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A Juventude como categoria social

Por:   •  2/3/2017  •  Resenha  •  532 Palavras (3 Páginas)  •  153 Visualizações

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Em A Juventude Como Categoria Social, GROPPO (2000) define juventude como uma categoria social. Algo que vai além de uma faixa etária ou uma classe de fato, e passa a ser uma representação sócio cultural e uma situação social. Ou seja, uma representação simbólica criada por grupos sociais ou até por indivíduos tidos como jovens, para significar uma série de comportamento e atitudes a ele atribuídos, ao mesmo tempo em que é uma situação vivida em comum por certos indivíduos.

As definições de juventude, no entanto, passeiam por dois critérios principais, que nunca se conciliam realmente: o critério etário e o critério sócio-cultural.

 O critério etário, que delimita a juventude por faixas de idade, está sempre presente como base de uma definição de juventude e dificilmente chega-se a outra definição geral. Por outro lado, a definição como categoria social poderia mostrar-se mais eficiente, pois torna a juventude um componente realmente importante na formação e funcionamento das sociedades modernas.

Por exemplo, acompanhar as metamorfoses dos significados e vivências sociais da juventude é um recurso iluminador para compreender as metamorfoses da própria modernidade em diversos aspectos, como a arte-cultura, o lazer, o mercado de consumo, as relações cotidianas, entre vários outros aspectos.

No que se refere à definição de faixa etária, podemos concluir que as ciências médicas criaram concepção de puberdade para tratar as transformações ocorridas no corpo do indivíduo que deixa de ser criança e torna-se adulto; a concepção de adolescência foi criada pela psicologia para referir-se a mudanças de personalidade e mentalidade dos indivíduos que estão se tornando; já a sociologia costuma trabalhar com a concepção de juventude quando se trata do período interstício entre as funções sociais da infância e as funções sociais do homem adulto.

Outro conceito sociológico importante é o de geração. Karl Mannheim definiu geração como algo que não é um grupo concreto, como família, tribo ou seita, geração é estruturalmente semelhante à posição de classe de um indivíduo na sociedade, baseando-se na existência de um ritmo biológico na vida humana.

A julgar pelo critério de Mannheim, temos, tanto no conceito de juventude quanto no de geração, a possibilidade de se criarem representações e relações sociais derivadas de outras relações e representações sociais. No caso, relações e representações socialmente estabelecidas a indivíduos e grupos definidos como jovens.

Walter Jade, entretanto, se opõe a tal conceito de geração, descartando a possibilidade de as vivências comuns de um grupo de idade, em uma dada sociedade, virem a construir uma unidade de geração. Defende que é mais forte a multiplicidade dos grupos concretos e das suas concepções de vida.

Em um segundo momento, Mannheim parece destinguir geração de unidade de geração, sendo a segunda uma possibilidade, uma potencialidade de cada momento histórico particular e de cada situação social. A unidade de geração pode ser dada por um repertório comum de experiências sociais, dramáticas ou não, singulares ou cotidianas, de indivíduos situados nas mesmas faixas etárias, principalmente naquelas de transição á maturidade como a juventude.

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