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O Ser No Tempo E No Espaço

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Por:   •  19/11/2013  •  1.324 Palavras (6 Páginas)  •  276 Visualizações

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O Ser no Tempo e no Espaço

Caroline Lôbo Gomes

Flávia Gonçalves de Sousa

Jaiane Santos Silva

Laizza do Carmo Pereira

Paula Letícia Oliveira Araujo

Weslaine Monteiro de Carvalho

Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Ao pensar em tempo, lembra-se de relógio, do tempo vivido, do tempo que ainda resta a viver. Desde a antiguidade o homem buscou analisar o tempo, verificando o nascer e o por do sol e suas repetições. Criaram-se calendários, os dias foram divididos em horas, minutos e segundos, os dias também foram organizados em sequencias formando semanas, meses e anos como forma de controlar o tempo vivido, assimilando ao espaço. O espaço vivido é determinado pra cada ser, as pessoas escolhem um lugar para morar e os animais determinam seu território.

Entretanto, o homem cria, mas não determina o tempo, ele é a condição da sua existência e a garantia da sua impermanência. Heidegger (1971) diz que temporalidade é o fundamento básico da existência humana, ela constitui o sentido originário do existir.

Quando o homem analisa o tempo ele se observa em sua maior contradição, a de ter poder e impotência, vida e morte. Por mais que o ser humano trabalhe de forma a controlar o tempo, como na melhora da sua qualidade de vida, combate de doenças, conservação de alimentos, ele não perde a sua condição de ser finito, de caminhar para a morte. Forghier (1993,) afirma que no decorrer de nosso existir caminhamos, a cada dia, para viver mais plenamente, assim como morrer mais proximamente.

Estar no tempo é estar em constante mudança e existir é estar no tempo. Na vida do homem tudo muda, isto é, as pessoas, a natureza e as coisas. “A existência humana consiste em estar continuamente saindo de si mesma, transcendendo a situação imediata, em direção a algo que ainda poderá ser para completar-se, ou totalizar-se.” (Forgiheri, 1999, p. 42). Sendo assim, o ser humano nunca poderá completar-se ou totalizar-se na sua existência, pois sua única certeza é a morte.

A temporalidade do homem significa poder sair de si mesmo, projetar-se fora do aqui-e-agora. O homem está no presente, mas pode lembrar-se de experiências passadas ou ter esperanças futuras. Para Minkowski (1965), existir significa viver o tempo, ou seja, viver o tempo é recuperar o passado através da memória e também antecipar o futuro dando ao presente uma dimensão dinâmica. "Racionalizar é debruçar-se sobre o passado, refletir sobre o que já aconteceu e fazer previsões sobre o que vai acontecer." (Forghieri 1993, p. 44.)

Nos tempos em que vivia nos campos de concentração Minkowski (1965) pode viver fenômenos relacionados ao tempo. Há momentos em nossas vidas que vivemos tranquilamente, com sentimentos agradáveis que nos fazem sentir o quanto é bom viver, porém em momentos angustiantes, como esses em linhas de combate fazem com que a pessoa tenha dias, semanas sem significado, sem metas e objetivos. O tempo algumas vezes também é monótono e cheio de tédio, como se fosse apenas uma repetição. Em situações vivenciadas com sintonia, sentimos como se tempo estivesse passando mais rápido, temos a sensação de agrado, de contentamento. Já em momentos de tensão, angústia ou desespero o tempo passa mais lentamente.

Santo Agotinho, em sua análise sobre o tempo diz que, com efeito, medimos o tempo, mas não o que ainda não existe, nem oque já não existe, nem o que não tem extensão, nem o que não tem limites. Em outras palavras, não medimos o futuro, nem o passado, nem o presente, nem o tempo que está passando. E, no entanto, medimos o tempo. Sendo assim, ele não reconhecia o tempo como algo objetivo.

Ao vivenciarmos o tempo em nossa existência, também vivenciamos o espaço. Augras (1986) afirma que esse espaço é criado a partir das extensões do corpo da própria pessoa, ou seja, o ser é o seu centro e o espaço é aberto e orientado peal movimentação do ser dentro do mundo. O espaço que vemos não é como uma coisa, mas é o lugar onde todas as coisas estão, escreve Heidegger, e ele só pode ser compreendido a partir do mundo. O espaço não está no sujeito nem o mundo está no espaço. (Heidegger, 1993, p. 111.).

Quando tentamos objetivar nossa espacialidade queremos denominar onde as coisas e as pessoas se localizam, considerando o espaço que elas ocupam e que ocupamos no mundo. Dizemos que moramos em determinado endereço, vamos a lugares para trabalhar, estudar, sendo que esses lugares estão situados em determinado bairro, em determinado país.

Entretanto espacializar vai muito além dessas limitações que são manifestadas em nossa vivência cotidiana, espacializar significa ter compreensão de seu próprio existir no mundo. Não é limitado ao “estar aqui”, é incluído também o “ter estado lá” e o poder vir a “estar acolá” (Forghieri, 1993, p. 44.)

Algumas vezes estamos

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