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Resenha Da Obra De Michel Foucault

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Por:   •  17/10/2014  •  1.260 Palavras (6 Páginas)  •  872 Visualizações

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RESENHA DO LIVRO VIGIAR E PUNIR

Sobre a obra: FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: Nascimento da prisão. 41ª ed. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2013.

O livro Vigiar e Punir relata o estudo do autor Michael Foucault sobre as relações de poder, envolvendo os corpos como um objeto de poder, inserido em diversos contextos sociais, nos quais não só o corpo físico é controlado e punido, mas também o subjetivo, a alma de cada ser.

A primeira parte começa com a descrição da condenação de um criminoso através do suplicio. Nessa época, o corpo era o foco das punições, e isso era feito da maneira mais rude e dolorosa possível, além de ser em praça pública, para que muitas pessoas pudessem ver, pois era considerado um espetáculo. Acreditava-se que se o condenado sofresse fisicamente aqui na terra, sem blasfemar e aceitando pagar pelo crime cometido, depois de sua morte receberia o perdão divino por ter suportado a punição a que mereceu.

Posteriormente, os condenados faziam trabalhos forçados ao invés de sofrerem essa punição violenta do antigo suplício, mas ainda assim, o castigo tinha influencia no corpo, pois além dos trabalhos forçados, os condenados ficavam encarcerados e tinham regras rígidas para obedecer. Contudo, o discurso falado nessa época dizia que os castigos não mais maltratavam os corpos, e sim o espírito do criminoso, por ter que ficar na condição de prisioneiro, sendo vigiado e não podendo sair dessa condição antes de ter cumprido a pena.

Na terceira parte Foucault descreve a disciplina que foi empregada em diversos tipos de instituições afim de controlar o que estava sendo feito, o modo que estava sendo feito, e também o rendimento de cada atividade. Por exemplo, na escola, havia uma posição correta para se sentar e para escrever, de modo que a escrita fosse mais bem feita possível e também de forma que o tempo pudesse ser mais bem aproveitado possível. Nas empresas também foi colocada nova ordem de disciplina, com o mesmo objetivo de vigiar para saber se o serviço está sendo feito corretamente, e se os funcionários estavam se comportando da maneira esperada.

A disciplina aplicada aos exércitos funcionava não somente para organização e melhor rendimento dentro do menor espaço de tempo, mas também como uma força maior, já que todos estavam sempre bem alinhados e fazendo exatamente a mesma ação, todos ao mesmo tempo, com o mesmo objetivo, juntos.

Foucault fala sobre os recursos de adestramento, o qual não tem mais como objetivo punir, mas vigiar, moldar os comportamentos, observar o que está sendo feito sem ser observado por aqueles que estão submetidos ás respectivas tarefas, nas mais diversas instituições. A vigilância nas escolas funcionava com várias funções diferentes: uns para observar o que estão fazendo as lições, outros para observar os comportamentos e anotar, entre outras tarefas.

O sistema de adestramento nas escolas, inicialmente, dava pontos negativos aos alunos, como uma maneira de punir os que não se comportavam bem, para que estes se sentissem envergonhados e tentassem mudar seus comportamentos, e para que os que se comportam da maneira que é esperada não mudem essas atitudes, para que não sejam igualmente envergonhados.

Algum tempo depois, a disciplina mudou, dando pontos positivos aos alunos que se comportavam bem, para que os que não o faziam, sentissem vontade de ter esses pontos positivos também, ao invés de somente punir os que não se comportavam.

As cidades pestilentas foram outra forma de vigiar e controlar o que acontecia nas cidades, nas quais eram realizadas inspeções por vigias, de casa em casa, para saber quantos moravam nas casas, quem era saudável, quem era doente e se tinha algum morto. Nessas vigilâncias, todos os moradores eram trancados em suas próprias casas e quem saísse, recebia sentença de morte.

Em seguida, foi criado o panóptico que previa um sistema de vigilância e disciplina perfeitos, trancando cada doente, criminoso, aluno ou louco em uma cela solitária, todas as celas, formavam um grande anel, no centro do anel havia uma torre com vigias. Nesse sistema, era possível que os vigias observassem o que acontece em cada uma e em todas as celas, sem ser observado por aqueles que estavam dentro das celas. O panóptico, além de conseguir organizar separadamente todas as pessoas que deviam estar ali, também gerava uma disciplina, pois aqueles que estavam nas celas, sabiam que a qualquer momento, poderiam estar sendo vigiados, mas não sabiam exatamente em quais momentos isso estava acontecendo, o que gerava automaticamente um medo de fazer algo não permitido, pois de certa forma estariam sempre sob vigilância. Os presos também não conseguiam ver

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