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Tipos e características da memória

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Por:   •  12/10/2013  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.795 Palavras (16 Páginas)  •  282 Visualizações

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Memória

É a capacidade da mente humana de fixar, reter, evocar e reconhecer impressões ou fatos passados. A função de lembrar e sua oposta, esquecer, são normalmente adaptativas. O aprendizado, o pensamento e o raciocínio não seriam possíveis sem a memória, mas a capacidade de esquecer também tem muitas funções. Serve como referência de tempo (pois as lembranças tendem a se tornar mais difusas com o passar do tempo), como instrumento de adaptação a novos aprendizados (pela supressão de antigos padrões) e ainda como forma de aliviar a ansiedade decorrente de experiências dolorosas.

Os primeiros estudos experimentais sobre a memória foram realizados pelo psicólogo alemão Hermann Ebbinghaus. No fim do século XIX, ele planejou e executou experiências sobre o aprendizado de sílabas sem sentido (a fim de reduzir a interferência do significado nos processos de retenção), que lhe permitiram avaliar a capacidade e o tempo de armazenamento da informação, bem como a facilidade de recuperação do material armazenado.

O britânico Frederic C. Bartlett, ao contrário de Ebbinghaus, trabalhou com material significativo: formas, fotografias, figuras que sugeriam objetos etc. Sua hipótese básica afirma que a pessoa só retém esquemas muito gerais daquilo que experimentou anteriormente. O processo de evocação seria, assim, melhor definido como processo de reconstrução.

Também na psicanálise se elaborou uma teoria da memória. Para Sigmund Freud, o mecanismo da recuperação da informação e, principalmente, o fenômeno do esquecimento teriam como causa um fator repressivo de caráter inconsciente. De fato, muitas das técnicas psicanalíticas são destinadas a desfazer esse bloqueio repressivo que impede o acesso a antigas experiências armazenadas que, segundo Freud, nunca se perdem verdadeiramente. Para os behavioristas, o mecanismo da recuperação da informação se constrói, sobretudo, pela associação entre estímulos e respostas. Os behavioristas e neobehavioristas explicam o esquecimento da informação armazenada por interferências no processo de recuperação.

Alguns autores, insatisfeitos com as teorias behavioristas e influenciados pelas críticas antibehavioristas do lingüista americano Noam Chomsky, assim como pelas novas teorias de manipulação da informação e da comunicação, abordaram o problema da memória de uma nova perspectiva. Estudaram a capacidade humana de processar a informação como parte da temática geral da percepção e recorreram aos esquemas de funcionamento dos computadores para descrever a organização de todo o sistema.

Memória e processamento da informação.

Segundo as modernas teorias cognitivas, que estudam fenômenos básicos da inteligência como a percepção, o aprendizado e a memória, relacionando-os aos mecanismos da informática, são três os processos básicos da memória: codificação da informação, armazenamento e recuperação. Codificação é o processo pelo qual a forma física da informação de entrada transforma-se numa representação interna. O armazenamento consiste na fixação da representação interna mediante o estabelecimento de relações entre ela e as demais representações que o indivíduo possui. Se essas relações se destroem, produz-se o esquecimento. O processo de recuperação permite utilizar a informação armazenada quando necessário.

No que diz respeito ao armazenamento da informação, distinguem-se três tipos: sensorial, memória a curto prazo e memória a longo prazo. Assim, o indivíduo utilizaria estratégias, desde as mais simples até as mais complexas e estruturadas, para representar e recuperar a informação que recebe. Essas estratégias variam conforme o tipo de informação e a finalidade com que o sujeito se propõe utilizar posteriormente tal informação.

Dessa perspectiva, os processos da memória adquirem caráter dinâmico e ativo, de forma que o sistema aprende pela interação com o meio e não pelo estabelecimento de conexões entre estímulos e respostas, como quer a teoria behaviorista. A estrutura interna utilizada para organizar a informação está em contínua mudança e se reconfigura de acordo com cada nova experiência. Durante a vida dos indivíduos, modifica-se a forma de codificação da informação e aumenta progressivamente o número de conceitos dos quais se parte, assim como o das relações que se estabelecem entre os diferentes elementos da informação. As estratégias são semelhantes para todos os indivíduos, embora seu resultado difira em função de serem diferentes as capacidades e circunstâncias.

A memória é o que permite a aprendizagem pois é através da memória que os conhecimentos se consolidam. E só o que aprendemos com a memória, nos possibilita aprender coisas novas (aumentando assim o nosso conhecimento).

Podemos definir memória como o processo cognitivo que inclui, consolida e recupera, toda a informação que aprendemos.

A memória é a função mental que permite reter a informação, ou seja, aprender;

É um sistema de armazenamento que permite reter a informação aprendida e permite evocar essa mesma informação, isto é, permite lembrar de informação retida anteriormente, mas a sua representação na memória não é uma reprodução fiel.

Sem memória como já disse é impossível aprender.

Acima de tudo a memória é extremamente importante pois é o que nos dá a continuidade do presente e que nos permite manter uma conversa e dar continuidade ao presente.

No nosso dia-a-dia, somos bombardeados com milhões de informações que se traduz em estímulos. Segundo M. Gazzaniga, cerca de 99% da informação que entra no cérebro é posta de parte. Imagine o que seria se você se lembrasse de todas as sensações que recebeu durante o dia… (sensações como as provocadas pelas peças de roupa, comida, etc) Cabe ao nosso cérebro selecionar a informação importante, para garantir a própria sobrevivência do indivíduo e da espécie, chama-se a este processo processamento de informação.

O processamento da informação dá-se em três fases: codificação, armazenamento e recuperação.

A codificação é a primeira fase da memória que prepara as informações sensoriais para serem posteriormente armazenadas no cérebro. Baseia-se na tradução de dados num código, que pode ser acústico, visual ou semântico.

Por exemplo: A afirmação «O mar é azul.», Pode-se codificar o seu conteúdo como:

Uma imagem de sinais que são letras (código visual);

Uma

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