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O Psicologo E O Sus

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Por:   •  24/6/2013  •  1.919 Palavras (8 Páginas)  •  930 Visualizações

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O psicólogo e sua atuação no Sistema Único de Saúde

O SUS surgiu como uma nova forma de garantir ao povo brasileiro o direito a saúde publica, garantindo a todos os cidadãos o direito do atendimento gratuito as suas necessidades, sendo desenvolvido pelo estado às ações necessárias para priorizar e promover ações que efetivem esses direitos sociais, mesmo com todas as suas dificuldades de atendimento. No âmbito do SUS o psicólogo ainda tem certa dificuldade de se inserir nesse meio, pois ainda não tem uma discussão muito ampla sobre o trabalho no meio público e ainda tem um discurso bem firmado na clássica clinica individual e privada, ou ate mesmo na psicologia social que ainda trata o registro individual e social separados.

A psicologia vem sendo separada da política, uma vez que e você esta de um lado, necessariamente você não deve estar do outro. Assim dizendo, despolitizamos as práticas psicológicas e tratamos o sujeito, nesse movimento, como centro (ou mesmo eventualmente descentralizado) enquanto opera-se uma dicotomização com o social que esta a sua volta. Nessa mesma discussão podemos colocar a psicologia como sendo, no lado público, a discussão de se tornar despolitizada para trabalhar com sujeitos abstratos, abstraídos de seus contextos, que querem tornar suas vontades sociais em dados para serem reconhecidos no meio social onde vivem. Colocamos então em debate dois lados onde de um é o SUS como garantia de todo cidadão, e de outro os processos de produção de subjetividade. É através dessas dicotomias que colocamos a psicologia em discussão com o SUS, em como que a pratica clinica se separou do meio social, do cuidado com as pessoas se separa com o cuidado com a população.

Mas o que entra também em discussão aqui é, quais seriam as praticas psicológicas que devem ser aplicadas no SUS? Não é necessário que se discuta quais são as abordagens que devem ser inseridas ou excluídas dos cursos de formação em psicologia, mas em como esses psicólogos tem atuado no sentido de suas ações em suas áreas, quais os compromissos desses psicólogos com a ética, e qual a prioridade ela tem sobre suas atividades profissionais. Não podemos nos esquecer que essas práticas tiveram, na formação desses psicólogos, uma base teórica perante as praticas escolhidas por cada um. Também não devemos excluir que isso se trata da inclinação de cada um por sua preferência de trabalho e campo de intervenção.

Outra discussão é a questão do capitalismo moderno, dentro do debate dicotômico entre subjetividade e política, a questão entre o capitalismo, o exercício da atividade clinica e a produção da subjetividade. Caímos então no debate no plano que a psicologia se torna inseparável da filosofia, arte, ciência, e também da política. Nos encontramos agora com modos de produção, de subjetivação e não mais de sujeitos, falamos de modos de experimentação e não da própria realidade e da sua interpretação, modos de criação de mundo e de si mesmo sem o risco constante da experiência de viver em crise. É necessariamente nos envolver politicamente, tentando relacionar a clinica com a subjetividade e seus processos de produção, nos arriscando a experimentar a experiência de criticas as analises das formas já instituídas. O sujeito é heterogêneo, uma forma de subjetividade que não tem uma produção que se conclui, não há mais um esgotamento de energia de potencial de criação das formas subjetivas. Por isso ela não é singular e sim plural, polifônica e não tem uma instancia que domine.

Podemos dar destaque também ao aspecto da produção do sujeito, no qual deve ser autônomo, e como vem se relacionando historicamente com o capitalismo e em como esse sistema modula as pessoas, separando o produto da produção, portanto, o processo de subjetivação e o sujeito. Essa separação tem como conseqüência a captura

da realidade em forma dada, sendo assim natural, mas sendo entendida como uma forma de sintoma que deve ser posto em analise. Podemos dizer que a clinica é uma devolução da subjetividade ao sujeito, ao meio de produção e de convívio coletivo. O coletivo aqui que deve ser entendido não como a soma de indivíduos e o contrato que eles fazem entre si, mas sim um meio heterogêneo que experimenta todo tipo de diferenças, um lugar onde não a nada privado, onde todos formam uma multidão, uma composição de pessoas que potencialmente somam forças, onde tudo esta para ser experimentado. Com isso entendemos a experiência clinica: a experimentação do meio coletivo, público.

A contribuição da psicologia para o SUS pode ser baseado no exercício de três princípios. O principio da inseparabilidade, diz que a psicologia é um campo do saber voltado para a subjetividade, onde seu trabalho é com o processo coletivo e que seu trabalho é sempre inacabável e heterogêneo. Sendo assim, seria impossível separar, mesmo com as suas distinções, a clínica da política, o sujeito singular do meio coletivo. Segundo esse principio, fazer políticas públicas é tomar toda a dimensão do meio coletivo, e torná-lo como forma de experiência geradora do processo singular. Sendo assim a psicologia se daria por este meio: a subjetivação se da por meio do coletivo, um plano das multiplicidades, do meio público. O SUS como direito de todo cidadão, se da como forma de política pública de saúde. O principio da autonomia e da co-responsabilidade: Esse princípio vem dizer da responsabilidade e o comprometimento do psicólogo em sua atuação, se preocupando com o mundo, com o pais aonde vive, com as condições de vida das famílias brasileiras que dependem do sistema, com seu comprometimento na produção de saúde, fazendo com que os usuário saiam como sujeitos autônomos, participantes e responsável ou mesmo co-responsável pela sua vida. Nesse principio a psicologia se entrelaça com o SUS no processo de inventar-se, sendo esse responsável pela invenção do próprio mundo do sujeito e vice-versa. O principio da transversalidade: A psicologia, assim como outros campos do saber não explica nada, é ela mesma que deve ser explicada, se dando somente pela sua relação com outras áreas do saber. E é nessa intercessão entre as vertentes dos saberes que toda a invenção de mundo acontece, é nos seus limites que os poderes que eles contribuem para um outro mundo, uma nova saúde possível.

Mas se acredita que o maior desafio da psicóloga e também sua maior contribuição, esta num certo método num certo modo de aplicar, de operar, por que nada adianta se utilizar desses princípios citados se não forem uma ação política, ação sobre a constituição da cidade e de seus membros participantes do SUS. O que se quer destacar é que os eixos da universalidade, que define a garantia

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