Verdade científica

A verdade científica não é a “verdade” ou descrição da realidade em si (tal como ela é). Ela é uma construção racional rigorosa com base em métodos e instrumentos; é uma interpretação da realidade condicionada pela racionalidade humana, instrumentos e técnicas existentes num dado momento. Uma das exigências dessa construção/conhecimento científico é a objetividade, sendo ela à partida, a descrição da realidade independentemente das características do investigador. A verdade científica não é como a verdade filosófica: a científica é contestável, e, portanto, provisória.

As condições em que há verdade são aquelas que estabelecem uma repetição e universalização de um evento; eventos únicos, singulares e esporádicos, que nunca se repetem e que não são universais, não são verdades cientificas. A sua existência é baseada também no empirismo para criar suas explicações para o mundo, ou seja, a base para a formulação das leis na ciência é na observação da natureza e criações de uma causa e efeito.

Pela sua própria natureza, a verdade científica é limitada, não pode experimentar tudo o que cai dentro do domínio do que é verdadeiro, não é o determinador final da verdade, visto que a ciência só pode experimentar e observar evidência que existe no presente. A ciência é ainda mais limitada pelo fato que não está equipada para lidar com a moralidade, o próprio método científico não é capaz de fazer julgamentos de valor. Os resultados do estudo científico podem ter um efeito sobre como as pessoas fazem julgamentos de valor, mas no final são as pessoas, e não os métodos, que atestam valores e moralidade. A moralidade não começa nem termina com a ciência