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O Corte

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Por:   •  21/10/2013  •  Seminário  •  510 Palavras (3 Páginas)  •  269 Visualizações

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Filme: “O Corte”

Diretor: Costa-Gavras

Ano: 2005

Origem: Bélgica / França / Espanha

Tempo: 122”

“O corte” de Costa-Gavras, trata-se de um drama recheado de humor negro, onde Bruno Davert é um engenheiro bem sucedido que trabalhou por mais de 10 anos numa indústria de papel. Devido a uma reestruturação na empresa ele é demitido, o que lhe provoca grande frustração e ressentimento. Dois anos depois, sem sucesso nas entrevistas de emprego que fez, se vê sustentado pela esposa.

Desesperado, Bruno traça um plano macabro para retornar ao mercado de trabalho. Ele promove um anúncio fictício no jornal e seleciona quem ele considera os melhores candidatos, ou melhor, seus possíveis concorrentes a uma vaga na indústria do papel. Sendo assim, ele sai em perseguição desses candidatos para matá-los, decidido que essa seria a melhor estratégia para eliminar a concorrência. Sempre seguindo o preceito de Maquiavel de que “os fins justificam os meios”, não existe moral em suas ações.

Sob esse aspecto podemos fazer uma reflexão acerca do nível que se pode chegar a competitividade no mundo corporativo. Bruno define seus concorrentes através do currículo, pela experiência que cada um dispõe, e sem nenhum sentimento de culpa ou juízo de valor mata quase todos, exceto um que cometeu suicídio. Ele faz uma seleção totalmente artificial, o que distoa dos processos seletivos atualmente, onde as vivências do candidato é o que mais importa.

“O corte” retrata uma estória que é fictícia, mas que num mundo globalizado e cada vez mais concorrido não seria impossível de acontecer. Isso nos provoca a pensar na superficialidade das relações, o quão são descartáveis e voltadas para o capitalismo.

Para Bruno, perder o emprego significa perder a identidade, perder o sentido da vida. E é justamente isso que vemos no dia-a-dia, o desemprego aterroriza milhares de pessoas e cada um tenta se virar da maneira que pode.

No filme, Bruno elimina seus concorrentes fisicamente, mas está sempre se deparando em seu percurso com o capitalismo estampado nos signos da publicidade e do bem estar financeiro. Com isso podemos pensar que essa estrutura do mundo capitalista acaba desumanizando as pessoas, tornando as relações cada vez mais rígidas e deixando de lado princípios básicos necessários para se viver em sociedade.

Bruno se abstém de seus princípios éticos e morais e acaba se deparando com a transmissão de seus gestos para a própria família, quando seu filho é preso por roubar softwares e ele mobiliza todos da casa para esconder os produtos e amenizar a situação com a policia. Outro fato interessante que percebemos a presença de um estranho pacto familiar e a falta valores é quando sua filha recebe os policiais em casa e, para despistar a atenção deles retira o roupão, mostrando suas peças intimas.

Finalmente, depois de matar o executivo que ocupava seu cargo, Bruno consegue regressar ao mercado de trabalho. E o filme termina com uma situação que deixa no ar uma pergunta: a mulher do restaurante teria descoberto os crimes de Bruno, ou será ele o perseguido?

O fato é que, ameaça

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