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Trabalho desenvolvimento atps Mariza- Final

Por:   •  16/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.501 Palavras (15 Páginas)  •  356 Visualizações

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Introdução

Ao abordarmos os temas propostos, compreendemos que o desenvolvimento do indivíduo se perfaz a da interação de fatores hereditários, ou seja, fatores biológicos e de fatores ambientais sendo estas interações socioculturais. Esta compreensão se dá, devido as constantes pesquisas das diversas áreas da Psicologia em conjunto de outras ciências que tem como uma de suas principais ferramentas os trabalhos desenvolvidos por Piaget, Vygotsky, e Wallon. Estes estudos se atém as interações socioculturais e do indivíduo, como também de variáveis hereditárias na evolução de suas potencialidades, lançando uma visão heurística, promovendo uma maior contextualização e maior acerbidade metodológica na interpretação dos resultados.

Haldane, já na primeira metade do século XX, situa o assunto desta forma: Quando consideramos a estrutura de um organismo e de seu ambiente [...], descobrimos que os elementos estruturais no organismo e no ambiente são coordenados uns com os outros de uma forma específica [...], não podemos separar a estrutura orgânica da estrutura ambiental” (Haldane apud Figueiredo, 1991, p. 113). Assim, não é possível conceber que os aspectos relativos aos seres vivos sejam controlados exclusivamente pelo ambiente, ou somente pelo próprio organismo biológico.

Compreende-se hoje que a ação motora é essencial para o desenvolvimento do ser humano, tanto para a sua maturação física, como para seu desenvolvimento psíquico e emocional, assim o acompanhamento do desenvolvimento psicomotor da criança influenciará diretamente em sua capacidade de aprendizagem, principalmente na adolescência onde a uma maior profusão de informações, a fim de consolidar sua identidade social. Durante o processo de motricidade Infantil, é importante que as crianças se divirtam, criem, interpretem para que aja através dessas interações o desenvolvimento total e saudável de suas afetividades e psicomotricidade.

  1. Bases genéticas do desenvolvimento infantil.

Hoje existe um olhar bem complexo ante os fatores hereditários e ambientais para o desenvolvimento infantil pela psicologia, as pesquisas focam seus estudos na análise de variáveis hereditárias e ambientais. Por volta da década de 50, o geneticista e biólogo britânico John Burdon Sanderson Haldane, articulava em seu trabalho a seguinte ideia:

“Quando consideramos a estrutura de um organismo e de seu ambiente, descobrimos que os elementos estruturais no organismo e no ambiente são coordenados uns com os outros de uma forma específica, não podemos separar a estrutura orgânica da estrutura ambiental.” (Haldane apud Figueiredo, 1991, p. 113).

Se compreende então, que não é possível atinar que os fatores relacionados aos seres vivos venham a ser controlados exclusivamente pelo seu ambiente, tão pouco  apenas pelo próprio organismo biológico. Logo o desenvolvimento humano é um processo de alta complexidade intrínseca do comportamento, cognitivo e emocional e motor. Em cada fase surgem características específicas e hoje é impossível se falar em desenvolvimento infantil sem que se faça menção ao trabalho de Jean Piaget, onde seu processo epistemológico é de total relevância e sem dúvida, uma das principais contribuições ao entendimento de como o ser humano se desenvolve. A Epistemologia Genética propõem o conceito que se baseia na inteligência e na construção do conhecimento, dessa forma sua proposta e compreender não apenas a construção do conhecimento, ou seja, a atribuição do processo civilizatório, mas também suas etapas, os processos de depuração e maturação existentes na construção do desenvolvimento humano. Em sua perspectiva construtivista, Piaget argumenta que o conhecimento se dá, a partir da ação do sujeito sobre o objeto, ou seja, a atribuição de conhecimento se desenvolve na interação homem-meio, sujeito-objeto.

        Segundo Piaget, o conhecer consiste em incutir sobre o aspecto real uma atribuição a fim de transcrevê-lo a compreensão, ou seja, que se dá a partir da ação do sujeito sobre o objeto de conhecimento. Assim as distintas maneiras de se conhecer ou atribuir valor são construídas através das interações com o objeto da ação, esta adaptação se aperfeiçoa a medida que se repita essa condição. A adaptação ocorrerá através do mecanismo de organização, o qual o organismo cognitivo, discrimina entre os estímulos e sensações selecionando e organizado aqueles que iram dar estrutura a forma do conhecimento e posteriormente à ação de interação desse conhecimento com o meio. A adaptação é um processo que interage sobre dois mecanismos distintos porém complementares, os quais consolidam o sistema de desenvolvimento: a assimilação e a acomodação. Segundo Piaget, o conhecimento é a equilibração/reequilibração entre assimilação e acomodação, ou seja, entre o sujeito e o objeto da ação do meio. Dessa forma Piaget, denota que a criança aprende construindo e reconstruindo o seu pensamento, através da assimilação e acomodação das suas estruturas. Esta construção do pensamento, Piaget chamou de estágios: Estágio sensório – motor, Estágio Simbólico e Estágio Conceptual.

“Nossos conhecimentos não provém nem da sensação nem da percepção isoladamente, mas da ação global, de que a percepção participa apenas como função de sinalização. Próprio da inteligência, não é contemplar, mas “transformar”, e seu mecanismo é essencialmente operatório. Ora, as operações consistem em ações interiorizadas e coordenadas em estruturas de conjunto (reversíveis, etc.); se desejarmos explicar esse aspecto operatório da inteligência humana, convirá partir da ação – e não apenas da percepção. “(Piaget in: Chiarottino, 1984, p. 104)

  • Estágio sensório-motor, se da do nascimento até os 2 anos de idade, durante este período se desenvolve a coordenação motora, e a noção espacial passa a diferenciar o eu do meio e os pensamentos da criança está ligado ao concreto.

  • Estágio simbólico, compreende dos 2 aos 7 anos, nesse período o pensamento da criança se concentra em si mesma compreendendo as sensações se deu contado com o meio. È nesse período que a criança desenvolve a comunicação  como forma de interação social.

  • Estágio Conceptual, se estende dos 7 por volta dos 11, sua concepção do eu se consolida mais sua interação social ainda é narcísica apresentando um comportamento territorial. Existe uma predominância do pensamento ao aspecto de acomodação maior do que a de assimilações.
  • Estágio Operações Formais, se situa entre 11 anos até a vida adulta, é uma fase de transição, de criar ideias e hipóteses do pensamento. A linguagem tem um papel fundamental para se comunicar.
  1. Desenvolvimento do pré-natal ao nascimento.

O desenvolvimento pré-natal se desenvolve durante um período de três estágios denominados: germinal, embrionário e fetal. Nesse período ocorrem as fases onde o zigoto unicelular transforma-se em um embrião e posteriormente em feto, compreende  este desenvolvimento duas conjunturas primordiais: o princípio cefálio-caudal (o qual instaura que o desenvolvimento deve ocorrer desde a cabeça para as partes inferiores) e o princípio próximo distal (que dissemina o desenvolvimento do centro do corpo para as extremidades).

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