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KONOPKA, Gisela. Princípios do Serviço de Social de Grupo na Prática. In: “Serviço Social de Grupo”. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1979. (p. 36- 51; 87-125)

Por:   •  27/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.549 Palavras (15 Páginas)  •  1.512 Visualizações

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KONOPKA, Gisela. Princípios do Serviço de Social de Grupo na Prática. In: “Serviço Social de Grupo”. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1979. (p. 36- 51; 87-125)

SERVIÇO SOCIAL DE GRUPO COMO PARTE DO SERVIÇO SOCIAL

No decorrer da história, a expressão Serviço Social significou um tipo de serviço, uma determinada atribuição a desempenhar, um método de prática de uma profissão. Atualmente, nós o julgamos uma profissão, da mesma maneira que consideramos, por exemplo, o ensino. É exercido no amplo campo do bem-estar social, que abrange todos os serviços cujo definido objetivo social, consiste em promover o bem-estar social de indivíduos e grupos na comunidade. Entre outros, esses serviços incluem a educação pública, hospitais e playgrounds, todos exigindo habilitação em muitas profissões diferentes. (P. 36)

O Serviço Social também modificou as suas atribuições no curso da história. Teve início com os atos de caridades, atribuição que é encarada em apenas algumas sociedades, como o seu objetivo exclusivo ou principal. Hoje em dia, serve a todas as pessoas, independentemente de sua posição social ou econômica, e trabalha em grande variedade de problemas individuais, de grupo e comunitários. Reconhecidamente, o seu objetivo comum é “ajudar o funcionamento social”. (P. 37)

Mesmo se não nos preocupamos com essas várias áreas de responsabilidades que se interpenetram, precisamos ficar o “núcleo” de atribuição do Serviço Social a dele retirar o objetivo do esforço profissional individual da profissão. Do contrário, será fútil o debate do método. Como o método é uma maneira ordenada de preceder, tem de possuir um objetivo específico. Durante longo tempo, esses objetivos foram expressos pelos esforços das entidades, que eram descritos, por exemplo, como “dar alívio”, ou “evitar a delinquência juvenil”, ou “proporcionar serviços à juventude”. (P. 38)

[...] um conceito que estigmatizou a profissão do Serviço Social como sendo, basicamente, um esforço para a manutenção do status quo, em oposição à sua tradição de reforma social. O que significa é avaliação do indivíduo, de suas capacidades e motivações, bem como do seu ambiente e ajuda para aceitação ou mudança de um ou de outro, dependendo de quem ou o que necessita de ajuda. Repetindo: as responsabilidades profissionais sempre se interpenetram nas extremidades. (P. 39)

Duas necessidades básicas do ser humano - além da necessidade física de sobrevivência - são as de respeito próprio e de “pertencer”, a aceitação do “eu” e do “você”, encontrar a ponte entre as duas. Apenas dessa forma poderá o ser humano atingir seu maior potencial e dar sua contribuição para uma sociedade imperfeita, dentro das limitações da sua própria capacidade. (P. 39)

[...] a sociedade moderna é complexa. As exigências do ambiente social trazem muitos problemas: crescente solidão produzida pelos grandes centros urbanos, elevado grau de mobilidade que nem sempre permite acesso fácil à amizade. (P. 40)

Por vezes, esses problemas também podem ser resolvidos com a ajuda de vizinhos e de amigos. Muitas vezes, necessitam da ajuda do assistente social, que nem sempre executará o trabalho pessoalmente, mas que pode habilmente valer-se da ajuda de membros da comunidade. Por isso, as tarefas do Serviço Social de Grupo abrangem uma ampla gama de problemas dos individuais aos comunitários, do trabalho com liderança sadia é capaz ao trabalho com pobres rejeitados. [...] as tarefas do Serviço Social sob a designação de “restauração” (trabalhar com o fracasso de um indivíduo, de um grupo ou de uma comunidade), “prevenção” e “prestação de serviços”, o que constitui uma indicação da ampla gama de funções do Serviço Social. (P. 40)

A situação do Serviço Social de Grupo é mais complexa: os seus componentes são: a pessoa no grupo, o grupo e o problema - às vezes de uma determinada pessoa, às vezes de um grupo particular, outras vezes o de toda comunidade - o lugar. (P. 41)

As funções entrelaçadas com outras profissões deram lugar a confusão quanto à terminologia e, por sua vez influenciaram a prática do Serviço Social de Grupo. O exemplo mais significativo é a confusão e o conflito em torno dos termos de Serviço Social de Grupo é Terapia de Grupo. Necessitam ser esclarecidos, como parte do debate sobre a função do Serviço Social de Grupo. (P. 41)

O Serviço Social de Grupo, como é aqui apresentado, é um método do Serviço Social que ajuda os indivíduos a melhorarem a sua atuação social através de objetivas experiências de grupos e a enfrentarem de modo mais eficaz, os seus problemas pessoais, de grupo ou de comunidade. (P. 43)

A psicoterapia de grupo consiste em processos que correm em grupos formalmente organizados e protos que tem por finalidade atingir rápida melhoria na personalidade e no comportamento de membros individuais, através de específicas e controladas interações de grupo. (P. 44)

Se compararmos essas duas definições com a usada para o Serviço Social de Grupo, observamos que a prática do Serviço de Grupo se destina a grupos com problemas emocionais ou mentais, se enquadrando, então, na mesma definição. A diferença reside, apenas, no fato de que o Serviço de Grupo também se interesse por grupos compostos de indivíduos sadios e com grupos de ação social. (P. 45)

Portanto, a prática do Serviço Social de Grupo, quando visa à melhoria do funcionamento pessoal e social, pode, acertadamente, ser chamada de terapia de grupo. (P. 46)

Contudo, não quer dizer que a prática do assistente social de grupo será ou deveria ser a mesma que a do psiquiatra. (P. 46)

Além disso, existe uma diferença de método relacionada aos antecedentes profissionais do terapeuta de grupo. A ética e a disciplina profissional exigem que ele permaneça dentro da estrutura de sua própria competência. (P. 46)

O assistente social, por exemplo, os aprende no contexto das interações da realidade, de antecedentes culturais e condições econômicas; psiquiatra aprendendo te eles no contexto do conhecimento médico e da patologia. (P. 46)

O Serviço Social de Grupo combateu esse valor de prestígio desde o começo. Estava de acordo com o sistema de valores do assistente social de grupo, que resistiu a qualquer sistema de classe, mesmo no campo teórico ou interprofissional. Para indicar que falavam do mesmo método, na estrutura da sua própria profissão de Serviço Social e com idêntica importância e habilidade, independentemente se era aplicado a pessoas sadias ou doentes, em grupos, a maioria dos assistentes sociais de grupos conscientemente evitou o termo terapia de grupo para descrever a sua aplicação, chamando-o, em vez disso, de Serviço Social de Grupo. (P. 48)

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