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Ecologia básica

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Por:   •  3/3/2015  •  1.602 Palavras (7 Páginas)  •  100 Visualizações

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Há o interesse cada vez maior em se formular novos paradigmas que venham a orientar uma prática preocupada em conciliar tanto a intervenção sobre o espaço como a conservação dos recursos naturais. O meio ambiente é preocupação que veio pra ficar. Acompanhando a história das diferentes civilizações nota-se que a preocupação com o

1 Bióloga (UNIPAR) e Técnica em Controle Ambiental (IFPR). 2 Agrônomo, Biólogo, Filósofo, Mestre em Agronomia, acadêmico de Direito, Aluno do curso para Doutorado em Direito Constitucional, Professor efetivo IFPR campus Umuarama.

meio ambiente foi adquirindo características e dimensões próprias às épocas e regiões do globo (PHILIPI Jr. et al, 2004). É um processo de adaptação da preocupação ecológica, pois a nossa relação planeta X humanidade vêm mudando gradativamente.

Hoje é plausível pensar que esta preocupação é fundamental não só para família humana, mas do próprio planeta.

Todavia, como a humanidade é o único grupo diferenciado pela capacidade de raciocínio, cabe a ela o ônus da tutela de todos os outros componentes do planeta.

No Brasil esta preocupação deve ser de toda nação. Para configurar que este compromisso perpassa por todos, a própria Constituição Federal determina:

Art. 225 – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo para as presentes e futuras gerações (BRASIL, 1988).

Aos brasileiros, receber o direito constitucional de um meio ambiente ecologicamente equilibrado, implica intrinsecamente em receber o dever de defender este meio ambiente para as gerações presentes e futuras. Esta imposição é para o Estado e a Nação.

Ao longo deste desenvolvimento da preocupação ecológica, infelizmente, o florescimento da concepção antropocentrista pretendeu dar ao ser humano poderes ilimitados sobre o planeta Terra. Com os pressupostos desta centralização das preocupações humanas e o posicionamento periférico dos interesses da natureza, houve uma dominação de destruição do ser humana para com a natureza.

Entretanto, é necessário, com grande urgência, que o ser humano conscientiza-se que faz parte do mundo natural e não pode viver sem ele, são laços de interesse mútuo em que um tem compromisso de qualidade de vida com o outro (PHILIPI Jr. et al, 2004).

Nesse aspecto é indispensável compreender os conceitos básicos integrantes desta ciência denominada, ecologia. Pois, aprende-se a cuidar e respeitar daquilo e daqueles que se tem conhecimento. Refazendo o caminho do gênio italiano Leonardo da Vinci: “quanto mais conhecemos, mais amamos”.

A palavra ecologia vem do grego oikos, que significa “casa”, nosso meio ambiente mais próximo, e logos é estudo, ciência, tratado. Assim, ecologia é a ciência através da qual estudamos como os organismos (animais, plantas e micro-organismos)

interagem dentro do e no mundo natural. Com as duplas crises de um desenvolvimento populacional muito rápido e uma aceleração da deterioração do meio ambiente terrestre, a ecologia assumiu uma importância extrema. Tudo na superfície da terra está inter-relacionado e, com os empreendimentos humanos, afeta-se diretamente o resultado dos processos naturais. Assim, a própria espécie humana é uma parte importante da economia da natureza (RICKLEFS , 2003).

Uma espécie é um conjunto de indivíduos que tem muitos caracteres em comum e podem naturalmente cruzar entre si para produzir descendentes férteis. Como exemplo temos o grupo de onças-pintadas (Panthera onca) forma uma espécie, todos são semelhantes do ponto de vista genético e morfológico e podem naturalmente se intercruzar.

Uma população é um conjunto de indivíduos da mesma espécie que habita uma certa área por um certo momento, grupos da mesma espécie podem ser encontradas em locais e momentos distintos. Por exemplo, o conjunto de lontras (Lutra longicaudis) do Parque Nacional do Itatiaia-RJ constitui a população do referido animal nos limites dessa unidade de conservação. Já o conjunto de lontras do Parque Nacional de Bocaina-SP constitui outra população da mesma espécie (FILHO, 2007).

Muitas populações de diferentes espécies vivendo no mesmo lugar constituem uma comunidade ou biocenose.

Os organismos e os seus ambientes físicos e químicos formam um ecossistema.

Todos os ecossistemas estão ligados juntos numa única biosfera, a qual inclui todos os meio ambientes e organismos na superfície da Terra (RICKLEFS , 2003).

Dentro da ecologia são utilizados termos de uso cotidiano da ciência que são apresentados a seguir.

O nicho ecológico refere-se ao papel funcional que um organismo desempenha na comunidade.

Habitats são os lugares, ou posicionamentos físicos, nos quais os organismos vivem (RICKLEFS, 2003).

Dentro de uma população pode apresentar uma zona de transição entre duas ou mais comunidades diversas entre uma área de extensão considerável denominada de ecótone (ODUM, 1983).

Populações de uma mesma espécie, mas que estão fisicamente separadas e adaptadas as condições locais são denominadas de ecotipo (COELHO, 2000). Os

ecotipos apresentam uma variação genética devido ao processo de adaptação muito estreita ao ambiente específico.

O grupo de indivíduos com o mesmo conjunto de caracteres gerais e servem como representantes padrão da espécie ou de uma subespécie são denominado biótipos.

Os biomas são as grandes comunidades-clímax da Terra, ou seja, devido ao seu grau evolutivo e extensão, atingiram uma relativa estabilidade de sua composição faunística e, principalmente, florística. Estende-se por uma área geográfica bastante grande e sua existência é controlada pelo macroclima (DAJOZ, 1972). No Brasil temos como exemplo de biomas a floresta amazônica, o cerrado, a caatinga, etc.

Para satisfazer suas necessidades de alimentação, proteção, transporte e reprodução os seres vivos associam-se com outros seres vivos, de mesma espécie ou de espécie diferente. Surgindo assim, as relações ecológicas.

A seguir, os diversos tipos de interações bióticas (Tabela 1).

TABELA 1 – Interações bióticas

Relações Harmônicas

Intraespecífica

Colônias

Associação

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