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Elementos Para Entender a Concepção e a Gênese da “Questão Social”

Por:   •  4/4/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  526 Palavras (3 Páginas)  •  3.014 Visualizações

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Questão social e serviço social

Tema: Elementos para entender a concepção e a gênese da “Questão Social”.

Conforme o livro, “Questão Social”: particularidades no Brasil, de Santos soares Josiane, a Europa central passa por um processo de mudança para se produzir meios de subsistência deixando de lado a agricultura como único meio de produção e partindo em busca da industrialização.
A classe burguesa precisa reafirmar seu poder sócio político, retira assim, o trabalhador do campo que sabe apenas lidar com a lavoura, os leva para a cidade para trabalhar nas novas industrias, com uso de novas tecnologias e máquinas. Leva-se a crer que esses trabalhadores terão melhores condições de trabalho, moradia e salários dignos para a sua subsistência.
Não é o que acontece de fato, o trabalhador e expropriado da sua mão-de-obra, sem condições trabalho digno, sem moradia, saúde, alimentação adequada e em quantidades suficientes, salários baixíssimos, mulheres e crianças tendo que trabalhar em troca de um pedaço de pão.
O êxodo rural, lucro maior, menor custo de mão-de-obra e maior produção, junta-se ai poucas vagas de trabalho, faz surgir um exercito demão-de-obra ociosa, levando o trabalhador ao pauperismo absoluto. O pauperismo e a exploração do trabalhador é um dos elementos de formação da “questão social”.
O capitalismo produziu a questão social devido a acumulação do capital e sua reprodução ampliada do capital variável, que corresponde a força do trabalho.”O formato da grande industria, aprofundamento e vigência e capilaridade de suas leis, fez emergir, no séc.XIX o pauperismo. Tem-se então o marco histórico do conjunto de fenômenos que incluindo o pauperismo, mas também se reproduzindo além dele, se considera aqui como gênese da “questão social”.(Neto, p 42-43).
Destaca-se ainda duas questões: a primeira e que não designa-se como “questão social” a desigualdade e a pobreza indistintamente e sim aquelas que têm sua existência fundada pelo modo de produção capitalista. No período do escravismo e sistema feudal existiam as diferenças entre classes, propriedade privada e exploração do trabalho, reproduzia-se uma desigualdade e já no capitalismo, a “ questão social” é única e socialmente produzida.
Ao longo da história do capitalismo, o trabalhador era obrigado a aceitar as novas condições de trabalho; foramexpropriados de suas terras transformando esses mesmos em trabalhador assalariado. Não foi aceito de pronto, levando os mesmos, a mendicância, vadiagem e a ladroagem, prostituição em troca de pão.
Mulheres e crianças trabalhavam jornadas extenuantes e muitas vezes substituindo o trabalho do homem que custava mais caro, sem alimentação adequada, local de trabalho insalubre, os trabalhadores chegavam até a serem castigados, tudo para se obter mais lucro e aumentar a competitividade entre paises, fazendo surgir o “mais-valia” como regra.
Com o trabalhador sendo usurpado, esse mesmo começa a ter a consciência de classe, formando grupos de apoio entre si e criando estratégias de protestos, recusando-se a continuarem serem explorados e devorados pelo capitalismo, culminando-se numa grande revolta datada de 1848, passando por uma transformação de “classe em si” para a “classe para si”.
A questão social sai do casulo, eclode para as lutas, de reivindicações, de classes, de um lado o proletariado e de outro a burguesia.
Para se entender a “questão social” no Brasil e preciso entender as suas características, as particularidades histórico, social, político e cultural.

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