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O Que é Fisica Médica

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Por:   •  25/3/2014  •  1.511 Palavras (7 Páginas)  •  235 Visualizações

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O que é Física Médica?

A Física Médica é uma área multidisciplinar que aplica os conceitos e leis da física, juntamente com os avanços tecnológicos, no que diz respeito à prevenção, diagnóstico, tratamento e desenvolvimento de técnicas para prática médica.

Além do conhecimento em física, a relação dos físicos médicos com os médicos e outros profissionais fazem com que seja necessário ter familiaridade com outras ciências das quais podemos citar: engenharia, informática, anatomia, bioquímica, genética, biofísica e fisiologia humana. Muitos físicos médicos trabalham em hospitais em departamentos de diagnóstico por imagem, tratamento de câncer, ou hospitais baseados em pesquisa. Outros trabalham em universidades, para o governo e indústrias.

Como surgiu a Física Médica?

Talvez Leonardo da Vinci, cinco séculos atrás, possa ser considerado o primeiro Físico Médico. Certamente isto é verdadeiro já que ele esteve interessado profundamente nos mecanismos de locomoção humana.

Imagem de um dos trabalhos de Leonardo da Vinci

O desenvolvimento subseqüente e gradual das ferramentas físicas contribuiu para o avanço na ciência biológica. Um exemplo proeminente foi o microscópio, desenvolvido pelo inventor Dutch, van Leeuwenhoek, durante o século XVII. O desenvolvimento da ciência do eletromagnetismo, no século XIX, permitiu aos físicos fazerem contribuições ao tratamento e diagnóstico médicos. D’Arsonval, um físico francês pioneiro no uso de corrente elétrica de alta freqüência com finalidade terapêutica contribuiu para o desenvolvimento dos instrumentos de medida elétrica. Desde então, voltímetros gravadores de sensibilidade, iniciado com o galvanômetro criado por Einthoven, tornaram possível o desenvolvimento da eletrocardiografia e eletroencelografia.

Com o descobrimento dos raios-X pelo físico Wilhelm Conrad Roentgen em 1805, Primeiro Prêmio Nobel de Física em 1901, iniciaram-se os estudos sobre as emissões de partículas provenientes de corpos radioativos (Radioatividade); observando suas propriedades e interpretando os resultados. Nesta época, destacaram-se três cientistas, Antoine Henri Becquerel, Pierre e Marie Curie (Prêmios Nobel de Física em 1903). O primeiro pela descoberta da radioatividade espontânea e o famoso casal pelos estudos nesta área e pela descoberta do polônio e do radium. Ainda, em 1911, Marie recebeu um Segundo prêmio Nobel desta vez em Química por novos trabalhos sobre a natureza destes elementos químicos.

Foto de Ernest Rutherford - Retirado de http://nobelprize.org/

No começo do século XX, Ernest Rutherford (Prêmio Nobel de Química em 1908), após profundos estudos, formulou hipóteses sobre as emissões radioativas, e ainda coube a ele a formulação de um dos primeiros modelos do átomo, ensinado até hoje no Ensino Médio.

De forma geral, a Radioatividade é a emissão espontânea de radiação corpuscular e/ou eletromagnética, por um núcleo atômico que se encontra num estado excitado de energia. Sua utilização na Medicina data desde sua própria descoberta, porém os perigos de uma utilização não controlada foram também evidenciados. Quando se fala em radiação, a maior parte da população teme, pois lembram logo de eventos históricos como guerras e acidentes causados por desinformação e negligência. Se usada de forma “racional”, a radiação não traz nenhum risco à saúde humana, citando o órgão brasileiro que normatiza o uso da Energia Nuclear (Comissão Nacional de Energia Nuclear, CNEN): “A radiação não é para ser temida e sim respeitada”.

Símbolo universal da radiação

A descoberta dos raios-X e da radioatividade foi rapidamente seguida pela aplicação destas radiações ionizantes no tratamento e diagnóstico de doenças. Esta atividade tem sido inicialmente responsável pela introdução do físico diretamente na esfera do hospital. Em 1913, Duane iniciou um trabalho com fontes de Radônio para tratamento de câncer em um Hospital em Boston, Estados Unidos, e em seguida, em 1915, por Failla em Nova York. Nas décadas de 1960 e 1970 iniciaram as legislações que estabelecem a presença deste profissional em algumas áreas médicas, por exemplo, em radioterapia e em medicina nuclear. No Brasil, esta área foi mais bem estruturada com a criação, em 1969, da Associação Brasileira de Física Médica (ABFM)

Apesar do surgimento da Física Médica estar associado ao uso da radiação ionizante, esta disciplina não se restringe a este tipo de radiação. Assim, a crescente contribuição da física médica é uma conseqüência natural da evolução da ciência moderna e tecnologia.

O que faz o Físico Médico?

Seu trabalho contribui para a eficácia dos procedimentos de imagem radiológica, pela garantia da segurança da radiação e ajuda na aplicação e desenvolvimento otimizado das técnicas de imagem. Além disso, estabelece os critérios para a correta utilização dos agentes físicos empregados na medicina, contribui para o desenvolvimento de técnicas terapêuticas, colabora com os oncologistas para cálculos do plano de tratamento radiológico e monitoração e procedimentos nos equipamentos para garantir que os pacientes recebam a dose de radiação prescrita na localização correta.

As responsabilidades essenciais do Físico Médico especialista são de assegurar e garantir a segurança e aplicação eficaz da radiação para conseguir um diagnóstico ou um resultado terapêutico prescrito para o paciente. O físico médico executa ou supervisiona procedimentos necessários para conseguir estes objetivos. As responsabilidades do físico médico incluem: proteção do paciente e outros profissionais quanto à aplicação e uso da radiação com segurança; estabelecimento de protocolos adequados para assegurar a dosimetria do paciente e outros; a manutenção e caracterização da radiação; a determinação de dose efetiva; procedimentos avançados e necessários para garantir a qualidade da imagem; desenvolvimento e aplicação do programa de garantia de qualidade; e assistência a outros profissionais de saúde na aplicação da radiação pesando-se seu risco e seu benefício.

A prática da física médica significa o uso dos princípios e protocolos físicos para garantir a qualidade, quantidade, e aplicação da radiação durante procedimentos radiológicos. O termo prática inclui: calibração e caracterização de feixes de radiação; garantia de qualidade e gerenciamento dos

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