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Relatório de pesquisa C. T.

Por:   •  8/4/2015  •  Relatório de pesquisa  •  1.685 Palavras (7 Páginas)  •  126 Visualizações

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Disciplina: Laboratório de Instrumentos e Técnicas de Serviço Social I

Professor (a) Orientador (a): Ms. Elen Lúcia Carvalho

Campo de pesquisa: Comunidade Terapêutica Força do Querer

Unidade: Mosqueiro - PA

Discentes:

Katia Gomes

Layza Amanda

Marina Ataíde

Max Miranda

Odilene Lustosa

Em 03 de Novembro de 2014, No Distrito de Mosqueiro, na cidade de Belém, estado do Pará, demos inicio às atividades do Projeto de Pesquisa em Comunidade Terapêutica (CT) Força do Querer, com dependentes em Álcool e Drogas, realizada pelos alunos do curso de Serviço Social da Universidade Federal do Pará, Sob a supervisão da Profª. Ms. Elen Lúcia Carvalho.

O objetivo dessa pesquisa é conhecer os aspectos socioeconômicos que caracterizam as pessoas em tratamento na Comunidade Terapêutica Força do Querer, localizada na Avenida 16 de novembro, Alameda do Carmo 18, Praia Grande no Distrito de Mosqueiro-PA.

A primeira etapa da atividade se desenvolveu em um treinamento de capacitação com a Profª. Elen Lúcia no Auditório Setorial da UFPA, para que tivéssemos conhecimento do material pedagógico composto de um questionário socioeconômico que aplicaríamos por ocasião da visita e assim como tomaríamos conhecimento sobre quais locais seriam visitados.

A segunda etapa baseou-se em contatos por E-mail e por telefone com a direção da CT para viabilizar uma data em que pudéssemos fazer a visita, sendo que o primeiro contato, por telefone, foi com a Psicóloga da CT, a qual solicitou que o trabalho fosse realizado na presença da assistente social. Posto isso, a entrevista ficou marcada para a Segunda-feira, dia 3, no período da tarde, uma vez que a assistente social estaria disponível neste horário.

No dia 3 de Novembro, o grupo de pesquisa marcou horário às 9:00 horas na estação de ônibus em São Braz para pegar a condução das 9:30. Ao chegar em Mosqueiro, o grupo fez uma parada para debater os assuntos abordados no questionário, com intuito de tirar as últimas dúvidas sobre as perguntas. Após o almoço, a equipe se direcionou para a CT, que se apresenta de fácil localização, uma vez que fica próxima a uma via principal de Mosqueiro chamada 16 de Novembro.

Às 15:00, o grupo chegou na CT e o primeiro contato foi com um dos residentes. Este, primeiramente, consultou a assistente social para permitir a nossa entrada.

O Centro assemelhava-se com uma casa espaçosa de veraneio, de alvenaria. Havia mesas de jogos pelo pátio, como sinuca e Tênis de mesa, uma piscina, com extensão razoável, uma área parecida com uma sala de estar, e os residentes todos espalhados, cada um fazendo uma atividade diferente, tomando banho na piscina, outros jogando, outros preparando o jantar, em geral tudo bem organizado e bem arborizado. O grupo ficou à espera da assistente social, que não demorou a nos atender em uma sala específica.

Esse foi um dos momentos mais importantes para o grupo de pesquisa, pois com a assistente social tomou-se conhecimento da importância do Centro Terapêutico Força do Querer, da dinâmica dos residentes e de como o trabalho era dividido entre os profissionais. A assistente social tratou das dificuldades e do prazer de estar relacionada com esta área e de como tinha que lidar com aspectos diferentes de cada usuário do tratamento.

Após essa conversa de aproximação, dividiram-se grupos de 3 e 4 para fazer a entrevista. Dez residentes foram convidados pela assistente social, que especificou que não chamaria os que estavam iniciando o tratamento. Conforme dito, a equipe de estudantes se dividiu em espaços diferentes do pátio, com a finalidade de que todos ficassem a vontade para dar a entrevista.

O segundo momento mais importante foi a entrevista individual. Esse contato mostrou o quanto os residentes estavam à vontade para fornecer os dados do questionário e dispostos a conversar sobre o tratamento e a trajetória que fizeram para chegar na CT. Contaram sobre suas vidas, as dificuldades do tratamento e todos os pontos positivos, os quais os motivavam a permanecer e finalizar a terapia.  

Desse modo, o grupo finalizou as entrevistas já no início da noite. Agradecemos a oportunidade e para o encerramento, os residentes se mobilizaram para fazer uma oração em roda, chamando o grupo para compor o meio da roda. Esse terceiro momento foi o mais emocionante de toda a trajetória da pesquisa. Todos sorriam bastante, tiravam fotos e pediam o nosso retorno.

Um aspecto importante, percebido durante as entrevistas, é de que os residentes tinham muita necessidade de conversar. Alguns deles não tinham a família ou amigos por perto, embora a CT também fizesse reuniões e um tratamento específico que envolvesse o conjunto familiar. As visitas ocorriam de 15 em 15 dias, mas não eram o suficiente para aqueles 23 homens que compunham a casa.

Alguns desafios que se apresentaram nessa pesquisa foram o superficial conhecimento do assunto, além do desejo de não gerar desconfiança por parte dos entrevistados. Mas a entrevista Prévia com a Assistente Social ligada a disciplina e receptividade no ambiente foram pontos importantíssimos para a viabilidade do trabalho.

Quanto ao material disponibilizado, utiliza-se de perguntas de fácil compreensão e possibilita aos agentes-alunos subsídios e fundamentação para conhecer com mais profundidade o perfil dos usuários desse estabelecimento, assim como se apropriar um pouco mais da temática da dependência química, buscando compreender as situações de forma informal e sem conflitos desnecessários, consolidando a construção da relação de confiança, tão necessária para que a aprendizagem aconteça de maneira satisfatória.

Dessa forma, a pesquisa dá um suporte para que se possa discutir, problematizar e intervir com projetos pensados e elaborados pelos alunos-pesquisadores sobre a dependência química. Sabe-se que, quando o aluno-pesquisador é sabedor do assunto, pode estabelecer uma comunicação autêntica com a questão política apropriada e cria-se condições favoráveis para aprofundar relações interpessoais com os dependentes, baseado nas relações humanas.

O conhecimento sobre esses fatos que interferem na vida social do usuário, da família e da sociedade são de fundamental importância para a construção de políticas públicas na esfera governamental. Esse conhecimento possibilita o pensar e o buscar as respostas às suas perguntas, relacionar e acionar os conceitos já aprendidos nas diversas áreas do saber, para que esteja se preparando, pois se deparará com perguntas e situações diversas.  

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