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História Da Eletricidade

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Por:   •  29/9/2014  •  Resenha  •  4.332 Palavras (18 Páginas)  •  288 Visualizações

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A primeira observação da eletrificaçãode objetos por atrito perdeu-se na antigüidade. Os filósofos gregos, como por

exemplo, Thales, de Miletus, no ano 600 a.c., já sabiam que ao esfregar uma peça de âmbar com um pedaço de lã ou

pele, eram capazes de conferir ao âmbar a propriedade de atrair pequenos pedaços de palha. A palavra elétron, aliás

deriva da palavra âmbar (elektron), em grego. Esta constatação originou a ciência da eletricidade.

Os gregossabiam também que algumas "pedras", as magnetitas(lodestones) que eram encontradas em Magnesia, uma

localidade da Ásia Menor, podiam atrair exclusivamente o ferro, e isto mesmo sem serem esfregados. O estudo desta

propriedade origina a ciência do magnetismo. No século 11, árabes e chinesesusavam a magnetita flutuando sobre a

água para se orientarem ao navegar pelos mares. Eram as bússolas. O primeiro estudo sistemático dos ímãs foi feito em

1269por Pierre de Maricourt. Ele usou uma agulha magnetizada para traçar o que chamava de "linhas de força" ao

redor de uma esfera de magnetita e descobriu que estas linhas convergem em duas regiões, em lados opostos da esfera,

como as linhas longitudinais da Terra. Por analogia, ele chamou as regiões onde as linhas de força convergem de pólos.

Em 1600, William Gilbert estendeu estes trabalhos e sugeriu que a própria Terracomporta-se como um gigantesco

ímã. Por volta de 1753, observações de que relâmpagoseram capazes de conferir propriedades magnéticasa peças de

ferro sugeriam uma convergência entre a eletricidade e o magnetismo, mas demorou ainda algum tempo até que a

relação entre as duas ciências se tornasse clara.

Em 1600, William Gilbert, médico da rainha Elizabeth I, foi o primeiro a distingüir claramente entre fenômenos

elétricos e magnéticos. Foi ele quem cunhou a palavra eletricidade, derivando-a de "elektron" que significa âmbar em

grego. Gilbert mostrou que o efeito elétrico não é exclusivo do âmbar, mas que muitas outras substâncias podem ser

carregadas eletricamenteao serem esfregadas.

Em 1729Stephen Gray observou que era capaz de transferir a carga elétrica de um bastão de vidro para uma bola de

marfim pendurada por um barbante. Porém a transferência de carga não ocorria se a bola era pendurada por um fio

metálico. Daí concluiu que o metal "levava embora" o fluido (carga). Gray concluiu que a maior parte das substâncias

podem ser classificadas de condutorasou isolantes. Os condutores, como por exemplo os metais e soluções iônicas,

permitem o fluxo livre do fluido, enquanto que os isolantes, como por exemplo a madeira, borracha, seda e vidro, não

permitem o fluxo do fluido.

Quando um bastão de vidro é friccionado por seda, ambos ficam carregados. Imagine a seguinte experiência. Duas

bolas de isopor são suspensas por fios e colocadas próximas uma da outra. Ao tocar ambas as bolas com o bastão de

vidro, ou ambas com seda, as bolas se repelem. Tocando uma das bolas com o vidro e a outra com seda elas se atraem.

Baseado neste tipo de evidência, Charles du Faye, em 1733, propôs que existem dois tipos de cargas, que são

observáveis como "fluxos elétricos", e que as cargas iguais se repelem enquanto que as cargas diferentes se atraem. O

tipo da carga do vidro foi chamado de "vítreo" e o tipo da carga da seda ou do âmbar de "resinoso". du Fay acreditava

que estas cargas eram separadas pelo ato da fricção.

Por volta de 1750Benjamin Franklin propôs que um único tipo de fluidoflui de um corpo para o outro pela fricção,

designando de positivamente carregadoo corpo que acumulou fluido e negativamente carregadoo corpo que perdeu

fluido. Franklin realizou também a seguinte experiência: colocou duas pessoas, A e B, sobre um pedestal coberto de

graxa para evitar a perda de carga. Depois de carregar um deles com o bastão de vidro e o outro com o pano de seda,

observou que um terceiro indivíduo, C, aproximando-se de qualquer um deles causava o aparecimento de uma faísca.

Contudo se A e B se tocavam, não havia faísca. Franklin concluiu que as cargas armazenadas no bastão de vidro e na

seda eram de mesma amplitude mas de sinais opostos e propôs ainda que a carga nunca é criada ou destruída, mas

simplesmente transferida de um corpo para o outro. Hoje chamamos a esta propriedade de Conservação da Carga.

Em 1753, John Canton descobriu que é possível carregar um objeto metálico isolado eletricamente mesmo sem tocá-lo

fisicamente com outro objeto carregado. Imagine por exemplo duas bolas metálica sobre pedestais isolantes, em contato

entre si. Aproxima-se um bastão de vidro positivamente carregado de uma das bolas. Nesta situação, separa-se as duas

bolas e afasta-se o bastão de vidro. Canton observou que a bola próxima ao bastão de vidro ficou carregada

negativamente, enquanto que a outra ficou carregada positivamente, e que a quantidade de carga armazenada era a

mesma nas duas bolas. Este fenômeno é chamado de indução.

Durante todo o século XVIII uma série de experiências foram realizadas, mas as observações eram meramente

qualitativas. O primeiro passo importante na quantificação

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