Distribuição de água no mundo

INTRODUÇÃO

As águas superficiais são representadas pelas drenagens e rios que colectam as águas das chuvas que não se infiltram e não evaporam. As águas das chuvas também são conhecidas como superficiais. Do total da água existente no planeta 97,5% corresponde a água salgada e o restante (2,5%) a água doce. Destes 68,9% estão nas calotas polares 29,9% nos reservatórios subterrâneos e apenas 1,2% estão disponíveis como águas superficiais.

A água embora indispensável ao organismo humano, pode conter substâncias (elementos químicos e microorganismos) que devem ser eliminados ou reduzidos a concentrações que não sejam prejudiciais a saúde.

As estações de tratamento de água foram criados para remover os riscos presentes nas águas das fontes de abastecimento por meio de uma combinação de processos e de operações de tratamento.

As primeiras referências à necessidade de tratamento de água datam já de há muito tempo.

Desde esta referência ao processo de tratamento de água, existindo actualmente processos muito sofisticados de remoção de todo tipo de contaminantes da água.

A selecção do tratamento a adoptar em cada caso depende essencialmente da qualidade da água bruta disponível e da qualidade final pretendida para água tratada. Esta qualidade final varia com o fim a que se destina a água tratada.

Na área do tratamento de água para abastecimento público, os padrões de qualidade de água têm vindo a aumentar como resultado de continuada investigação no campo da saúde pública. Estes estudos têm permitido a descoberta de compostos com efeitos prejudiciais à saúde, como acontece com os compostos formados durante a desinfecção por reacção do cloro com a matéria orgânica presente na água, trihalometanos e os ácidos halo acéticos.

O presente trabalho tem como objectivo geral estudo do tratamento de água potável e as tecnologias envolvidas na mesma.

Os objectivos específicos abordam:

A importância da água potável para o consumo humano

As tecnologias de tratamento de água

Descrição dos processos de tratamento de água

Capítulo I: Distribuição da Água no Mundo

Importância da água:

Vivemos num planeta de água, já que cerca de 70% da sua superfície está coberta por preciosa camada de água, na sua maior parte salgada.

A água constitui um recurso essencial à vida. A vida nasceu no chamado oceano primordial, ou seja, na água. Constitui um factor indispensável à sobrevivência da biosfera, e, portanto, do homem e de todas as outras espécies a ele associadas ou não, com as quais, de uma forma ou outra, ele convive. Tal como em relação ao ar, a dependência do homem em relação à água é directa e inamovível. E daí resultam consequências, umas favoráveis, outras desfavoráveis, mas todas elas inevitáveis.

Uma das características cosmogónicas da água no planeta terra, que é importante realçar desde o início, é o facto de o seu quantitativo ser, por lado, limitado, e, por outro, praticamente constante desde a sua formação. Os quantitativos recebidos do espaço exterior desde então são, com efeito, quase negligenciáveis em termos absolutos.

A água constitui um elemento essencial à vida animal e vegetal. Seu papel no desenvolvimento da civilização é reconhecido desde a mais alta antiguidade.

Comecemos por recordar a sua indispensabilidade. O homem consegue, com efeito, resistir meses à carência de alimentos que lhe forneçam suprimento energéticos. Na mesma ordem de raciocino, sabemos que a resistência à não ingestão de vitaminas e de minerais, em condições de privação alimentar, se pode prolongar por longos meses.

Contudo, em relação à água, a resistência à sua privação absoluta é de poucos dias, reduzindo – se em condições de perdas acrescentadas por exsudação. Esta é uma dependência inamovível, reflexo, por um lado da necessidade contínua de água que o homem e outros seres apresentam e, por outro, da capacidade limitada de acumulação no corpo daquele nutriente essencial.

Essa situação reflecte, desde logo, o facto do corpo humano e das células vivas em geral serem maioritariamente constituídas por água. Como se pode apreciar nas tabelas 1.1 e 1.2, o corpo humano contém entre 65 e 75% de água. Quando perde cerca de 15% desse total, entra numa situação de desidratação que conduz inevitavelmente à morte, a menos que um processo correctivo seja rapidamente desencadeado, de forma atempada. O feto desenvolve – se num ambiente aquático, desde a sua gestação até ao nascimento. (Mendes B et al., 2004).

Tabela 1.1: Variação do teor médio em água do organismo humano.

Idade % Água (valores médios)

Feto – 1 mês 97%

Feto – 8 mês 83%

Recém – nascido 70%

Adulto 65%

Fonte: (Mendes B et al., 2004).

Tabela 1.2: Variação da água e do resíduo mineral. Em diferentes órgãos do corpo humano.

Órgãos Água (%) Resíduo mineral (%)

Esqueleto 25 21

Fígado 72 1,4

Pulmões 80 1,2

Músculos 75 1,05

Sangue 80 0,85

Rim 79 0,80

Pele 73 0,7

Fonte: (Mendes B et al., 2004).

As necessidades diárias do homem para consumo em relação à água cifram – se em dois a três litros fornecidos sob a forma de água e outros líquidos, ou contidos nos alimentos que ingerimos. A limitação do quantitativo acumulável no organismo obriga à permanente e contínua manutenção de um balanço positivo, de que a tabela 1.3 é exemplificativa. Sem água, o planeta morreria e os organismos vivos não resistiriam mais do que períodos limitados, e, com o desaparecimento desses recursos, o homem não poderia sustentar – se mais do que o tempo que durassem as suas limitadas reservas.

Tabela