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Reestruturação Produtiva no Brasil

Por:   •  25/11/2020  •  Trabalho acadêmico  •  821 Palavras (4 Páginas)  •  168 Visualizações

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Instituto de Ciências Humanas – IH

Departamento de Serviço Social – SER

Disciplina: Trabalho e Sociabilidade

Docente: Lúcio Mota Siqueira      

Aluno: Gabriel William Matos de Lacerda

Matrícula: 190107367

Turno: Noturno                Turma: B

A Reestruturação Produtiva e seu impacto na divisão sexual do trabalho:

A emergência de um novo padrão de acumulação conhecido como Reestruturação Produtiva, no Brasil foi a transição do modo de produção Fordista para o Taylorista no final dos anos 70, este que eliminou postos de trabalho, gerou desempregos e precarizou os trabalhadores, transformando não só a organização da produção, mas o mundo do trabalho, as relações sociais, os mercados e até a própria classe trabalhadora.

A dinâmica da reestruturação produtiva foi definida através da correlação entre membros da burguesia infiltrados em governos neoliberais atuando nos cortes de políticas sociais da classe trabalhadora, desfavorecendo a mesma, além de enfraquecer sindicatos de movimentos operários. Na década de 80, lutas do movimento feminista proporcionaram que fosse cada vez mais comum que mulheres adentrassem o mercado de trabalho em funções extra domésticas principalmente as mais pobres.   Mas sob politicas de flexibilização os salários foram ficando cada vez mais desiguais. A participação da mulher na economia cresceu neste período, empregando mais de 30 milhões de mulheres, mas, ainda assim era possível observar a desigualdade salarial entre homens e mulheres.

Apesar de seu crescimento entre os anos 60, 70 e 80 com foco nos movimentos feministas, na participação econômica do país, as mulheres passaram a ocupar cargos antes ocupados por homens majoritariamente, reflexos do aumento da escolaridade feminina, ingressando cada vez mais na universidade, ocupando assim, cargos técnicos e de nível superior. A reprodução de mecanismos de fracionamento do mercado de trabalho que afetam homens e mulheres de forma desigual vem junto com a reestruturação e o aumento no número de mulheres no mercado de trabalho. O mundo do trabalho foi modificado com a implementação de contratos de trabalho mais flexíveis de caráter temporários, a partir dos anos 90.

O enfraquecimento de sindicais prejudicou diretamente os homens brancos, estes que são tradicionalmente privilegiados, foram marginalizados. As mulheres brancas e negras juntamente com os homens negros não conseguiam empregos melhores, apenas condições precárias, contratos temporários ou encontravam saída na informalidade. Na informalidade, as mulheres ocupavam postos inferiores, com jornadas extensas, precarizadas e sem acesso à seguridade social. Assim o mercado de trabalho, através da reestruturação produtiva, foi ampliando a exclusão de trabalhadores antes empregados em melhores cargos e acelerando a exclusão das mulheres tornando-as cada vez mais precárias em suas condições de trabalho.

As mulheres foram incorporadas no mercado de trabalho em cargos antes ocupados por homens devido à automatização do trabalho, não sendo necessária a mão de obra masculina, justificando a desvalorização do valor do trabalho. Nos anos 80, mulheres jovens e sem filhos, eram foco de contração por serem julgadas como mão de obra barata, já nos anos 90 as mulheres casadas viraram preferência por serem mais “responsáveis” e “flexíveis” na realização de diferentes tarefas. Assim a separação de ocupações no mercado de trabalho por sexo é constantemente reproduzida.

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