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Paulo Freire - O Homem E Sua História

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Por:   •  2/10/2014  •  381 Palavras (2 Páginas)  •  277 Visualizações

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01. O homem e sua história.

Paulo Freire nasceu em 19 de setembro de 1921 em Recife, filho de Joaquim Temístocles

Freire, capitão da Polícia Militar de Pernambuco, e de Edeltrudes Neves Freire, Dona

Tudinha. Paulo teve uma irmã, Stela, e dois irmãos, Armando e Temístocles. Demonstrou

muita gratidão aos irmãos em uma de suas entrevistas a Edson Passetti, pelo fato de

terem começado a trabalhar muito jovens, para ajudar na manutenção da casa e

possibilitar que Paulo continuasse estudando.

Sua família fazia parte da classe média, mas Paulo Freire vivenciou a pobreza e a fome

na infância durante a depressão de 1929, experiência que o levaria a se preocupar com

os mais pobres e o ajudaria a construir seu revolucionário método de alfabetização. Por

seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para

gerações de professores, especialmente na América Latina e na África.

A partir de suas primeiras experiências no Rio Grande do Norte, em 1963, quando

ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias, Paulo desenvolveu um método

inovador de alfabetização, adotado primeiramente em Pernambuco. Seu projeto

educacional estava vinculado ao nacionalismo desenvolvimentista do governo João

Goulart.

Também teve envolvimento na política, integrando o Partido dos Trabalhadores e sendo

Presidente da 1ª Diretoria Executiva da Fundação Wilson Pinheiro, fundação de apoio

partidária instituída pelo PT em 1981 (antecessora da Fundação Perseu Abramo); além de

Secretário de Educação da Prefeitura Municipal de São Paulo na gestão petista de Luiza

Erundina (1989-1992).

Entrou para a Universidade do Recife em 1943, para cursar a Faculdade de Direito, mas

também se dedicou aos estudos de filosofia da linguagem. Apesar disso, nunca exerceu a

profissão, preferindo trabalhar como professor numa escola de segundo grau, lecionando

língua portuguesa. Em 1944, casou com Elza Maia Costa de Oliveira, uma colega de

trabalho.

Paulo Freire delineou uma Pedagogia da Libertação, intimamente relacionada com a

visão marxista do Terceiro Mundo e das consideradas classes oprimidas na tentativa de

elucidá-las e conscientizá-las politicamente. As suas maiores contribuições foram no

campo da educação popular para a alfabetização e a conscientização política de jovens e

adultos operários, chegando a influenciar em movimentos como os das Comunidades

Eclesiais de Base (CEB).

No entanto, a obra de Paulo Freire não se limita a esses campos, tendo eventualmente

alcance mais amplo, pelo menos para a tradição de educação marxista, que incorpora o

conceito básico de que não existe educação neutra. Segundo a visão de Freire, todo ato

de educação é um ato político.

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