O QUE É EXISTENCIA

O QUE É A EXISTÊNCIA

Liberdade em Sartre. Sartre defende que o homem é livre e responsável por tudo que está à sua volta. Somos inteiramente responsáveis. Em Sartre, temos a idéia de liberdade como uma pena, por assim dizer. “O homem está condenado a ser livre”. O homem é um ser condenado. Nasce condenado diz Satre. Condenado a ser livre. Este é o tema que rege Satre contra a idéia de determinismo. Satre não concebe o determinismo. Ele diz não ao pensamento de que tudo está pré-determinado. Satre rejeita o conceito de Lutero, e a teoria de Freud. Porque o homem apenas deixa de existir quando deixa de gozar do direito de escolha. Pois se não goza desta liberdade não existe. Pois a consciência só é consciência se tem consciência de si. O homem só “sabe” se sabe que sabe que goza dessa liberdade. “O homem é aquilo que faz com sua liberdade, ele que se “inventa” em cada momento, em cada ato livre que ele esta exercendo”. Se “inventa”, ele diz tratar-se de uma construção. O homem não na sua essência, mas na sua existência ele vai construindo seu existir. Ele só sabe que existe se experimenta essa liberdade. A liberdade de escolha. “És livre, escolhe, ou seja: inventa”. Essa liberdade absoluta leia-se responsabilidade absoluta, “O homem não é nada mais do que aquilo que faz a si próprio”. Para Sartre, nossas escolhas são direcionadas por aquilo que nos aparenta ser o bem, mais especificamente por um engajamento naquilo que aparenta ser o bem e assim tendo consciência de si mesmo. A liberdade dá ao homem o poder de escolha, mas está sujeita às limitações do próprio homem. Esta autonomia de escolha é limitada pelas capacidades físicas do ser. Para Sartre, porém, estas limitações não diminuem a liberdade, pelo contrário, são elas que tornam essa liberdade possível, porque determinam nossas possibilidades de escolha, e impõe, na verdade, uma liberdade de escolha da qual não pode se escapar. Satre vai chamar essas limitações de condicionamentos. Ele diz que a “liberdade é uma conquista”. Conquista, pois o homem vive num sistema que o mantém condicionado. Condicionado socialmente, pois vê no outro, o término de sua própria “liberdade”. Condicionado biologicamente, pois não pode mudar o que recebeu e vive como ser finito. Condicionado psicologicamente algo que afeta seu exercício de liberdade. Ele diz que o homem vive numa contradição, pois ao passo que carrega na sua consciência esses “deveres sociais”, deseja autonomia, independência, há o individualismo. Diz Satre “Um homem não pode ser mais homem do que os outros, porque a liberdade é igualmente infinita em todos”. As nossas escolhas cabem somente a nós mesmos, não havendo, assim, fator externo que justifique nossas ações. O responsável final pelas ações do homem é o próprio homem. Nesse sentido, o existencialismo sartriano concede importante relevo a responsabilidade: cada escolha carrega consigo a obrigação de responder pelos próprios atos, um encargo que torna o homem o único responsável pelas conseqüências de suas decisões. E cada uma dessas escolhas provoca mudanças que não podem ser desfeitas, de forma a modelar o mundo de acordo com seu projeto pessoal.

Bibliografia

Castro, S. P., Dagmar e outros. Fenomenologia e Análise do Existir,

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