, ocorre a aprendizagem, e os movimentos inúteis são abandonados” (Sargent e Stafford, 1974). Isso parece com a resposta condicionada de Pavlov, que é quando o animal relaciona um estímulo condicionador a outro (estímulo original) que acontece quase ou no mesmo período.

Thorndike foi responsável por duas leis importantes da aprendizagem: a lei do efeito, que é quando um ato recompensado tem mais chances de acontecer e quando ele resulta em punição tende a não se repetir; e a lei do uso e desuso que “sustenta que repetir um certo ato, fortalece o vínculo entre o estímulo e a resposta, e em consequência faz a resposta persistir. Ao contrário, o desuso enfraquece o vínculo” (Sargent e Stafford, 1974). Ambas as leis foram usadas no experimento aqui relatado.

Assim como Thorndike, Ivan Petrovitch Pavlov (1849 – 1936), um fisiólogo russo, também era pesquisador do comportamento animal, sendo responsável pela visão clássica do estudo do Reflexo Condicionado, que visava o controle e a modificação do comportamento. Para esse estudo ele relacionou dois fenômenos puramente mentais: a excitação e a inibição. “No que se refere à inibição, definida como um processo ativo exercendo um efeito oposto ao da excitação, e, desse modo impedindo uma resposta ou diminuindo sua força(...)” (Antônio Gomes Penha, 1980).

Pavlov observou a atividade digestiva dos cães e percebeu que eles salivavam quando estavam com fome e entravam em contato com a comida e até mesmo antes desse contato. Salivavam quando entravam no lugar onde eram alimentados e quando avistavam o homem que o alimentava.

“A partir dessas observações, Pavlov levantou a hipótese de que a resposta reflexa de salivação, que ocorria antes mesmo da comida

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