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A Gestão De Estoques Em Ambientes Hospitalares

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Por:   •  28/2/2015  •  2.947 Palavras (12 Páginas)  •  593 Visualizações

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A gestão de estoques em ambientes hospitalares

A Administração de Materiais em ambientes hospitalares e na saúde como um todo, vem mostrando-se muito eficaz na Administração Moderna. Entretanto sua aplicabilidade é percebida principalmente nas empresas privadas e raramente observada nas Entidades Públicas. Há um favorecimento quase exclusivo aos métodos de compra, pela gestão pública, o que prejudica, de certa forma, tanto o controle de estoque e do próprio material, quanto à qualidade do mesmo.

Verifica-se um constante conflito entre o binômio profissional versus gestão, para a melhoria deste controle e, por conseguinte, qualidade para que o produto final, ou seja, o cliente seja beneficiado. A aplicabilidade de certos instrumentos da Administração de Materiais, utilizadas na rede privada, poderá corroborar com a resolutividade, senão ajudar a Administração Pública a prestar um serviço sem comprometimento da qualidade ao usuário do sistema.

A Administração de Materiais, “Tem o objetivo de conciliar os interesses entre as necessidades de suprimentos e a otimização dos recursos financeiros e operacionais das empresas”. (GONÇALVES, 2009, P.2).

Para Barbieri e Machline (2009), “pode ser entendida como uma área especializada da administração geral de uma organização”, apresentando então a necessidade de ser integrada a todo o processo gerencial de uma instituição, participando de todos os momentos de planejamento empresarial.

Como todo o processo de gerenciamento, ela é extensa e envolve uma série de etapas, e essas formas de abordagem são habitualmente divididas nas empresas em três grandes grupos, a saber: Gestão de Compras, Gestão de Estoques e Gestão dos Centros de Distribuição.

Considera-se que, para um bom gerenciamento, um mínimo das ferramentas típicas de Administração de Materiais, e que envolvamos grupos acima referidos, devem ser utilizadas. Visto que o intuito deste é verificar a aplicação das ferramentas em ambientes hospitalares públicos, listamos abaixo as principais ferramentas que, no entender dos autores, poderiam ser utilizadas:

1 – Identificação de materiais:

Segundo Barbieri e Machline (2009):

Por identificação, entende-se a atividade voltada para identificar e individualizar os materiais. Nesse sentido, especificação significa identificação das características e propriedades de um dado material. Significa também a definição dos requisitos que um material, produto ou processo deve apresentar para cumprir uma finalidade. (BARBIERI; MACHLINE, 2009, p. 55)

Para Dias (2009, pg. 178) “o objetivo da classificação de materiais é definir uma catalogação, simplificação, especificação, normalização, padronização e codificação de todos os materiais componentes do estoque da empresa”.

Através da utilização de mecanismos de codificação dos materiais e equipamentos existentes, pelos diversos métodos existentes, inclusive com códigos de barras gerados internamente ou utilizando-se os códigos dos fabricantes, procura-se manter um padrão de identificação para facilitar a armazenagem, distribuição, compras e controle.

Facilita o armazenamento, solicitação e entrega dos diversos itens que devem ser estocados. Propicia o controle dos prazos de validade de produtos perecíveis.

2 – Controle de estoque:

Estoque é todo o recurso adquirido e armazenado com a intenção de regular o fluxo produtivo de uma empresa. Especificamente para os ambientes hospitalares, representam os insumos necessários a um perfeito atendimento ao cliente.

Segundo Dias (2009), controle de estoque seriam todas as formas de registro que objetivam controlar a quantidade de materiais em estoque: tanto o volume físico, quanto financeiro. Esse controle pode ser com a utilização de meios eletrônicos ou manuais.

Existem três métodos para o controle financeiro. Em Dias (2009), o custo médio tem por base os valores das compras realizadas, traçando uma média entre o valor existente e o último valor de compra. O método PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai) a utilização dos valores é condicionada a entrada da compra em estoque, sendo obrigatória a saída do item mais velho. Quanto ao UEPS (último que entra, primeiro que sai), ocorre a utilização dos valores dos últimos itens a serem incorporados ao estoque. O método mais recomendado seria o custo médio, pela facilidade de entendimento e aplicação.

O controle de saldos possibilitaria a implantação de inventários frequentes, informações sobre a disponibilidade de estoques, os valores de estoque envolvidos e a realização de trocas com outras unidades dos itens com maior disponibilidade.

Inventários representam a comparação, habitual e contínua, dos saldos apurados em controles eletrônicos ou manuais com as quantidades existentes nos depósitos, apurando e localizando as eventuais deficiências. Confere credibilidade aos processos de gerenciamento dos estoques.

3 – Cálculo de médias de consumo:

De acordo com Tadeu (2010, pg 48):

O gerenciamento de estoques visa, por meio de métodos quantitativos aplicados, o pleno atendimento às expectativas de produção ou de consumo das organizações, com a máxima eficiência, redução dos custos e tempo de movimentação. Procura-se maximizar o capital investido, em busca de retornos satisfatórios sobre o investimento realizado. (TADEU, 2010)

Seja ela, anual, mensal ou diária, alimentam o processo de compras, evitando eventuais faltas de materiais. Essas previsões podem ser feitas de forma qualitativa, mediante a análise da importância do item frente às necessidades das áreas ou quantitativa, através da utilização de análises estatísticas dos consumos apontados. As projeções de demanda irão compor o processo de planejamento de compras, estocagem e distribuição às áreas descentralizadas.

Sua grande virtude é dotar a organização de critérios pré-estabelecidos para aquisição de suas necessidades, preparando a compra, armazenagem e fluxo financeiro.

4 – Identificação dos principais custos ligados a estoques:

Custos com capital investido, recursos humanos, edificações e manutenção, armazenagem, processos de compras e custos totais. Gonçalves (2009) relata:

Embora o estoque de materiais seja indispensável para um perfeito funcionamento do processo de fabricação e o equacionamento da produção e das vendas de produtos, ele tem um custo. Custo que se desdobra em vários componentes e, dependendo do enfoque utilizado, o estoque pode

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