TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

PERÍODO PRÉ-CIENTÍFICO PROPRIAMENTE DITO

Pesquisas Acadêmicas: PERÍODO PRÉ-CIENTÍFICO PROPRIAMENTE DITO. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  11/5/2014  •  1.632 Palavras (7 Páginas)  •  2.782 Visualizações

Página 1 de 7

1. EMPIRISMO CRÍTICO:

Os Filósofos do Empirismo possuíam as mesmas preocupações dos Filósofos Gregos. As primeiras perguntas foram respondidas pela Física, Química e Biologia. Depois buscaram a contribuição do próprio homem, investigaram a natureza dos fenômenos psíquicos e como esses se relacionam com o problema do nativismo (ideias inatas). Platão x Aristóteles. O homem nasce com as ideias ou adquire por meio das experiências? Essa questão é tão antiga quanto à humanidade. O termo Empirismo tem duas conotações: pressuposto filosófico, contrasta com o nativismo. Conotação metodológica, o conhecimento está alicerçado na experimentação e na medida. É a questão do método, que por sua vez contrasta com o racionalismo. O Empirismo Crítico faz, metodologicamente, o caminho oposto ao racionalismo (empirismo x racionalismo), porém de uma forma teórica.

1.1) Escola Francesa: René Descartes surge como figura principal, notabilizou-se sobretudo por seu trabalho revolucionário na filosofia e na ciência, mas também obteve reconhecimento matemático por sugerir a fusão da álgebra com a geometria, fato que gerou a geometria analítica e o sistema de coordenadas que hoje leva o seu nome. Por fim, foi também uma das figuras chave na Revolução Científica. A dúvida era, assim, o ponto de partida de toda a sua argumentação e raciocínio. Ficou célebre a sua frase: “Penso, logo existo”. Descartes, por vezes chamado de "o fundador da filosofia moderna" e o "pai da matemática moderna", é considerado um dos pensadores mais importantes e influentes da História do Pensamento Ocidental. Inspirou contemporâneos e várias gerações de filósofos posteriores; boa parte da filosofia escrita a partir de então, foi uma reação às suas obras ou a autores supostamente influenciados por ele. Muitos especialistas afirmam que, a partir de Descartes, inaugurou-se o racionalismo da Idade Moderna. Décadas mais tarde, surgiria nas Ilhas Britânicas um movimento filosófico que, de certa forma, seria o seu oposto, o Empirismo, com John Locke, Thomas Hobbes e David Hume, dentre outros.

1.2) Escola Britânica: Thomas Hobbes, de pensamento materialista, defendia a ideia segundo a qual, os homens só podem viver em paz se concordarem em submeter-se a um poder absoluto e centralizado. Para ele, a Igreja Cristã e o Estado Cristão, formavam um mesmo corpo, encabeçado pelo monarca, que teria o direito de interpretar as Escrituras, decidir questões religiosas e presidir o culto. Para ele, “o homem é lobo do homem, em guerra de todos contra todos”. Sua teoria fundamentou o conceito da natureza egoística e interesseira de Freud. Princípio que constitui a base da psicanálise, como também de diversas teorias da aprendizagem do século XX, tendo Rousseau, como seu principal opositor. Hobbes argumenta que só podemos conhecer algo do mundo exterior a partir das impressões sensoriais que temos dele (Só existe o que meus sentidos percebem). Esta filosofia é vista como uma tentativa para embasar uma teoria coerente, de uma formação social puramente no fato das impressões por si, a partir da tese de que as impressões sensoriais são suficientes para o homem agir em sentido de preservar sua própria vida, e construir toda sua filosofia política, a partir desse imperativo.

John Locke (1632-1704), rejeitava a doutrina das ideias inatas e afirmava que todas as nossas ideias tinham origem no que era percebido pelos sentidos. A filosofia da mente de Locke é, frequentemente, citada como a origem das concepções modernas de identidade e do "Eu" O conceito de identidade pessoal, seus conceitos e questionamentos figuraram com destaque na obra de filósofos posteriores, como David Hume, Jean-Jacques Rousseau e Kant. Locke foi o primeiro a definir o "si mesmo" através de uma continuidade de consciência. Ele postulou que a mente era uma lousa em branco (tabula rasa). Em oposição ao Cartesianismo, ele sustentou que nascemos sem ideias inatas, e que o conhecimento é determinado apenas pela experiência derivada da percepção sensorial. Aspecto importante no seu empirismo foi a integração das funções psíquicas com as funções corporais, considerado o precursor do estruturalismo psicológico do séc XX, por fazer essa associação.

George Berkeley (1685-1753), aceita o empirismo de Locke, mas não admite a passagem dos conhecimentos fornecidos pelos dados da experiência, para o conceito abstrato de substância material. Por isso, e assumindo o mais radical empirismo, Berkeley afirma que uma substância material não pode ser conhecida em si mesma. O que se conhece, na verdade, resume-se às qualidades reveladas durante o processo perceptivo. Assim, o que existe realmente nada mais é que um feixe de sensações e é, por isso, que: Esse est percibi( ser é ser percebido). O que está em xeque não é a negação do mundo exterior, mas sim o conceito fundamental, desde Descartes, de uma ideia de matéria como constituinte de tudo o que é, e que fosse diferente da substância pensante. Para fugir do subjetivismo individualista (pois tudo que existe somente existiria para a mente individual de cada indivíduo), Berkeley postula a existência de uma mente cósmica que seria universal e superior à mente dos homens individuais. Deus é essa mente e tudo o mais seria percebido por Ele (de modo que a existência do mundo exterior à mente individual e subjetiva do homem, estaria garantida).

1.3) Escola Alemã: Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716), matemático, inventor do cálculo infinitesimal, filósofo, foi ainda o precursor da lógica matemática. Na visão que teve da existência de uma “característica universal”, Leibniz encontrava-se dois séculos à frente da época, no que concerne à matemática e à lógica. As mônadas, a contribuição mais importante de Leibniz para a metafísica, expostas em sua obra Monadologia. As mônadas equivalem para a realidade metafísica, o que os átomos equivalem para os fenômenos físicos. As mônadas são os elementos máximos do universo. As mônadas são "formas substancias do ser com as seguintes propriedades: elas são eternas, indecompostas, individuais, sujeita as suas próprias leis, sem interação mútua, e cada uma refletindo o próprio universo dentro de uma harmonia preestabelecida, (historicamente um exemplo importante de pampsiquismo). Mônadas são centros de forças; substância é força, enquanto o espaço, extensão e movimento são meros fenômenos.

Emanuel Kant (1724-1804), geralmente considerado como o último grande filósofo dos princípios da era moderna. Kant é famoso sobretudo pela elaboração do denominado idealismo transcendental:

...

Baixar como (para membros premium)  txt (10.9 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com