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Acumulação capitalista

Por:   •  23/6/2015  •  Resenha  •  2.107 Palavras (9 Páginas)  •  123 Visualizações

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O capitalismo dos Monopólios é a fase que acontece o capitalismo concorrencial, onde ocorre a concentração maior de lucro   Entende-se por questão social o processo que há uma contradição entre capital versus trabalho, porém a questão social coloca-se muito mais além de capital versus trabalho a questão social é a luta da classe trabalhadora, pelos seus direitos civis, sociais, políticos, econômicos e culturais, ela encontra-se no âmbito da luta por uma coletividade dos trabalhadores, a questão social é a classe trabalhadora chamando a responsabilidade do Estado e a efetivação das políticas sociais universais destinadas para a grande maioria. A questão social são as relações sociais no modo de produção capitalista que gera um embate de luta de classe bem clara e desigual, devido que a questão social não está separada do processo de acumulação capitalista e seus efeitos na classe trabalhadora que é o grande público que acessa as políticas sociais oriundas do Estado, ou seja, a questão social e a classe trabalhadora se afirmando como classe e lutando por melhorias seja tanto no âmbito do direito até mesmo por cidadania.

A questão social se expressa nas diferenças culturais, econômicas, políticas e culturais das classes sociais, essa expressão são evidenciadas pelo racismo, a relação de gênero, as questões ligadas à diversidade sexual como os LGBTIT ou LGBTT (Gays, Lésbicas, Travestis, Transexuais, Interssexuais, Bissexuais e os Assexuados), até mesmo a formação regional, pois isso gera uma luta clara em busca de uma cidadania por parte da sociedade civil. De fato historicamente falando foram as lutas sociais que quebrou o domínio privado nas relações entre capital e trabalho, assim a questão social passou a ser uma esfera publica, houve uma exigência da entrada do Estado para o reconhecimento dos direitos e deveres desta classe trabalhadora. Pois esse mesmo reconhecimento dar a criação de uma enorme esfera de direitos sociais públicos ao trabalho, nos países centrais ficou conhecido como Welfare State ou Estado de Bem-Estar Social.

Mas atualmente a questão social passa pelo um processo de criminalização, pois há uma tendência enorme em naturalizar a questão social, pois essa criminalização da questão social se dar através de políticas públicas de combate a pobreza e a violência, sendo que são políticas públicas não universais e sim paliativas, há uma enorme repressão por parte do Estado para o trato com a questão social e uma focalização da assistência e com ajuda da coerção do Estado. A questão social deixa de ser culpa do Estado, do sistema e da sociedade e joga a culpa para o individuo, há uma culpabilização do individuo, assim a questão social vira problemas sociais geradas pelo individual e não pelo coletivo. Se o sujeito não trabalha foi por que ele não se qualificou, pois emprego tem, se você passa fome é porque o sistema da oportunidade para todos, isso é uma falácia porque uma minoria tem nas mãos a riqueza social produzindo um pequeno grupo que fica com toda riqueza, gerando exclusão enorme da grande maioria.

E outro erro que se pode cair é o que coloca Iamamoto “discurso genérico” que trata a questão social no âmbito das estruturas, pega o estruturalismo que é uma corrente das ciências humanas que analisa as relações sociais através de estruturas isoladas como a cultura, economia e a antropologia, ou seja, a questão social vira vários fragmentos como o trabalho infantil, a fome, a violência, o racismo, a homofobia, etc. Outra problemática de uma perspectiva da sociologia é que há uma nova questão social e ao longo do que foi dito no texto e na indagação de Iamamoto não há uma nova questão social e sim a velha questão social, porém em um contexto sócio-histórico diferente há uma nova forma de capitalismo que é o Neoliberalismo, mas não eliminou e nem criou uma nova questão social e sim a mesma e a velha questão social, quem mudou foi o capitalismo com sua financeirização do capital e globalização da produção e dos mercados. Não existe nova questão social e sim uma nova forma de capitalismo, mas a miséria e a pobreza estão à mesma até os dias atuais.

Outro paradigma é que a velha questão social no Neoliberalismo deu-se na financeirização do capital; melhor dizendo, é o capital das ações que hoje passa por papeis nas bolsas de valores, é um capital que se chama bolha, imaginário ele não existe é fictício. Com o avanço da ciência; como a nanotecnologia, a biotecnologia, a robótica, a produção taylorista e fordista, e a globalização da produção e dos mercados, todos esses processos que vivemos chama-se sociedade de mercado, vive para o mercado, assim vem à mentalidade utilitarista, individualista cada sujeito e responsabilizado a se virar no mercado. Com isso não é só a economia e a política que sofre com o capitalismo, a sociabilidade também padece com essa nova forma do sistema capitalista, assim fica bem claro que não há nova questão social, há uma nova forma sistêmica do capitalismo, ele se renovou agora, e a velha questão social continua a mesma. E as lutas sociais cada dia mais desumanas porque agora temos a ajuda da tecnologia e às máquinas estão cada dia mais tomando conta do processo produtivo, gerando ainda mais desigualdades.

        A centralidade da denominada questão social, tem como premissa o embate entre capital versus trabalho configurado dentro da lógica capitalista. No entanto este embate dinamiza algumas particularidades na sociedade brasileira, onde, a proposta de um desenvolvimento econômico está divorciada do desenvolvimento social. As particularidades que abarcam a inserção do Brasil no processo de mundialização financeira envolvem a modernização das forças produtivas e também as relações arcaicas de trabalho, ou seja, ao mesmo tempo em que se tem a expansão da riqueza também se expande as desigualdades sociais. Esse desenvolvimento capitalista assume características do passado, recolocando em novos patamares, relações políticas econômicas e sociais, que segundo Martins (1989, apud IAMAMOTO, 2007, P.130) vem caracterizar como modernização conservadora.

Ao discorremos sobre o poder (força) do atraso na sociedade brasileira, deve-se considerar, que seu núcleo consiste na propriedade territorial desde o período colonial, que será responsável pela persistência dos constrangimentos históricos que freiam as transformações históricas do presente. Compreendem-se nesse contexto, que as soluções políticas são orientadas por deliberações “de cima” para “baixo” e pela reiterada exclusão das classes subalternas, historicamente destituídas da cidadania social e política, ou seja, não havia participação popular, mas sim um autoritarismo segundo os interesses oligárquicos, burgueses, e imperialistas numa verdadeira relação antidemocrática. Logo o Brasil irá se configurar não como uma burguesia com forte orientação democrática, nacionalista e voltada para o desenvolvimento interno autônomo, mas sim uma “democracia restrita” em que os membros de classe dominante universalizam seus interesses como sendo de toda nação tendo o Estado como mediador.      

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