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O TREINAMENTO DE UM RATO

Por:   •  14/2/2019  •  Projeto de pesquisa  •  5.442 Palavras (22 Páginas)  •  160 Visualizações

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CAPA

RESUMO

SUMARIO

INTRODUÇÃO

        

        Por muito tempo a previsibilidade e até a  mensuração do comportamento humano e animal era algo considerado, até o século XIX, fora do alcance da ciência. Os pesquisadores concentravam-se em analisar aquilo que o outro disponibilizava, e considaravam a mente humana seu principal objeto de pesquisa. Até que novos questionamentos surgiram a respeito do que de fato estavam  estudando e de que forma poderiam validar e fidegnizar os dados obtidos de suas análises. Logo, foi diante desse contexto que a filosofia do comportamento foi introduzida no ramo da psicologia.  

        A análise do comportamento, o chamado Behaviorismo, teve sua primeira versão no início do século XX com John B. Watson (1879-1958), que questionava a invalidez na aplicação de dados obtidos por análises advindas da introspecção realizada até então. Isso tornava inviável a replicaçao dos dados em diferentes circunstâncias, tornando a dependência em relação ao paciente ainda mais excessiva. Watson defendia a abolição de termos que faziam alusão à mente e a consciência, e mantinha como foco o comportamento de fato observável. Posteriormente a Watson, B. F. Skinner (1904-1990) surgiu com ideias discordantes às dos demais behavioristas que já propagavam as ideias de Watson, enfatizando também a necessidade da construção de uma visão científica mais nítida, com a sustetação da ideia de que a análise do comportamento só se tornaria ciência quando fossem criados termos e conceitos que permitissem explicações verdadeiramente científicas (Baum, 2005).

        Então, concordando com a ideia inicial de watson de que o comportamento dos organismos deveria ser o objeto de estudo da Psicologia (Fabio, 2003), Skinner passou a enfatizar a importância da análise do  comportamento verbal, uma vez que ele acreditava que apenas isso seria capaz de permitir a compreenção do contexto completo em que a experiência se deu. Para ele, existe uma unidade interativa constante entre o comportamento e o ambiente, e torna-se inviável a análise de um, sem a presença do outro, já que apenas através dessa interação é que se torna possível a construção de uma investigação sistemática. Aqui se torna definido que as respostas selecionadas e o contexto estabelecedor das consequências passam a definir a probabilidade de uma ação voltar a acontecer novamente, sendo definidas como as contingências fundamentais para a análise do comportamento (Matos, 1998).

        Sendo assim, é diante desse contexto que esse trabalho se dará, e mais especificamente, na esfera da disciplina de Análise Experimental do Comportamento (AEC), desenvolvida na instituição de ensino superior Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), com orientação do mestre em Ciências do Comportamento Gustavo Tozzi Martins. O termo experimental ilustra a adoção de um contexto controlado, simplificado e artificial para a propagação de conhecimento (Neto, 2002)referente a área em questão. A tática analítica utilizada volta-se para o método empírico, descritivo e operacional,  com ênfase maior  na quantificação das informações advindas dos experimentos realizados, que envolviam a observação do sujeito virtual em seu nível operante (NO), no treino ao comedouro (TC), modelagem (MOD), reforço contínuo (CRF), extinção (EXT) , recondicionamento (REC), discriminação (DISC) e esquemas de reforçamento (variável no nível 10 e 20 - VR10, VR 20 - e fixa no nível 35 e 50 - RF35 e RF 50). Os comportamentos analisados inicialmente é o de pressão à barra, farejar, levantar, limpar-se e o de beber água, sendo que o objetivo inicial é apresentado com a finalidade de mensurar a frequência, a quantidade e o período em que cada comportamento é emitido.

REFERENCIAL TEORICO

NÍVEL OPERANTE

        É definido como operante toda a relação existente entre o comportamento emitido pelo organismo e suas consequências respondentes. Essa correspondencia faz com que haja uma relação direta do comportameno do sujeito com as alterações ambientais. E ambientes, nesse contexto, faz alusão a todas as variáveis presentes que são capazes de provocar alterações no organismo (Moreira, Medeiros 2007).  Com isso, é possível classificar como voluntário esse comportamento, que cotidianamente é chamado de ação, visto que ele permanece sob domínio de quem o executa. O nível operante aqui tratado, refere-se a condição básica dos comportamentos emitidos pelo sujeito, a linha de base do operante, antes do processo de reforçamento ocorrer (Catania, 1999, p. 411).

APRENDIZAGEM OPERANTE

        Uma das descobertas mais excepcionais para os psicólogos é a possibilidade de controle das contingências existente na emissão de novos comportamentos. A principal regra presente envolve a relaçao entre a resposta que gera uma consequencia e assim vai sendo modificada (Moreira, Medeiros 2007).  Esse é o processo que define a aprendizagem operante. Ou seja, a classificação de operante induz que ela é totalmente aprendida, e isso significa que ele não entra nos padrões estipulados para caracteristicas comportamentais consideradas inatas.

        Um conceito importante no contexto da aprendizagem operante é o reforço, classificado como um tipo de consequência que aumenta a probabilidade de ocorrencia da resposta. A resposta operante é aquela modelada pela consequência que a produz. Nesse seguimento, ao falarmos de treino ao comedouro, insinuamos  

Operação estabelecedora - motivação

O comportamento é afetado, ou melhor, controlado pelas suas consequências. Ou seja, estas de alguma forma determinam se o comportamento que as originaram se repetirá ou não, se haverá a probabilidade de ocorrer novamente ou não. Dessa forma, uma vez que o comportamento é controlado pela consequência, vemos a possibilidade de experimentar por meio de manipulação das consequências para melhor compreensão da resposta (comportamento)  consequência (RC). Partindo desse pressuposto, surge o entendimento de que se programarmos as consequências podemos modificar o comportamento de uma pessoa ou animal não-humano.

O que no parágrafo anterior foi citado como consequências, quando estas aumentam a probabilidade de que a resposta ocorra novamente, no Behaviorismo é denominado como Reforço. Entretanto, reforço nada mais é do que uma consequência que provavelmente fará com que o comportamento se repita, assim tem-se uma relação entre organismo e o ambiente, o organismo emite uma resposta que altera o ambiente. Se estas alterações no ambiente, produzidas pelo organismo, aumentarem a probabilidade do comportamento voltar a ocorrer chama-se contingência de reforço.

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