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História do Movimento Feminista

Por:   •  7/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.484 Palavras (10 Páginas)  •  181 Visualizações

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Introdução

O movimento feminista tem como uma das principais características a luta por direitos igualitários em âmbitos de gênero, ou seja, é uma luta politica que visa à igualdade entre homens e mulheres que para garantirem direitos mínimos dentro da sociedade criaram esse movimento.

Neste trabalho iremos abordar a historia do feminismo e suas conquistas e como suas vertentes ganharam espaço da sociedade. Iremos abordar os primórdios da revolução francesa e como influenciou as mulheres a lutar por seus direitos e como as sufragistas no século XX buscaram o direito ao voto mudando totalmente o rumo da historia.

As vertentes do feminismo é um marco importante na historia do movimento, pois é nas vertentes que o movimento vem atingindo um numero maior de mulheres que esta dividida socialmente, seja por classe social ou ate mesmo por etnia, e como cada um tem uma relevância para a estrutura.

O movimento feminista não é uma luta que está somente no passado, está presente no nosso dia a dia, cada mulher vem carregando na sua historia uma marca de luta e resistência. Mulher é símbolo de luta.


MOVIMENTO FEMINISTA

O movimento que reúne apenas mulheres teve grande referência no século XVII durante a Revolução Francesa quando foi escrito a “Declaração do Homem e do Cidadão”, que logo em seguida foi combatida pela “Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadão” escrito por Olympe de Grogues; no documento a escritora criticava a Declaração que fora imposta somente para os homens além disso servia de alerta para as autoridades masculinas sobre a importância da inserção das mulheres nos papeis sócias e a igualdade de gênero.

Por este motivo Olympe foi executada em Paris no dia 3 de novembro de 1793, sendo assim sua morte foi considerada um grande marco dentro do movimento.

O Feminismo surgiu na Revolução Industrial e recebeu esse nome após um grupo de mulheres ativistas as chamadas Sufragistas se reunirem no Reino Unido pela concessão das mulheres ao Direito ao voto e pela igualdade de gênero as mesmas iam as ruas em forma de protesto e eram abordadas de formas nada pacificas, poucas delas conseguiam fugir, as que eram capturadas sofriam espancamento que poderiam levar até a morte; mas por fim depois de muita luta as sufragista conquistaram o direito ao voto que no dia 6 de fevereiro completo 101 anos.  

Esse acontecimento desencadeou vários outros grupos feministas pelo mundo todo, mulheres que começaram a lutar pela reivindicação dos seus direitos, pelo seu papel na sociedade e no meio trabalhista com isso o movimento foi ganhando força e resultados.

No ano de 1980 as mulheres começaram em conjunto uma nova luta contra a violência ás mulheres. Em 1985 é foi o Conselho Regional da Mulher com intuito de eliminar a descriminação e aumentar a participação feminina em lugares somente ocupados por homens nas atividades políticas, econômicas e culturais.

A Lei feminicidio sancionada só em 2015 colocou a morte de mulheres na lista de crimes hediondos e diminuiu a tolerância nesses casos. Mas talvez a mais conhecida das ações de proteção nesses casos seja a Lei Maria da Penha que entrou em vigor em 2006, a Lei surgiu após Maria da Penha Maia Fernandes ser vítima de violência doméstica de seu marido durante 23 anos e tentar assassina-la duas vezes, a primeira com um tiro que a deixou paraplégica e a segunda por eletrocussão e afogamento, após essa tentativa a farmacêutica tomou coragem e denunciou o agressor tornando o caso internacional, que deu origem a lei reconhecida pela ONU que hoje além da violência doméstica abrange também a violência patrimonial, moral, psicologia e sexual.

O Feminismo pós-moderno trouxe para nós o conceito de equidade diferente da igualdade que pregávamos no começo de tudo, equidade significa dar o direito conforme a necessidade de cada indivíduo, o homem já estava no topo de sociedade patriarcal então dar as mesmas oportunidades para as mulheres que permaneciam embaixo não seria suficiente, os direitos deveriam ser justos já que ambos não ocupavam os mesmos níveis sociais.

Com isso surgiu também as vertentes dentro do movimento que são grupos que lutam em prol de uma característica ou ideal especifico, assim cada mulher pôde se identificar e lutar ainda juntas dentro de cada vertente que se familiarizasse.

Segue 5 das inúmeras vertentes que estão fortemente presentes no movimento:

Feminismo Radical: O Feminismo Radical procura desvendar e examinar a raiz da opressão global das mulheres pelos homens e as fontes do poder masculino. Por perceber que muita das opressões que mulheres sofrem transcendem questões culturais, geográficas, religiosas, econômicas, e etc.... entendem que a base dessa dominação por parte dos homens se dá justamente por se nascer mulher, por ter uma biologia de fêmea, somos dominadas por conta de nossos aparelhos reprodutivos e capacidade de reprodução. E assim todas as fêmeas formam uma classe sexual que é sistematicamente explorada e oprimida, a partir da socialização de gênero que recebem desde o nascimento. Por isso, o Feminismo Radical defende a libertação das mulheres e abolição do gênero.

Feminismo Liberal: O Feminismo Liberal defende que a mulher é um ser plenamente capaz de expressar suas escolhas e capacidades, devendo buscar livremente a equidade da maneira que quiser com o gênero masculino através de suas próprias ações, sem considerar o direito de livre associação, se assim necessário ou desejado.

Feminismo interseccional:  O feminismo interseccional diz respeito às intersecções ou recortes de opressões e vivências que devem ser feitos quando se for analisar as estruturas sociais de dominação-exploração, assim como os sujeitos que são atingidos de forma negativa ou positiva por elas.

 As feministas “intersecs” defendem, por exemplo, o recorte de gênero, de condição de gênero, de etnia, de classe, de orientação sexual, pois reconhece-se que as mulheres não sofrem todas juntas as mesmas opressões e que nem sempre a mulher está em situação de desvantagem nas relações de poder na sociedade, pois estas não se configuram somente no sistema patriarcal tendo em vista que existem outros sistemas de opressão que envolvem etnia, classe, sexualidade etc. Diante disso, a interseccionalidade no feminismo importa porque podemos ser todas mulheres e isso já nos traz algo em comum.

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