A ADOECIMENTO EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE

UTI - ADOECIMENTO EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE

Segundo o Ministério da Saúde no Brasil (2005), os profissionais que trabalham em ambientes considerados críticos, como a UTI nos hospitais, apresentam alta predisposição para serem acometidos por adoecimentos mentais, tendo em vista a complexidade das ações ali realizadas, o estresse gerado durante a sua realização e a ocorrência de morte de pacientes.

Em sua rotina, o profissional da saúde possui seu trabalho associado ao ato de cuidar, curar, produzir o bem-estar, porém em sua realidade hospitalar, confronta-se com limitações e desafios diários, os quais, quando mal resolvidos, podem gerar adoecimentos psicológicos, como o transtorno de ansiedade, a síndrome de Burnout e a depressão.

Causas que interferem no adoecimento: ter pouco reconhecimento e apoio, sobrecarga de trabalho, trabalhar no turno noturno (prejuízo no sono), dificuldades de relacionamento com chefia, crise ética entre seus valores e questões profissionais, rigidez institucional e dificuldade de lidar com a morte. Já em relação aos sentimentos vivenciados, ficam evidentes: frustração e impotência diante da morte de pacientes, desvalorização pessoal, exaustão, insatisfação e decepção com o trabalho, desmotivação, fragilidade emocional e tristeza, medo ao chegar no ambiente laboral e vergonha. A prevalência do estresse ocupacional entre profissionais que trabalham na UTI é alta, o que caracteriza uma relação significativa entre estresse ocupacional e transtornos mentais.

Assim, se faz necessária uma atenção mais direcionada à problemática, por parte dos gestores e empregadores, com vistas à formulação de políticas públicas mais efetivas que promovam a saúde mental e o bem-estar desse conjunto de profissionais.

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