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Oficina Da Memória

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Por:   •  27/2/2015  •  Seminário  •  472 Palavras (2 Páginas)  •  114 Visualizações

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Atualmente, tem-se falado muito sobre a Síndrome de Burnout a qual é definida pelo esgotamento físico, psíquico e emocional, em decorrência de trabalho estressante e excessivo. Os profissionais mais atingidos são os que mantêm uma relação constante e direta com outras pessoas, principalmente quando esta atividade é considerada de ajuda, como: enfermeiros, psicólogos, médicos, assistentes sociais, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, educadores. É caracterizada pela ausência de motivação ou desinteresse, mal-estar interno ou insatisfação ocupacional que parece prejudicar, em maior ou menor grau, a atuação profissional.

As situações estressantes podem originar de diversas fontes: da população atendida, muitas vezes vulneráveis de recursos emocionais e financeiros, das relações com membros da equipe de trabalho a que pertençam, do contexto social em que atuam e de ambientes saturados de sofrimentos físico e psicológico.

Para tanto, é necessário a criação e a manutenção de um espaço continente, onde todos se sintam predispostos às trocas mútuas sobre as vivências angustiantes de seu dia-a-dia profissional, bem como a refletir sobre maneiras de atenuá-las. Um ambiente acolhedor que proporcione a tolerância às frustrações; o suporte das ansiedades, das impotências e dos conflitos decorrentes de rivalidades profissionais; a convivência com as diferenças de atuação profissional; e, principalmente, o trabalho em equipe.

Além disso, observa-se a importância de reforçar aos profissionais a possibilidade de tomar suas próprias decisões, respeitar suas diferenças e compreender seu processo, para que possam se desenvolver com suas características e forças inerentes à sua realidade.

Podemos encontrar na Mitologia Grega um auxílio para a compreensão desta relação entre cuidador e cuidado. Asclépio, filho do deus grego Apolo, estava no ventre materno quando sua mãe foi atingida por flechas e morreu. Asclépio sentiu dores terríveis e estava quase morto quando foi salvo pelo seu pai que, rapidamente, o enviou a Centauro Quirão, um grande cirurgião médico. Este cuidou de Asclépio e o introduziu na arte de cuidar e curar os doentes. Essas dores sofridas deixaram marcas tão profundas que o estimularam a identificar-se com os sofredores, tornando-o um famoso curador.

Este mito nos faz refletir sobre a necessidade de tolerância, por parte do profissional, de suas limitações e de sua condição humana, aceitando que não é onipotente e onisciente, atributos divinos que trazem embutido o fracasso e o sofrimento, pois a realidade da dor, em suas mais diferentes facetas, sempre o defrontará com sua impotência. A tarefa de cuidar do outro é uma das práticas humanas que colocam o profissional diante de seus mais íntimos conflitos, pois em poucas atividades o indivíduo encontra-se tão incisivamente sujeito às pressões, de várias ordens, e ao desgaste profissional.

Assim, a criação de espaços abertos para reflexão sobre as práticas de trabalho deve ser uma preocupação constante das Instituições, pois se observa que esses encontros grupais por parte da equipe geram uma melhora do atendimento ao usuário, assim como a prevenção e promoção da saúde mental da própria equipe.

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