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Depressão: Adesão ao tratamento farmacológico

Por:   •  24/10/2018  •  Ensaio  •  805 Palavras (4 Páginas)  •  128 Visualizações

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Depressão: adesão farmacológica ao tratamento.

Ana Beatriz Santos Pimentel[1]

Higor Henrique Nogueira Gozzo[2]

Introdução

O presente trabalho tem por escopo abordar acerca do uso muitas vezes inadequados de medicamento do transtorno de Depressão. Feito um levantamento bibliográfico, buscando compreender as especificidades da doença e como ela se manifesta até chegar ao ponto de um real diagnostico de um quadro depressivo. Com o linear do texto serão abordados através de uma linha de raciocínio entre definição, sintomas característicos e tratamento da doença, ressaltando sua importância, principalmente quando associados de um acompanhamento por profissionais da área da saúde capacitados e específicos da área como psiquiatras e psicólogos.

Depressão, definição e sintomas.

A definição dada segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) é da depressão sendo um transtorno mental caracterizado por tristeza persistente aliado da perda de interesse em atividades que normalmente são prazerosas, acompanhadas da incapacidade de realizar atividades diárias (OMS, 2016)

Os sintomas geralmente apresentados diante de um quadro depressivo são: perda de energia; mudanças no apetite; aumento ou redução do sono; ansiedade; perda de concentração; indecisão; inquietude; sensação de que não valem nada, culpa ou desesperança; e pensamentos de suicídio ou de causar danos a si mesmas (OMS, 2016)

Para a psiquiatria assim como para a OMS a depressão é transtorno, a psicanálise, por sua vez, compreende a depressão como um sintoma, inerente ao sujeito (Ferreira; Gonçalvez; Mendes, 2014). E, sendo a depressão a principal causa de incapacidade em todo o mundo e contribuindo de forma importante para a carga global de doenças (OMS 2018).

Quanto ao tratamento diante de um transtorno depressivo

Muitas pessoas quando estão tristes, desanimadas, angustiadas, se classificam ou são consideradas depressivas. Diante desse potencial mercado vê-se o alto investimento em medicamentos antidepressivos, assim como seu elevado consumo sujeito (Ferreira; Gonçalvez; Mendes, 2014).

Com o contexto social, repercussão de um modo de produção vivenciado em que gera uma população sem perspectivas diante de um desenvolvimento, a depressão se faz, ou acredita-se, se fazer presente na vida de muitas pessoas. No tratamento psiquiátrico, muitas vezes, o paciente apresenta uma falsa demanda e o médico, por sua vez, uma falsa resposta – a prescrição de medicamentos sujeito (Ferreira; Gonçalvez; Mendes, 2014).

Nesse contexto, adequado a maioria dos sintomas, os pacientes, consomem de forma ritualística quantidades diárias de remédios, tendo como consequência, a dependência (Ferreira; Gonçalvez Mendes 2014). Segundo Lenita Bentes, contudo, a palavra do médico pode ter efeito terapêutico desde que possibilite um corte na relação de dependência com a medicação, permitindo uma mudança de discurso (BENTES, 1997).

Há que se ressaltar que não está sendo contestado a existência da doença, muito menos menosprezar o tratamento farmacológico. O ponto em questão é quanto ao uso indevido dos medicamentos, sem a associação de um acompanhamento rigoroso por parte de um grupo de profissionais da saúde, como psiquiatras, psicólogos e neurologistas. O uso indevido de medicamentos sem a associação com a terapia é diretamente prejudicial diante de um quadro depressivo. Se a psiquiatria tende a responder quase que automaticamente, na maioria das vezes, com o medicamento que visa eliminar a dor e o mal-estar, a psicanálise, por outro lado, abre a possibilidade do sujeito remediar o próprio sofrimento através da fala (SIQUEIRA, 2007).

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