TRATAMENTO DE DEPRESSÃO - Com base no texto de Fábio Gomes de Matos e Souza

TRATAMENTO DE DEPRESSÃO - Com base no texto de Fábio Gomes de Matos e Souza

Segundo PORTO, José Alberto Del (1999, s/p) “Enquanto sintoma, a depressão pode surgir nos mais variados quadros clínicos, entre os quais: transtorno de estresse pós-traumático, demência, esquizofrenia, alcoolismo, doenças clínicas, etc. Pode ainda ocorrer como resposta a situações estressantes, ou a circunstâncias sociais e econômicas adversas.”

Conforme salientado pelo autor Souza (1999, p18) “o tratamento antidepressivo deve ser realizado considerando os aspectos biológicos, psicológicos e sociais do paciente.” Em relação ao tratamento farmacológico, cabe ao psiquiatra encontrar um fármaco que se adéque ao paciente e por seguinte, seguir com o acompanhamento psicoterapêutico. O autor também ressalta a importâncias de realizar o tratamento em conjunto com o paciente, pois, é o único que pode relatar os efeitos colaterais resultantes da medicamentação.  

O texto trás dados referentes a eficácia dos medicamentos, sendo que “os antidepressivos produzem, em média, uma melhora dos sintomas depressivos de 60% a 70%, no prazo de um mês, enquanto a taxa de placebo é em torno de 30%.” (SOUZA 1999, p18). Os antidepressivos são classificados de acordo com os neurotransmissores/receptores envolvidos no mecanismo de ação.

As “drogas” num geral, são ministradas de 24 em 24 horas, com exceção dos tricíclicos que em conseqüência dos efeitos colaterais, são administrados de 2 a 3 vezes por dia. A escolha do fármaco deve ser realizada visando à qualidade de vida do individuo, é por isso, que é importante pensar junto com o paciente, os efeitos colaterais de cada medicamento, e assim escolher o que adapta melhor.

Em relação ao valor dos fármacos, os tricíclicos ainda se encontram com os preços mais baixos, porém, são eles os que mais apresentam efeitos colaterais. O tratamento com antidepressivos é divido por fases: aguda, continuação (até 6 meses) e preventiva (após 6 meses). Em relação a fase aguda, deve-se eliminar os contribuintes da psicopatologia, receitar um dose elevada do fármaco e no caso de não funcionar, deve-se trocar o fármaco.

Para a mudança de fármaco, deve-se primeiro verificar se existe realmente a necessidade da troca, ou se o pedido não é recorrente de uma ansiedade familiar. “A pós quatro semanas, se o antidepressivo não tiver tido o efeito desejado, uma mudança de classe de antidepressivo e/ou potencializarão da terapia podem ser experimentadas.” (SOUZA, 1999, p.21)

Com a utilização recorrente do mesmo fármaco, pode vir a ocorrer a síndrome de descontinuação ou retirada, incluindo alterações somáticas e gastrintestinais, alterações do sono, distúrbio dos movimentos, e hipomania. Os sintomas geralmente ocorrem de 1 a 14 dias após o fim do tratamento e melhoram dentro de uma semana.

Para se tratar uma depressão resistente, é indicado a utilização acima de 300mg de tricíclico ou mais, de acordo com a tolerância do paciente, checar os níveis de séricos, 300 a 400 microgramas por litro, verificar as dosagens de outros antidepressivos que tenham vindo a ser usados, utilizar combinações de antidepressivos.

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