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CUSTO DE ABSORÇÃO? SOMENTE O MÉTODO TOMADO PARA A CONTABILIDADE?

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Por:   •  9/12/2014  •  Tese  •  1.472 Palavras (6 Páginas)  •  171 Visualizações

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É O CUSTEIO POR ABSORÇÃO O ÚNICO MÉTODO ACEITO PELA CONTABILIDADE?

O cálculo do lucro de uma entidade está vinculado ao valor do custo dos produtos vendidos e das despesas incorridas no período. A diferença conceitual entre custo e despesa para a contabilidade e para o fisco consiste: a) os custos são os recursos gastos na fábrica e por isso são alocados aos produtos e somente confrontados às receitas quando da venda desses produtos. Os custos de transformação de estoques incluem os custos diretamente relacionados as unidades de produção,tais como mão-de-obra direta e a alocação sistemática de gastos gerais de fabricação fixos e variáveis que sejam incorridos na transformação de matérias em produtos acabados (Ernest & Young e Fipecafi,2009) e b) as despesas são consideradas do período,pois englobam gastos necessários para vender os produtos,administrar a empresa,etc. ou seja,não possuem relação direta com a produção da competência,os custos são confrontados com as receitas quando os produtos são vendidos,enquanto as despesas são confrontadas com as receitas do período em que ocorrem (Iudícibus,1997).

Em um primeiro momento, os conceitos contábeis de custo e despesas estão em sintonia com as normas fiscais, sendo que, em grande parte dos casos, a contabilidade tem seus princípios respeitados pela legislação fiscal.

Contudo,quando esta conformidade entre contabilidade e fisco é quebrada,normalmente, a contabilidade Financeira é obrigada a quebrar algum princípio por força de lei, fato que gera prejuízos às demonstrações contábeis e exigem a mobilização da classe contábil para a revisão da lei.

Já na Contabilidade Gerencial, os conceitos de custo e despesa têm uma conotação mais ampla, na medida em que se prioriza a utilidade da informação para a tomada de decisões. Nessa busca por informações úteis, pode-se dizer que o princípio mais importante é o da utilidade, o que faz com que cada empresa trate os custos e despesas da forma que julgar necessária e mais propicia, de modo que, em muitos casos, custos e despesas sejam tratados como sinônimos. Contudo,isso não significa que custos e despesas sejam usados como iguais,indiscriminadamente.Muitas vezes,utiliza-se a palavra custo para designar tanto custo quanto despesas.Porém,respeita-se a relação desses com os produtos e os períodos.Um exemplo é o caso de despesas administrativas que,algumas vezes,são chamadas de custos administrativos.Todavia,mesmo quando chamadas de custos,elas são tratadas da mesma forma que quando chamadas despesas.Assim,trata-se de uma simples utilização de nomenclaturas dos termos,ou seja,uma questão semântica.

Já a rigidez contábil na separação desses conceitos é cultural e fortalecida pelos princípios e pela própria legislação fiscal que atribui custos aos produtos e despesas aos períodos. Assim,a separação várias vezes criticada conceitual entre custo e despesas é necessária para facilitar a interpretação e a aplicação das normas contábeis e fiscais vigentes.

A separação rígida das normas também se deve à necessidade da criação de um limite entre custos e despesas apropriados aos períodos, na busca da homogeneização das demonstrações contábeis.

Os métodos de custeio são conjuntos de técnicas ou modelos utilizados para a determinação dos custos de produtos e serviços, no sentido de possibilitar uma base para uma estratégia e a apuração dos resultados, de forma segregada, ao final dos períodos.

Desde o seu surgimento, os métodos de custeio, se concentram em oferecer, uma forma padronizada e objetiva para a investigação e a determinação dos custos totais. Com o passar do tempo novos métodos foram desenvolvidos mais dinâmicos,para o planejamento e para a determinação de estratégicas para atender com maior precisão à necessidade de tomada de decisão,provocada pelo aumento na concorrência.

Assim, entre os métodos de custeio existentes, abordam-se: o custeio variável ou direto; o custeio por absorção, o Activity Basead Costing (ABC); e, o método das unidades de esforço de produção (UEP) que, possivelmente são os mais conhecidos e utilizados no Brasil. Contudo, existem variantes destes e de outros métodos que podem ser utilizados de forma combinada.

O custeio variável ou direto (Nascimento, 2001; Martins, 2003) é assim denominado pela sua característica principal, que é a de alocar aos produtos somente custos variáveis, e ou diretos. Dessa forma, todos os custos fixos ou indiretos são tratados como despesas e, não, são alocados aos produtos. Em geral,a utilização desse método é gerencial e especifica;de certa forma,limitada.Possivelmente,a maior vantagem proporcionada por esse método seja o calculo da margem de contribuição,que é encontrada subtraindo-se os custos diretos ou variáveis do preço de venda.O resultado desse calculo (desde que seja um valor positivo)indica quanto cada produto contribui para o pagamento dos custos e despesas fixas.

Segundo Ernest & Young e Fipecafi 2009, ö método de custeio direto, no qual somente os custos variáveis de produção são considerados como custo de produtos e os custos fixos levados a resultado, não é aceito para valoração dos estoques. Tais características,além de contrariar as normas do fisco,também contrariam os princípios contábeis,pois tanto a legislação fiscal quanto a societária exigem que todos os custos sejam atribuídos aos produtos independentemente de fixos ou variáveis,diretos ou indiretos.No caso da utilização desse método para fins de valorização de estoques,ficam subavaliados e as despesas operacionais superavaliadas.Conseqüentemente,o lucro é postergado.Assim,essa incompatibilidade faz com que esse método tenha somente utilidade gerencial.

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