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Torcida Organizada

Por:   •  18/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.446 Palavras (6 Páginas)  •  348 Visualizações

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FACULDADE CAPIXABA DE NOVA VENECIA

CIENCIAS CONTABEIS

 

PSICOLOGIA

NOVA VENECIA

2015

PSICOLOGIA

TORCIDAS ORGANIZADAS

Trabalho apresentado a Professora, da disciplina de Psicologia, do 2º Periodo, da turma A, da , como requisito parcial para obtenção de complemento de nota.

NOVA VENECIA

2015

INTRODUÇÃO

Para um melhor entendimento na apresentação deste trabalho, comecemos relatando o significado da palavra “torcida”. Torcida é a nomenclatura dada a uma associação de torcedores de um determinado clube esportivo no Brasil. Grande parte dos membros das torcidas brasileiras utilizam de roupas com a marca da sua própria torcida. No Brasil, o clube a dar início as torcidas organizadas foi o clube do São Paulo Futebol Clube. A torcida foi criada no ano de 1939, na Mooca, por Manoel Raymundo Paes de Almeida, um cardeal são paulino, cujo nome dado foi Grêmio São Paulino, a TUSP – Torcida Uniformizada do São Paulo – Sendo esta a primeira torcida uniformizada do Brasil. No ano de 1940, foi criada a primeira torcida organizada do Rio Grande do Sul, do Sport Club Internacional, Vicente Rao, hoje, Camisa 12.

Porém, as torcidas organizadas que temos no Brasil na forma que está hoje são mais recentes. Elas datam do final de 1960. No Rio de Janeiro, a torcida mais antiga é a TOV – Torcida organizada do Vasco – nascida em 1944 (acredita-se que esta seja a torcida mais antiga do país), em São Paulo, a mais antiga é a Torcida Jovem Maior, do Clube Ponte Preta, em Campinas, SP, nascida em março de 1969.

Normalmente, essas associações das torcidas organizadas adotam um mascote próprio, sendo a partir deste ponto que eles desenvolverão vários produtos com a marca de sua torcida.

É durante os jogos que as torcidas entram em ação. Vários tipos de materiais são utilizados, como, bandeiras de grande porte, faixas com os nomes do time e da torcida, fogos de artifício, entre outros.  

Existem cargos hierárquicos dentro das torcidas, os de maior destaque são: presidente, vice-presidente e tesoureiro, sendo estes, na maioria das vezes remunerados, eles são pagos com a renda obtida das mensalidades pagas pelos membros e pela venda de produtos ligados à torcida. Essas torcidas criam gritos de guerra e músicas para exaltarem seus clubes e implicarem a torcida adversária.

A partir dos anos 90, foram sendo publicados diversos livros para melhor entendimento sobre as torcidas organizadas, destacam-se: "Torcidas Organizadas de Futebol", de Luiz H. Toledo (Campinas: Autores Associados/Anpocs, 1996); "Torcidas Organizadas de Futebol: violência e autoafirmação. Aspectos das novas relações sociais", de Carlos A. M. Pimenta (Taubaté: Unitau, 1997); "Torcer, lutar ao inimigo massacrar: Raça Rubro Negra", de Rodrigo de Araujo Monteiro (Rio de Janeiro: FGV, 2003), e "Torcida Fúria Independente: reflexões e histórias acerca da maior organizada de interior no centenário do Guarani Futebol Clube", de Vanderlei de Lima (São Paulo: Ixtlan, 2011).

CONTEUDO

Hierarquia

O que caracteriza a organização da torcida é sua estrutura. Toda torcida organizada possui presidente, vice-presidente, tesoureiro, secretários e dirigentes, além dos líderes de todas as sedes/sub-sedes, pois todo grupo precisa se comandado por uma pessoa, e um conjunto de pessoas que tem ou buscam um mesmo objetivo. Muitas vezes, estes cargos são remunerados, sendo pagos pelos membros oficiais, que são devidamente registrados que pagam mensalidades, ou então vende artigos do seu time. LIMA, 2011

 A torcida organizada possui membros que ajustam e coordenam às atividades de cada um deles, o grupo inteiro atua como se fosse uma máquina em busca do seu objetivo que é torcer verdadeiramente para o seu time.

Há também na torcida organizada os chamados "linhas de frente", homens musculosos e fortes que são dispostos a lutar contra os rivais quando for preciso. Eles são os defensores da torcida.

Violência nas torcidas organizadas

Foi na década de 90 do século XX que as torcidas atuaram em episódios de extrema violência coletiva: casos de mortes eram constantemente relatados após os términos das partidas, quando as torcidas se encontravam.

As torcidas organizadas brasileiras praticam numerosos atos de vandalismo tendo como principal alvo a torcida rival. Apesar dos números assustadores esses casos são muito mais frequentes quando os jogos acontecem entre equipes do mesmo estado, principalmente em partidas de equipes das capitais estaduais.

De entre as principais causas de brigas, estão, principalmente, a exacerbação das rivalidades entre as camadas menos favorecidas (formação de gangues nos bairros e aglomerados) com roupagem futebolística, e a cultura do medo entre essas mesmas camadas, que leva a uma postura intimidatória.

De acordo com uma pesquisa realizada em 1994, o promotor de Justiça Fernando Capez apurou que 15% dos integrantes das torcidas organizadas tinham antecedentes criminais. Segundo o sociólogo Maurício Murad, a porcentagem de torcedores violentos é de 5% a 7% e é difícil calcular quanto são os "brigões" dentro das torcidas organizadas, pois o Governo Federal não tem os números de torcedores organizados no país.

Em todo caso, brasileira ou não, a violência precisava ser combatida com políticas eficientes para esse propósito. E foi. O medo de ir ao estádio, nas grandes cidades, ainda ronda a maioria das pessoas. Porém, as organizadoras dos campeonatos têm oferecido melhores condições estruturais para os torcedores, além de incorporar iniciativas em conjunto com a Polícia Militar, para assegurar a entrada e saída dos torcedores. Fato que têm apresentado melhorias consideráveis na organização dos estádios e que, por consequência, permite maior segurança para os torcedores acompanharem os seus times de perto.

Reportagem

Pesquisador vê associação para o crime

O misto de hospitalidade mútua e hostilidade a rivais alheios ditos a relação entre torcidas aliadas. Mas há quem defina essas uniões como “associações para o crime”. Essa é a avaliação do professor titular de Sociologia dos Esportes do mestrado da Universidade Universo, no Rio de Janeiro, Maurício Murad. Ele é autor do livro Para Entender a Violência no Futebol, onde as alianças entre facções são tratadas em um capítulo específico.

“Essas irmandades começaram quando as torcidas passaram a se deslocar para acompanhar os jogos e facilitar as viagens e a recepção em outras cidades e cresceu muito dos anos 2000 para cá. Mas uma minoria passou a se associar a adversária para aumentar a sua capacidade de luta. Fazem parceria para combater inimigos locais e ajudam na prática violenta”, afirmou.

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