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Método Cientifico

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Por:   •  4/9/2014  •  3.689 Palavras (15 Páginas)  •  499 Visualizações

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O que é Método científico:

Método científico é o conjunto das normas básicas que devem ser seguidas para a produção de conhecimentos que têm o rigor da ciência, ou seja, é um método usado para a pesquisa e comprovação de um determinado conteúdo.

O método científico parte da observação sistemática de factos, seguido da realização de experiências, das deduções lógicas e da comprovação científica dos resultados obtidos. Para diversos autores o método científico é a lógica aplicada à ciência.

O método científico é um trabalho sistemático, na busca de respostas às questões estudadas, é o caminho que se deve seguir para levar à formulação de uma teoria científica. É um trabalho cuidadoso, que segue um caminho sistemático, na busca de respostas às questões estudadas.

O método científico é a ferramenta do pesquisador, que no fim de seu processo de pesquisa, explica e prevê um conjunto de ocorrências provenientes da aplicação de suas teses. Um artigo científico é o resultado de um estudo realizado e comprovado através do método científico.

O método científico é uma forma de comprovar a veracidade de algumas teses desacreditadas pelo ceticismo. Em contraposição ao método científico, está o método empírico, que é baseado unicamente na experiência, sem nenhum processo científico.

O método científico consiste das seguintes fases:

• Observação de um facto;

• Formulação de um problema;

• Proposta de uma hipótese;

• Realização de uma experiência controlada, para testar a validade da hipótese.

Para maior segurança nas conclusões, toda experiência deve ser controlada. Experiência Controlada é aquela realizada com técnicas que permitem descartar as variáveis que podem mascarar o resultado.

Nesse tipo de experiência, utiliza-se o Duplo-cego, um método que utiliza:

• Um grupo de teste (o grupo que será efetivamente testado);

• Um grupo de controle (um grupo que não é testado, e serve apenas para comprovar que o teste é válido).

O método científico nas Ciências Humanas e Sociais

Apesar da contribuição do pensador Auguste Comte para tornar o método científico mais abrangente, incluir o estudo do homem no campo das Ciências não ocorreu de maneira pacífica. Até hoje, ainda existe o debate sobre se as Ciências Sociais e Humanas podem mesmo ser consideradas Ciências, uma vez que não apresentam a mesma objetividade das Ciências Naturais. Wilhelm Dilthey (1833-1911) foi um dos estudiosos que defendeu uma autonomia metodológica das Ciências do Homem ou Ciências do Espírito, como chamava o filósofo, a partir de uma distinção entre explicar e compreender.

Para Dilthey, o método científico físico-matemático corresponderia a um conhecimento explicativo, enquanto o método científico histórico estaria vinculado a um conhecimento compreensivo. Assim, as Ciências do Espírito abordariam as manifestações da vida e as objetivações do homem no mundo social e histórico, e o principal modo de acessá-la seria através da compreensão.

O sociólogo e Acadêmico Simon Schwartzman explica esse conceito da seguinte maneira: "pensemos em um antropólogo buscando relacionar as crenças religiosas de uma sociedade com seu sistema familiar, ou um historiador tratando de entender o que levou um país para a guerra ou a uma revolução social, ou ainda um crítico literário buscando interpretar a obra de um autor em função da cultura de seu tempo, ou um jurista buscando entender as normas do que é permitido ou proibido em determinadas sociedades. Em todos estes casos, o pesquisador busca interpretar ou compreender o que está estudando em função do contexto mais geral da sociedade, da cultura ou do tempo histórico de que está tratando. Seu método é, em outras palavras, "compreensivo" - não basta descrever o objeto de estudo, ou relacioná-lo com outros, é necessário entender o seu sentido".

Schwartzman afirma que, da mesma maneira que as Ciências Naturais, as Ciências Humanas e Sociais fazem uso de observações sistemáticas, modelos matemáticos, análises estatísticas e experimentos, ao tratar de fenômenos sociais - instituições, movimentos populacionais, comportamentos, atitudes, preferências, conflitos, tecnologias.

Segundo o sociólogo, Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895) adaptaram o evolucionismo (desenvolvido, a princípio, para as Ciências Naturais) para a interpretação da história e das sociedades, supondo que estas passavam de fases mais primitivas e atrasadas para outras mais modernas e desenvolvidas. Essa ideia marcou boa parte da produção das Ciências Sociais e das humanidades nos últimos 200 anos. Já o sociólogo, historiador e economista Max Weber (1864-1920) acreditava que as sociedades deviam ser interpretadas a partir da cultura e da religião das principais civilizações e de comparações históricas. Além disso, ele dizia que a definição de modelos de organização social e política deveriam servir de referência para a análise empírica de casos históricos concretos, criando, assim, uma "Sociologia compreensiva".

Schwartzman diz, no entanto, que foi Émile Durkheim (1858-1917) quem inaugurou a Sociologia como Ciência Social à maneira das Ciências Naturais, ao defender que era preciso olhar os factores sociais "como se fossem coisas" e fazer uso das estatísticas para verificar as relações entre diferentes fenômenos sociais. O Acadêmico afirma que, enquanto isso ocorria na Sociologia, no início do século XX, outras inovações se passavam na Economia e na Psicologia: "Cada vez mais, as estatísticas passaram a ser utilizadas para descrever e depois interpretar as relações entre fenômenos sociais medidos de forma sistemática, seja pelos institutos de estatística governamentais, seja através de pesquisas por amostragem".

Porém, de acordo com Schwartzman, apesar de grandes avanços nas Ciências Sociais de tipo empírico, formal e quantitativo, as interpretações de tipo histórico e cultural não foram abandonadas. Assim, um profissional precisa saber conviver com os dois lados - ou seja, deve ser familiarizado com o uso da matemática e da estatística, com a obtenção e análise de dados e o trabalho com experimentos, além de ter conhecimentos históricos,

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