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Psicopatologia Atps

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Por:   •  18/3/2015  •  684 Palavras (3 Páginas)  •  314 Visualizações

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Normal ou Patológico em Psicopatologia Clínica

by Adalberto Tripicchio on 11 de junho de 2007 in A Clínica no Campo Psi

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Resumo

Analisando os conceitos de normal e pa­tológico segundo as principais correntes do pensamento psiquiátrico (a fenomenologia, a psicanálise e a anti-psiquiatria), o autor pro­põe repensá-los a partir do discurso próprio "louco" e da desidealização desses concei­tos que enfatizam três dimensões: a real, a social e a humana.

A colocação do problema

Logo nas páginas iniciais de seu livro, Devereux (7) coloca em xeque a teoria psiquiátri­ca. Pois se esta se fundamenta sobre o conceito de normal e seu oposto, anormal (lido como patológico), a verdade é que o problema de conceituação desses termos não foi re­solvido, nem ao menos ficou delineada a fronteira que os delimita e, por condição, define. A partir daí – isto é, de conceitos indefinidos – ergue-se uma semiologia bastante sofisticada que estabelece diagnósticos, que classifica, que coloca os indivíduos em locais precisos: os sãos e os loucos. E continua, numa subdivisão minuciosa, propondo-se a des­crever a loucura de cada um, mas não a sanidade, vista co­mo um todo unitário. Mesmo a "revolução psicanalítica" não trouxe mudanças substanciais à taxonomia psiquiátrica, porquanto as categorias ficaram (com maior ou menor sofis­ticação de detalhes). Foi preciso haver uma "invasão aliení­gena" para que a psiquiatria começasse a questionar esse ar­cabouço. Estudando grupos, e não indivíduos, sociólogos e antropólogos introduziram uma nova dimensão na análise da pessoa (dimensão que Freud apreendera, embora lendo do ângulo do indivíduo): a cultura. E perceberam também que esta apresentava tantas variáveis, de tal modo presentes na organização daquela pessoa, que Marx, anos antes, ques­tionava o próprio conceito de "ser humano" (13, 14), en­quanto um conceito abstrato. Assim, o problema conceitual torna-se mais complexo. Ao nível do orgânico, quando o que define é a possibilidade ou não de sobrevivência, ou a quali­dade dessa sobrevivência, poderia ser mais simples estabele­cer a fronteira. Mas, ao lidarmos com comportamento, com sentimento, como definir? A partir de uma estreita correla­ção com a "vida dos órgãos" ou a partir de "uma análise fi­losófica da vida compreendida como atividade de oposição à inércia e à indiferença" (5)? De qualquer modo, lidamos com valores, posicionamo-nos ideologicamente frente ao problema (e haveria outra possibilidade?).

A angústia do questionamento

No entanto, não se tra­ta aqui de uma elucubração a respeito de um tema filosófi­co: a oposição entre vida e morte, corpo e alma, saúde e doença, idealismo e materialismo ou alguns desses pares an­titéticos que preenchem o corpo teórico da filosofia. Muito mais do que isso. É em cima de uma definição indefinida que calcamos a nossa prática médica. E esta é a angústia do questionamento. Porque frente

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