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O Questionário de Psicopatologia

Por:   •  22/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.105 Palavras (5 Páginas)  •  146 Visualizações

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Universidade Estácio de Sá

Curso: Psicologia

Aluna: Alexsandra Batista Ferreira

Matrícula: 20150240904-6

Disciplina: Pesquisa em Psicologia

Professora: Angie

Respostas retiradas do texto: Uma psicopatologia da memória

  1. As diferenças dos modelos de memória de curto prazo e de longo prazo.

A memória de curto prazo (memória imediata, memória primária) é a capacidade de recuperar, sem atraso, as informações que acabaram de ser percebidas. Clinicamente, podemos testá-las, por exemplo, pela repetição de uma série de números. O número de elementos que a mente pode captar e reter simultaneamente varia pouco de um sujeito para o outro: aproximadamente sete, mais ou menos dois. A capacidade da memória imediata depende mais da atenção do que da memória propriamente dita. A memória de longo prazo ( memória secundária) inclui todas as lembranças anteriores da memória imediata, sejam elas evocadas quer após alguns minutos, quer depois de muitos anos.

  1. As correlações entre idade e diferentes problemas relacionados a memória.

A idade:  as lembranças adquiridas entre 12 e trinta anos tem retenção superior aquelas adquiridas em idades mais precoces ou mais tardias. É provável que, nesse período da vida, encontrem –se reunidas as melhores condições para aquisição e retenção das lembranças: a grande intensidade das vivências devido ao bom estado dos sistemas sensoriais, a novidade das experiências, o nível elevado de certas motivações – lúdicas, sexuais etc. e igualmente a disponibilidade máxima do suporte neurobiológico que atinge seu maior desenvolvimento, não mais submetido às grandes crises da adolescência, mas ainda não carregado de uma longa vida passada. As faculdades de retenção de um material novo diminuem desde a terceira e, sobretudo, a quarta década da vida. Essa alteração é compensada durante muito tempo, sobretudo nos domínios em que o indivíduo se sente motivado por uma utilização judiciosa de suas estratégias mnêmicas.

Muitas pessoas idosas se queixam de sua má memória: dificuldades para evocar nomes próprios – mesmo familiares – de encontrar seus pertences, de se recuperar uma informação após um curto período de tempo. O indivíduo idoso percebe sua dismnesia essencialmente como uma dificuldade de evocação: na realidade, a fase de memorização se encontra alterada pelo envelhecimento. Além do declínio das capacidades perceptivas, entram em jogo as deficiências cognitivas: baixa da atenção nas tarefas simultâneas, tratamento muito superficial da informação, empobrecimento da capacidade de criar imagens mentais e alteração das capacidades de organização e das estratégias de memorização. A fase da evocação da memória é mais lenta do que no jovem adulto, mas dois aspectos da memória permanecem intactos na pessoa idosa: a memória semântica e a meta-memória (autocontrole de suas capacidades e de seu desempenho: por exemplo, não mais ser capaz de se lembrar uma palavra ou nome de alguém, mas estar certo de que possui esses nomes na sua memória). As primeiras lembranças datam aproximadamente da idade de quatro anos. Freud viu na amnésia infantil um efeito da repressão da sexualidade infantil. Outros mecanismos mais gerais provavelmente também  estão envolvidos. A maturação do sistema central nervoso (SNC) tornaria os traços mnêmicos inacessíveis, alterando o contexto interno e externo das informações adquiridas. Os esquemas da memória adulta seriam próprios para permitir a lembrança das experiências precoces.

  1. A relação entre memória e esquecimento a partir da perspectiva de Freud.

Devemos a Freud o estudo dos mecanismos afetivos do esquecimento. As                      omissões, as distrações, a impossibilidade de encontrar um nome bem conhecido   ilustram o fenômeno de afastamento das lembranças desagradáveis, muito banal na vida diária. A teoria e a prática analítica reservam lugar central para a memória e para o mecanismo de repressão que impede a evocação da lembrança patogênica, mas não a apaga: a lembrança reprimida escapa ao tempo e às alterações sofridas pelas lembranças autorizadas.

  1. Aspectos relevantes chamados exame de memória em psicopatologia.

 

Os primeiros elementos de orientação para o diagnóstico são fornecidos: a) pela queixa do paciente de dificuldade com sua memória; b) pelas observações feitas por pessoas que convivem com o paciente e que se inquietam com esquecimentos, erros e repetições numa pessoa que é inconsciente de suas dificuldades; c) pelo modo de instalação, a duração e evolução das manifestações: o ínicio agudo e progressivo, amnésia paroxística ou permanente.

Deve se explorar de modo sistemático: a) a memória para os fatos antigos diz respeito a todos os eventos vividos desde a infância até os meses que precedem o exame. b) a memória para os fatos recentes se interessa pelos eventos vividos nos dias, horas e minutos que precedem o exame, e os eventos sociais da atualidade. c) os desempenhos atuais da memória, com provas simples explorando, de outro modo, a memória para os fatos recentes. d) a orientação temporal e espacial: data, lugar, idade, duração; as possibilidades de encontrar seu caminho, de situar seu discurso na atualidade do momento. e) a memória imediata (repetição de números). O exame deve ainda verificar: a) o estado das funções cognitivas e simbólicas: linguagem, praxias, gnosias; b) a atitude do paciente diante das suas dificuldades: ansiedade com esforço penoso durante a procura de suas lembranças; indiferença ou euforia, anosognosia; c) existência confabulações espontâneas ou desencadeadas por uma incitação; d)repercussões das dificuldades da memória na vida diária.

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