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Psicanálise e Mitologia Grega

Por:   •  12/8/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.195 Palavras (5 Páginas)  •  89 Visualizações

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Aula 29°: dia 03/10/2017  |  Prof. José Valter Montéver

Nome: Sueli Real Delegá Rodrigues

TURMA XI início em 2017 de quartas feiras -  POLO Campinas

  PSICANALISE E MITOLOGIA GREGA                                                                              

           “O mal está instalado na civilização”

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   O mal está instalado na civilização

       Declaração feita pelo psicanalista, Sigmund Freud. Diante disso, decide identificar e procurar as teorias das pulsões que sustentam as construções de pensamento sobre cultura e mal-estar, e para isso recorreu a alguns mitos, dentre eles, o Complexo de Édipo. Ressaltando que em Freud, o conceito de mal pode ser substituído também por sofrimento ou violência.

       Para Freud o mal não é transcendental, logo não seria uma penalidade divina por consequência de alguma desobediência. Bem como, afirma que o conceito de pulsão é um termo basilar para entender a sua posição diante do problema do mal.

       Em seu ensaio de 1908, ‘’Moral sexual civilizada e doença nervosa moderna’’ Freud inicia o seu argumento com relatos e teorias de médicos sobre as doenças nervosas advindas do processo civilizacional. Segundo ele, a civilização se baseia em uma moral de ordem repressora de perversões e neuroses, fazendo assim que os homens renunciem suas pulsões sexuais direcionando a sua energia pulsional a arte e ciência, atividades moralmente aceitas pela sociedade. Conclui-se então que as vontades do corpo vivo sempre foram reprimidas pela cultura. Se o homem atender seus instintos impossibilita a vida em sociedade, resultando em frustração, dor e sofrimento.

      Em relação ao mandamento imposto pela religião ‘’amar ao próximo como a ti mesmo’’, Freud enxerga este como uma aberração. Uma vez que o individualismo do homem enxerga o outro sempre como uma ameaça aos seus desejos e anseios. Concluiríamos então, que o nosso semelhante é aquele avido a extravasar suas pulsões, reprimindo as nossas. Portanto, afirma que há uma inclinação humana para a ruindade, agressividade e destruição. Cria assim um conflito entre as pulsões do ser humano e as restrições impostas pela civilização, criando um sentimento de culpa. E com isso, refere tais sentimentos ao complexo de Édipo, os desejos sexuais não são permitidos (incestuosos) por sua parte paterna, que impede o acesso ao Bem/prazer com a mãe. De acordo, com o Complexo, existe uma fase onde o menino passa a temer a perda do pênis. Esse temor está ligado aos sentimentos que a vivência do drama edipiano provoca: o menino odeia o pai e quer mata-lo, por isso, teme que o pai, a fim de vingar-se, o castre. Nesta trama, o pai representa a Lei, ou seja, a cultura, na medida em que é o agente da castração.

     Para Freud não há questão mais original na formação da sociedade do que violência. Define, contudo, o mal como ‘’mal físico’’ (violência). Afirma que esta, é o ato fundador da sociedade, da cultura. Dada a violência que está ‘’instalada’’ na sociedade podemos traçar um paralelo com o Complexo de Édipo, onde o filho (Édipo) acaba matando um homem, Laio, e todos os seus lacaios que imaginou serem um bando de malfeitores, o conflito proveio de um desentendimento por causa de uma carruagem (Laio era seu pai biológico e ele não possuía conhecimento sobre tal fato). Concluímos então que o mal já está dentro do ser, está instalado nele, uma vez que o motivo do conflito não seria tão bárbaro para um ato tão agressivo, o homicídio.

     Ainda sobre este Complexo, a repressão das vontades do homem pela civilização cria uma expressão de conflito de ambivalência, tal como a criança na fase fálica do desenvolvimento psicossexual, onde existe ao mesmo tempo um sentimento de amor e ódio ao progenitor de mesmo sexo e intensificação de laços com o progenitor de sexo oposto. Em relação a isso, estabelecemos outro paralelo com o Complexo, na fase fálica, oposição se dá entre fálico e castrado. O menino passa a temer a perda do pênis. Esse temor está ligado aos sentimentos que a vivência do drama edipiano provoca: o menino odeia o pai e o quer matar, por isso, agora, teme que o pai, a fim de vingar-se, o castre.

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