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O SERVIÇO SOCIAL E A FAMÍLIA NA CONSTRUÇÃO DO EMPODERAMENTO SOCIAL

Por:   •  25/2/2016  •  Artigo  •  3.740 Palavras (15 Páginas)  •  566 Visualizações

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O SERVIÇO SOCIAL E A FAMÍLIA NA CONSTRUÇÃO DO EMPODERAMENTO SOCIAL[pic 1]

Isadora Medeiros(1) Ana Raquel (2)

RESUMO: O artigo visa analisar o trabalho do assistente social em busca da construção do empoderamento social, através de uma releitura de Faleiros e ainda em busca de estratégias para o fortalecimento do acesso das famílias a direitos e deveres que a mesma possui e como estes podem potencializa-los em meio ao enfrentamento de conflitos que ocorrem em seu dia-a-dia. Em meio ao desenvolvimento é citadas leis como estatuto de idoso e o estatuto da criança e do adolescente como fortes influencias na defesa da família em meio a sociedade atual, além de definir a família como o núcleo base de toda comunidade. Assim, se compreende que a família é a base em que o trabalho do assistente social deve se voltar para fortalecer as relações de direitos e empoderar a sociedade em meio às desigualdades e injustiças.

Palavras-chave: Empoderamento – Família – Direitos – Serviço Social

ABSTRACT: This article aims to analyze the work of the social worker in search of construction of social empowerment through a retelling of Faleiros and still searching for strategies for the strengthening of household access to rights and duties that it has and how these can enhances them in the midst of coping with conflicts that occur in day-to - day. Amid the development is cited laws as old status and the child's status and adolescents as strong influences in defense of the family in the midst of modern society , and defines the family as the core foundation of every community. Thus , it is understood that the family is the basis on which the work of the social worker must turn to strengthen relations rights and empower society amid the inequalities and injustices .

Keywords: Empowerment - Family - Rights - Social Service

  1.  Introdução

O presente trabalho busca fazer uma análise do Serviço social no trabalho de empoderamento famíliar com base nas ideias de Faleiros (2011), buscando assim analisar ainda o papel do assistente social em meio a programas e projetos que possibilitem o fortalecimento de vínculos familiares à busca de sua independência, através de direitos e deveres ditados pela sociedade atual.

Em um primeiro momento nos direcionamos a entender o que vem a ser o empoderamento através Deslades e Carvalho com uma ênfase em uma releitura de Faleiros, entendendo que o mesmo necessita de uma análise profissional do processo histórico, social, econômico da sociedade vigente, que passa por inúmeros processos de mudanças.

O trabalho do serviço social neste contexto se faz através da informação e da garantia dos direitos citados como no Código Civil, Estatuto do Idoso e Estatuto da criança e adolescentes que regem e orientam de forma direta o meio familiar.

Apresenta-se ainda algumas influencias históricas que ajudaram no desenvolvimento do movimento de empodermaneto como movimentos de negros, além da expansão da cidadania, através de direitos e deveres civis, políticos e sociais.

Em segundo momento se destaca a influencia do movimento de reconceituação como fundamental na emersão do empoderamento, sendo que este possibilitou a abertura do serviço social como profissão questionadora e não apenas mera executora e com a sua abrangência teórica-metodológica.

E finalmente a ênfase na diversidade de arranjos da família brasileira, onde o trabalho do assistente social passa a buscar diretamente através de programas e projetos estratégias que fortaleçam as relações contidianas existentes e que possibilite as famílias em sua maioria baixa renda os mínimos sócios a que elas possuem por direitos.

  1.  O empowerment

Deslades (2009) traz em seu estudo o empoderamento, como um termo inexistente na língua portuguesa, mas sua tradução se desenvolve baseado em um modelo de recursos humanos, com base na partilha de autoridade entre os funcionários, lhes facultando assim sua autonomia.

Neste contexto essas ações influenciam na auto estima dos indivíduos e na busca pelo aumento de sua produtividade, através do compromisso com o trabalho e com a sociedade.

Desta maneira Fazenda (2005), aponta para o movimento de empowerment como inicio nos Estados Unidos no final da década de 70, e desde o fim da década de 80 esta forma de intervenção tem sido utilizada pelo Serviço Social. Em Portugal é ainda uma abordagem incipiente e não exclusiva dos assistentes sociais. É utilizada por diversos técnicos de intervenção social, em várias áreas.

Neste sentido Carvalho (2009), apresenta o empoderamento como fenômeno complexo que toma emprestado distintos campos do conhecimento, que possui enraizamento na busca pelo direito das mulheres, em uma ideologia dos movimentos sociais que ganhou espaço na segunda metade do século XX.

Assim, o autor aponta para o empowerment psicológico como este no sentimento de maior controle do ser, em uma proposta de auto-ajuda em busca de uma imagem ideal, no sentido em que os indivíduos passam a se comportar de forma educada e com base em princípios e normas éticas e morais da sociedade em que esta inserido, este remetendo seu trabalho e voltando-se na categoria da saúde.

Neste contexto, passa-se a averiguar o empowerment comunitário, através de uma teoria social, com base em conflitos de interesses, que busca pelo poder e pela redistribuição do poder, em um contexto conflituoso em meio ao enfretamento entre grupos sociais, mas que estes estão em constante modificação ao longo da re-estruturação social entre os poderes como apontado pelo autor Carvalho (2009), através de uma relação dialética entre sujeito e sociedade, projeto e execução, sonho e realidade, através da busca não pelo assistencialismo, mas pela garantia dos mínimos sociais que os indivíduos possuem por direito.

Assim, o autor passa a caracterizar exemplos como a velhice, quando a pessoa idosa passa por perdas de suas independências sociais, através da falta de oportunidades de emprego, acessibilidade, também como exemplificação a segregação racial de gênero.

Neste sentido questões como a má distribuição de renda e os altos níveis de pobreza no contexto da sociedade brasileira, afeta a família como a base da sociedade e consequentemente todo seu conjunto como crianças e adolescentes que entram em contato com o mundo da criminalidade, prostituição e das drogas, idosos e deficientes que não possuem acessibilidade.

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