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Psicodiagnóstico Humanista

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Por:   •  25/11/2014  •  Seminário  •  763 Palavras (4 Páginas)  •  209 Visualizações

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O psicodiagnóstico é uma descrição de como o cliente se expressa neste encontro que é sua relação com o profissional e que diz respeito ao seu modo de ser no mundo. No psicodiagnóstico, o psicólogo descreve o modo de ser no mundo do cliente, a partir de seu encontro com o psicólogo e por meio do encontro. Não se trata de uma descrição fria e objetiva, mas de uma descrição viva da pessoa, “em relação com”. Na medida em que o psicólogo alcança esta compreensão e consegue comunicá-la ao cliente, ultrapassa a compreensão em si e atinge o objetivo da ajuda. Pelo retorno (devolução) numa relação interpessoal em que o nível de ameaça é reduzido, a pessoa se descobre, revela aquilo que estava encoberto (negado ou simbolizado de modo distorcido) e reorganiza, reestrutura sua noção do eu. Percebendo-se de modo diferente, como consequência, passa a agir de modo diferente.

Sobre esse ponto, cabe fazer algumas considerações: 1. O psicólogo alcança uma compreensão do cliente gradativamente, à medida que a relação interpessoal se desenvolve; 2. O psicodiagnóstico não se encerra no momento em que o psicólogo alcança uma compreensão do cliente. Quem deve compreender e compreender-se é o cliente. Um laudo de psicodiagnóstico não tem nenhum valor como peça arquivada na pasta do cliente. Não se faz psicodiagnóstico para elaborar um laudo, mas para retorná-lo ao cliente. 3. Não se faz psicodiagnóstico para encaminhar. O encaminhamento pode até ocorrer, mas o psicodiagnóstico não deve ser visto como uma instância que precede o atendimento e que vai definir de que tipo de atendimento o cliente precisa. Mudanças na percepção de si e nos padrões de interação do cliente devem ocorrer. Por isto se afirma que, embora não se confunda com uma terapia, o psicodiagnóstico tem efeito terapêutico. No psicodiagnóstico, pretende-se que o cliente recupere sua dimensão de liberdade, de sujeito que se apropria de suas experiências e as simboliza corretamente, sem necessidade de defender-se delas, que escolhe, que decide. Por

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isto, mesmo quando um encaminhamento é indicado, ele deve passar pela decisão do cliente. 4. A função do psicólogo no psicodiagnóstico é a de criar um clima propício para que o cliente possa entrar em contato com sua experiência, abrindo-se para uma percepção mais completa e congruente de si e, como decorrência, para novas formas de interação. O psicólogo cria um clima propício na medida em que, por suas atitudes de aceitação incondicional, de respeito, de empatia, congruência e consideração positiva pelo cliente, contribui para reduzir a ameaça inerente à situação, facilitando, assim, o processo de descoberta do cliente. 5. O retorno para o cliente: os autores que escrevem sobre psicodiagnóstico se referem a esse momento como entrevista de devolução de informação (Ocampo), transmissão de resultados (Adrados), output (Cunha). Considero essas denominações não muito apropriadas. Sugerem certa racionalidade ou visão mecanicista do processo e colocam o cliente em posição passiva, como alguém que recebe de volta alguma coisa. Proponho chamá-lo de comunicação da compreensão ou retorno para o cliente. Assim, reconhece-se o cliente como ativo, sujeito (e não objeto) do processo.Cliente ativo não significa profissional passivo. O psicólogo também é sujeito, ativo. De acordo com sua

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