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Agronegócio No Brasil

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Por:   •  20/5/2013  •  1.638 Palavras (7 Páginas)  •  847 Visualizações

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Agronegócio no Brasil

Sarah Bandeira

Resumo

Nos últimos 20 anos, os níveis tecnológicos alcançados pelos produtores rurais brasileiros atingiram patamares expressivos que podem ser mensurados pelo aumento da produtividade no campo. Isso explica, por exemplo, o fato de o Brasil ter conseguido dobrar a produção de grãos para os atuais 100 milhões de toneladas, em relação à colheita de 50,8 milhões de toneladas obtida no início da década de 80, com a mesma área plantada. Este desempenho no campo só foi possível graças à utilização de insumos – basicamente sementes, adubo e agrotóxicos – de primeira linha disponíveis para o setor.

Hoje o agronegócio, entendido como a soma dos setores produtivos com os de processamento do produto final e os de fabricação de insumos, responde por quase um terço do PIB do Brasil e por valor semelhante das exportações totais do país.

O objetivo desse artigo é mostrar o papel do agronegócio nos últimos 20 anos.

Palavras-chave: agronegócio; perspectiva.

Abstract

Over the past 20 years, the technological levels achieved by farmers Brazilians reached significant levels that can be measured by increased productivity in the field. This explains, for example, the fact that Brazil has managed to double grain production for the current 100 million tons for the harvest of 50.8 million tonnes achieved in the early 80s, with the same acreage. This field performance was only possible through the use of inputs - primarily seeds, fertilizer and pesticides - the first line available to the industry.

Today, agribusiness, understood as the sum of productive sectors with the processing of the final product and manufacturing inputs, accounting for nearly one-third Brazil's GDP and a similar value of total exports of the country.

The objective of this article is to show the role of agribusiness in the last 20 years.

Key-words: Agribusiness; perspective.

Agronegócio no Brasil

A agricultura e a pecuária vem se destacando nos últimos 20 anos, pois são responsáveis pelo crescimento da economia brasileira. Em vinte poucos anos, o Brasil mais que dobrou a produção de grãos e de carne bovina e quadriplicou a produção de aves, num grande movimento que conjugou eficiência reprodutiva, desenvolvimento tecnológico, organização empresarial e novas formas de comercialização raras vezes presenciado no mundo (economia BR).

Acredita-se que o agronegócio tenha sido estratégico para o controle da inflação (Âncora verde), para geração de divisas no comercio exterior e no processo de desconcentração de renda nacional e redução da pobreza (SILVA, A. F., 2010).

Entende-se por agronegócio o conjunto de operações da cadeia produtiva, do trabalho agropecuário até a comercialização (Houaiss dicionário). Ele é responsável por 33% do Produto Interno Bruto (PIB), 42% das exportações totais e 37% dos empregos brasileiros. Estima-se que o PIB do setor chegue a US$ 180,2 bilhões em 2004, contra US$ 165,5 bilhões alcançados no ano de 2003. Entre 1998 e 2003, a taxa de crescimento do PIB agropecuário foi de 4,67% ao ano. No último ano (2003), as vendas externas de produtos agropecuários renderam ao Brasil US$ 36 bilhões, com superávit de US$ 25,8 bilhões (WASHINGTON, L. A. S., 2004).

Até o início do século XX, a maior parte do crescimento agrícola mundial provinha da expansão da área utilizada. Já no fim desse século, o crescimento vinha predominantemente da produtividade por hectare. Silva (2010) acha que o fenômeno começou nas atuais economias desenvolvidas na segunda metade do século XIX. Na maioria dos países atualmente em desenvolvimento, o crescimento da produtividade agrícola começou na segunda metade do século XX. Nos países mais pobres, porém, o processo ainda não começou.

Nos últimos anos, poucos países tiveram um crescimento tão expressivo no comércio internacional do agronegócio quanto o Brasil. Os números comprovam: em 1993, as exportações do setor eram de US$ 15,94 bilhões, com um superávit de US$ 11,7 bilhões. Em dez anos, o país dobrou o faturamento com as vendas externas de produtos agropecuários e teve um crescimento superior a 100% no saldo comercial (WASHINGTON, L. A. S., 2004).

O mercado internacional, associado ao processo de globalização, permitia que parte dos aumentos de produção do agronegócio, matérias-primas e produtos processados, fosse exportada, evitando maiores quedas de preços decorrentes da inelasticidade da demanda doméstica, que poderiam inviabilizar o processo de crescimento do setor. O mercado para o agronegócio expandido pelas importações viabilizava esse crescimento, para o qual aumento da escala de produção eram importantes, tanto no segmento primário como nos demais (SILVA, A.F., 2010).

Alguns autores destacam que o aumento acelerado da área cultivada, no caso da soja, é um fenômeno relativamente recente. Entre 1990/91 e 1996/97 a área colhida manteve-se relativamente estável, com média de 10,7 milhões de hectares e os extremos foram 9,6 e 11,7 milhões de hectares nas safras 1991/92 e 1994/95, respectivamente. Da safra 1997/98 até a 2000/2001 elevou-se para a casa dos 13 milhões de hectares com taxa média de crescimento de 5,3% a.a. Daí em diante passou a crescer aceleradamente, à taxa média de 12,4% a.a., resultando na previsão de colher 22,3 milhões de hectares na safra 2004/2005. Considerando-se os extremos da série, a área cultivada com soja foi acrescida em 129% enquanto o crescimento da produtividade foi de 74% (GUANZIROLI, C. E., 2006).

O desempenho da agropecuária brasileira é incomparável. Nenhum outro país do mundo teve um crescimento tão expressivo na agropecuária quanto o Brasil nos últimos anos. A safra de grãos, por exemplo, saltou de 57,8 milhões de toneladas para 123,2 milhões de toneladas entre as safras 1990/1991 e 2002/2003. Nesse período, a evolução da pecuária também foi invejável, com destaque para a avicultura, cuja produção aumentou 234% - ou incríveis 16,7% ao ano -, passando de 2,3 milhões para 7,8 milhões de toneladas. Não é por acaso, portanto, que o setor, dono de uma alta produtividade, excelente nível sanitário e alta tecnologia, tem atraído cada vez mais investimentos internacionais nos últimos anos (WASHINGTON, L. A. S., 2004).

Com pelo menos 90 milhões de terras agricultáveis ainda não utilizadas, o Brasil pode aumentar em, no mínimo, três vezes sua atual

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