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O Homem dos Lobos

Por:   •  12/6/2017  •  Resenha  •  616 Palavras (3 Páginas)  •  1.929 Visualizações

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Universidade Federal do Piauí

Campus Ministro Reis Veloso

Curso de Psicologia – 1º período

Disciplina: Leitura e Produção de Texto

Orientador: Ronald Taveira da Cruz

Ana Carolinne Ribeiro da Silva

Resenha de “O Homem dos Lobos”

O texto em questão trata-se de uma resenha crítica acerca do caso “O Homem dos Lobos”, contido na obra “História de Uma Neurose Infantil (“O Homem dos Lobos”) , Além do Princípio do Prazer e Outros Textos”, com autoria de Sigismund Schlomo Freud, mais conhecido também como Sigmund Freud, médico neurologista austríaco. Ele nasceu no dia 6 de maio de 1856, em uma família judaica, em Freiberg in Mähren, na época pertencente ao Império Austríaco e morreu em 23 de setembro de 1939 em Hampstead, no Reino Unido.

O texto é dividido em capítulos: I. Observações Preliminares, II. Panorama do Ambiente da História Clínica, III. A Sedução e suas Consequências Imediatas, IV. O Sonho e a Cena Primária, V. Algumas Discussões, VI. A Neurose Obsessiva, VII. Erotismo Anal e Complexo da Castração, VIII. Complementos ao Período Primordial — Solução, IX. Resumos e Problemas. Tendo estrutura narrativo-descritiva, com apontamentos e hipóteses do autor.

O Homem dos Lobos, cujo verdadeiro nome era Sergei Konstantinovitch Pankejeff, foi um nobre russo que, aos dezoito anos adoeceu de uma grave gonorreia infecciosa, tornando-se, anos posteriormente, dependente de outras pessoas, depois apresentou sintomas de depressão e logo sendo diagnosticado com transtorno maníaco-depressivo. Relatos de Jacques Lacan (1901-1981) afirmam, todavia, que este diagnóstico foi feito antes mesmo que Freud o visse e sabe-se que Freud não levou este diagnóstico em consideração e sempre trabalhou este caso como um exemplo de neurose-obsessiva. O tratamento inicialmente não aparentava ter tido resultados satisfatórios para o paciente, logo Freud estipulou o tempo máximo de quatro anos para a análise.

Apresentando zoofobia, Sergei relata um sonho que teve quando tinha quatro ou cinco anos, que tem uma grande relação a essa fobia, no sonho ele estava dormindo em sua cama quando a janela se abriu de repente, vendo horrorizado, aproximadamente sete lobos brancos sentados em uma árvore do jardim. Os lobos eram muito brancos e tinham caudas grandes como as de raposas; estavam calmos e olhavam para Sergei atentamente. Aterrorizado pelo medo de ser comido, acordou gritando.

De acordo com Freud, esse sonho é uma representação de uma cena sexual que o paciente presenciou entre seus pais. Sergei, entretanto, rejeitou totalmente essa interpretação do psicanalista, dizendo 'Tudo aquilo é improvável,' uma vez que nas famílias do seu meio as crianças pequenas dormiam no quarto da ama, e não com os seus pais. Freud logo tentou encontrar outras interpretações que tampouco foram aceitas.

O caso também traz evidências do complexo de castração e, como algo novo, do complexo de Édipo invertido. Segundo Freud, a paixão edipiana de Sergei não era direcionada a mãe, mas sim a seu pai. O curioso é que mesmo que a paixão existisse, ainda havia o medo da castração, sendo esta relacionada a seu pai, apesar das ameaças recebidas terem sido feitas por mulheres.

Apesar de Freud ter relatado a solução do caso e ter tido ele como um sucesso da análise, aparentemente não foi isso que realmente aconteceu, já que anos depois, Sergei diz “tudo isto parece uma catástrofe. Eu estou no mesmo estado que quando vim ver Freud, e Freud já não existe.”, evidenciando assim que não houve, de forma alguma, a solução que Freud tanto se orgulhava.

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