Contabilidade Comercial

1 INTRODUÇÃO

Neste trabalho iremos abordar o estudo da Contabilidade Comercial que é uma ramificação da Ciência Contábil que atua nas empresas que praticam ato de comércio com fins lucrativos, seus objetivos que são: “Compreender as operações com mercadorias e sua contabilização”, que é a Compra, Venda, Troca e Devolução de mercadorias, “Apresentar a apuração do CMV”, que é o Custo de Mercadorias Vendidas, “Evidenciar as formas do controle Físico e Critérios de avaliação dos estoques”, que é o Controle de Estoque, “Apresentar operações específicas de Empresas Comerciais e suas contabilizações” e “Propiciar o entendimento da Contabilização da Folha de Pagamento, bem como os Encargos e as Provisões trabalhistas”, como o 13º Salário e Férias, da Empresa Comercial Línea Comércio de Móveis Ltda, produtora das mesas Executiva Job 9000 e das cadeiras Presidente Executiva 2000.

2 CONTABILIDADE COMERCIAL

A Contabilidade Comercial tem como objetivos, elaborar e apresentar o Cálculo do Custo Unitário, representado pelo CMV = Custo das Mercadorias Vendidas que é composto da fórmula CMV=EI+C-EF, onde EI = Estoque Inicial, C = Compras Líquidas (valor total das compras+fretes+seguros-impóstos recuperáveis) e EF = Estoque Final.

A elaboração do preço de venda, obtido através do RCM = Resultado Bruto com Mercadorias, com a fórmula RCM=V-CMV, onde V = Vendas Líquidas (vendas brutas de mercadorias-impostos) e CMV = Custo das Mercadorias Vendidas.

E o Cálculo da margem de contribuição é representado pela seguinte fórmula MC = PV-CMV-DV, onde MC = Margem de Contribuição, PV = Preço de Venda, CMV = Custo das Mercadorias Vendidas e DV = Despesas Variáveis (impostos, comissões, etc...).

As Despesas Fixas são entendidas como por exemplo, os salários, os encargos sociais e trabalhistas, aluguéis, impostos, água, luz, telefone e condomínio. Estas despesas existem independente da empresa funcionar ou não. É de suma importância a separação das despesas Fixas e Variáveis dentro de uma empresa.

O Ponto de Equilíbrio é o valor ou a quantidade que uma empresa precisa vender para cobrir o custo das mercadorias vendidas, as despesas variáveis e as despesas fixas, para que no ponto de equilíbrio, esta empresa não tenha lucro e nem prejuízo.

2.1 DEFINIÇÕES CONCEITUAIS DOS PRINCÍPIOS DA CONTABILIDADE

2.1.1 ENTIDADE

O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos.

2.1.2 CONTINUIDADE

O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do Patrimônio levam em conta esta circunstância.

2.1.3 COMPETÊNCIA

O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. Parágrafo Único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.

2.2 REGIME DE APURAÇÃO

2.2.1 REGIME DE CAIXA

No Regime de Caixa consideramos que a receita acontece no momento do recebimento das vendas à vista e as vendas a prazo são consideradas como receita no período em que forem recebidas. Este regime é muito restrito, porque o resultado da empresa é apurado pelo caixa.

2.2.2 REGIME DE COMPETÊNCIA

Este regime é universal para a contabilidade e ao contrário do regime de caixa, no regime de competência as vendas a prazo são consideradas como receita no ato da venda, mesmo que sejam recebidas posteriormente. Neste regime o resultado da empresa é apurado mediante o confronto das receitas, com os custos e despesas, independente do recebimento ou pagamento.

2.3 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES

2.3.1 PEPS

PEPS = Primeiro que Entra e Primeiro que Sai, também conhecido como FIFO = First In, First Out. Este método significa que as primeiras unidades a entrar no estoque serão as primeiras a sair, e as que constituirão o custo dos produtos, e como consequência, as últimas entradas permanecerão no estoque e comporão o saldo final do período, que será o saldo inicial do próximo período. A empresa que adotar este critério para valorização dos estoques, terá em suas mercadorias estocadas os custos mais recentes.

2.3.2 UEPS

UEPS = Último que Entra e Primeiro que sai, também conhecido como LIFO = Last In, First Out. Com este método, as últimas unidades que entrarem no estoque, serão as primeiras a sair, e assim, as que formarão o custo dos produtos. O estoque final será constituído pelas primeiras unidades a entrar, e que comporão o saldo inicial do período seguinte. Este método não é aceito pelo Fisco, pois, ao adotar este critério para a valorização dos seus estoques, a empresa sempre atribuirá às suas mercadorias em estoque os custos mais antigos, guardadas as devidas proporções com as mercadorias que entraram e saíram do estabelecimento.

2.3.3 CUSTO MÉDIO PONDERADO

O Custo Médio Ponderado é utilizado para evitar o controle de preços por lotes, como nos métodos anteriores, e ele será calculado, dividindo-se o custo total do estoque, pelas unidades existentes. Este valor indica que, tanto o custo dos materiais aplicados quanto os saldos, serão compostos pelo valor médio. A devolução de material requisitado em excesso e não aplicado na produção, entram no estoque pelo valor unitário de saída que o originou, na data em que se efetuar a devolução, qualquer que seja o método utilizado. Eles devem funcionar como se fossem saídas negativas da empresa, e devem serem registrados obrigatoriamente nas colunas de saída da ficha de controle de estoque com sinal negativo ou entre parênteses, nas datas das devoluções, ou seja, nas datas do retorno ao almoxarifado.