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Socialização da criança na primeira infância

Relatório de pesquisa: Socialização da criança na primeira infância. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  16/5/2014  •  Relatório de pesquisa  •  5.458 Palavras (22 Páginas)  •  395 Visualizações

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SOCIALIZAÇÃO DA CRIANÇA NA PRIMEIRA INFÂNCIA

Acompanhar o processo de socialização da criança em seus primeiros anos de vida é de fundamental importância para um desenvolvimento saudável, e para que a criança tenha um bom desenvolvimento é preciso antes de tudo que seja amada e desejada pela família, que possam compreender, apoiar, respeitar todas as dificuldades e barreiras que possivelmente enfrentarão, mas de maneira positiva, afinal faz parte do processo.

A psicologia cientifica estuda a subjetividade da criança nos diversos meios sociais em que ela está inserida, pois para cada ambiente seja em casa, seja na escola ou brincando ela se interage e constrói sua própria identidade.

O objetivo maior é estudar o processo de socialização da criança de 2 a 7 anos – que segundo Piaget (2007), é caracterizado como a primeira infância – sendo o desenvolvimento decorrente de uma interação entre características biológicas;antropológicas; sociológicas; psicológicas;políticas e culturais. É uma proposta desafiadora e indissoluvelmente associada a uma interdisciplinaridade de abordagens que se entrecruzam. Nesse trabalho, fizemos uma revisão bibliográfica e buscaremos desenvolver os seguintes pontos sobre a socialização da criança: 1) Construção Histórica; 2) Criança e desenvolvimento; 3) Criança e subjetividade; 4) Família – Socialização primaria da criança; 5) Escola e socialização da criança; 6) Mídia e tecnologia.

II - DESENVOLVIMENTO

1. DESENHO METODOLÓGICO

O objetivo geral do TIDIR I é estimular a busca de conhecimento sobre um determinado tema escolhido pelo grupo e após definido produzir diferentes formas de apresentação para a comunidade acadêmica e a comunidade em geral.

Ao longo do trabalho foram realizados alguns objetivos específicos como elaborar o currículo lattes ; realizar pesquisas bibliográficas sobre os possíveis temas que o grupo gostaria de abordar através do site Scielo ou em livros, e realizar resenhas sobre o possível tema a ser escolhido pelo grupo. Uma das resenhas foi realizada em grupo e as demais foram realizadas em duplas. Após algumas reuniões do grupo foi definido o tema: SOCIALIZAÇÃO DA CRIANÇA NA PRIMEIRA INFÂNCIA. Em seguida foram elaboradas perguntas interrelacionadas com o tema escolhido e as matérias do curso. Após alguns ajustes que foram feitos com o grupo e os professores as perguntas foram definidas.

• Epistemologia da psicologia:

Como a psicologia científica estuda o processo de desenvolvimento da subjetividade da criança?

• Psicologia geral:

Como o comportamento da família influencia na socialização da criança?

• Sociologia:

Como novas tecnologias interferem no processo de socialização da criança?

• Antropologia cultural:

Como a sociedade evoluiu ao considerar o papel da criança na sociedade medieval à contemporânea?

• Anatomia e Neuroanatomia humanas

Como ocorre o desenvolvimento morfofuncional do sistema nervoso central da criança?

• Política e sociedade

Como a política educacional do governo interfere nas relações do ambiente familiar?

O passo seguinte foi definir subtemas e pesquisar artigos respondendo as perguntas, trabalhando o tema de modo interdisciplinar.

II – 2 – SUBTEMAS

2.1 Socialização da criança: Construção Histórica

A primeira parte do livro História Social da Criança e da Família, mostra como a categoria infância foi construída a partir da percepção do adulto sobre a criança. O autor Philippe Áries (2006) faz uma análise crítica tendo a perspectiva sócio-histórica e a interpretação da sociedade européia que até a Idade Média não distinguia crianças dos adultos.

Na idade Media, no inicio dos tempos modernos, e por muito tempo ainda nas classes populares as crianças misturavam-se com os adultos assim que eram consideradas capazes de dispensar a ajuda das mães ou das amas, poucos anos depois do desmame tardio, ou seja, aproximadamente aos sete anos de idade. (ARIÈS, 2006, p.193)

Segundo Áries (2006), a não existência da infância durante os séculos pré-modernos se dá pelo fato de que neste período da história a criança era vista sem distinção em relação ao adulto. Na família, havia amor, porém a função afetiva não era latente. A relação social principal era de sobrevivência e trabalho. A criança era socializada longe do ambiente familiar, porque era treinada em tarefas adultas.

Até por volta do século XII, a arte medieval desconhecia a infância ou não tentava representá-la. É difícil crer que a ausência se devesse à incompetência ou à falta de habilidade. É mais provável que não houvesse lugar para infância neste mundo. Uma miniatura otoniana do século XI nos dá uma idéia impressionante da deformação que o artista impunha então aos corpos das crianças, num sentido que nos parece muito distante de nosso sentimento e nossa visão. (ARIÈS, 2006, p.17)

Num segmento dedicado à história dos jogos e da brincadeira, Áries (2006) descreve algumas passagens de um relato sobre a educação de Luís XIII, no século XVII. Fala sobre as surras que o menino levava suas danças e cantorias com os adultos; sobre brinquedos de criança e pequenas ações militares, jogos, religião, brincadeira de cortar papel com tesoura, música, alfabetização, regras de etiqueta e moralidade, brincadeira com bonecas. Também diz que contavam-lhe histórias, praticava o arco, jogava cartas, xadrez e participava de jogos dos adultos, jogo dos ofícios, mímica, balés, danças populares e festas tradicionais.

Aos sete anos, deixa as roupas de criança e sua educação é entregue a homens. Devem abandonar os brinquedos da primeira infância, especialmente as bonecas.

Como observamos a propósito de Luiz XIII, a boneca não se destinava apenas as meninas, os meninos também brincavam com elas. Dentro dos limites da primeira infância, a descriminação moderna entre meninas e meninos era menos nítida: ambos os sexos usavam o mesmo traje, o mesmo vestido. É impossível que exista uma relação entre a especialização infantil dos brinquedos e a importância

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