Psicologia Homens invisíveis

Introdução

Na introdução relata o descaso com a profissão, e a humilhação física do seu trabalho, Como tarefa, ele precisou acompanhar durante uma semana o trabalho dos garis da Cidade Universitária como forma de investigar a humilhação social. A experiência se estendeu por mais dez anos. Fernando Braga da Costa varreu calçadas e ruas, limpou lixeiras, conversou com os verdadeiros garis e sofreu na pele a humilhação social a que estão expostos diariamente, relegados à condição de invisíveis perante seus superiores.

Homens Invisíveis

Ao iniciar uma pesquisa para realizar uma analise psicológica, o autor investiga a vida dos trabalhadores de coleta de lixo, conhecido como gari uma profissão não reconhecida, um trabalho desqualificado. Uniu-se entre eles “varri ruas e calçadas, entre baratas, trocamos sacos de lixo e limpamos lixeiras; capinamos gramados e retiramos barro acumulados em canteiros”.

Durante nove anos acompanhou o dia-a-dia dos garis da cidade Universitária de SP, trabalhou e vivenciou diversas condições e testemunhou situações de trabalho que mobilizaram afetos e pensamentos de humilhação e descriminação.

Ao uniformizar-se com uma simples roupa da cor laranja e um boné, nem foi reconhecido, como se fosse invisível às pessoas que passavam não reagia, agiam como se fosse um simples objeto ali parado, nenhum comprimento, nem um olhar, foram surpreendentes parecia um uniforme ambulante. Não é a dignidade, não é a honestidade de um ser que vale algo, é sua posição de trabalho, sua classe social.

Descriminação, humilhação, desigualdade, reconhecimento, são palavras que simplesmente existe no dicionário de um gari, mas a realidade é outra tanto na sociedade como política a desqualificação e a exclusão estão presentes no cotidiano de cada trabalhador que ama sua profissão.

Conclusão

Trabalho honesto como, varrer ruas, cortar mato, retirar barro que acumulou junto ás guias, estar sujeito a repressões mesmo sem motivo, transportar-se diariamente em cima da caçamba de caminhonetes ou caminhões em meio ás ferramentas ou do lixo são ás tarefas dignas do trabalho daqueles homens. Tarefas essas que podemos reconhecer fortemente marcados pela degradação e pelo servilismo são atividades reservadas a uma classe de homens subproletarizados, homens que se tornam condenados ao rebaixamento social e político.