Relatório de pesquisa - Instrumentalidade no servio social

RELATÓRIO DE PESQUISA DE PORTFÓLIO

CICLO II MÓDULO B FASE II

DISCIPLINAS: INSTRUMENTOS TÉCNICOS OPERATIVOS DO SERVIÇO SOCIAL

INSTRUMENTALIDADE DO SERVIÇO SOCIAL

Itapevi, SP

2018

INTRODUÇÃO

Após entender brevemente o que é a Instrumentalidade no exercício do assistente social, quais são e qual a importância das Competências do Serviço Social para a atuação do profissional da área, será apresentada uma pesquisa realizada na APAE- Cotia (Associação de pais e amigos excepcionais), uma instituição filantrópica sem fins lucrativos, pertencente ao terceiro setor.

Na instituição foi realizada uma entrevista com a assistente social, com propósito de analisar quais instrumentais técnicos operativos são utilizados na unidade em questão, para melhor entendimento da Instrumentalidade e Instrumentos técnicos operativos do serviço social.

A INSTRUMENTALIDADE NA ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL

2.1 Debate Teórico

Para falar sobre a Instrumentalidade é necessário compreender que a realidade social deve ser entendida como fundamento material da intervenção profissional.

É preciso conhecer as expressões universais da sociedade burguesa madura e as particularidades que se colocam à ação do serviço social, na qual realiza a instrumentalidade. (GUERRA, Yolanda, Instrumentalidade do Serviço Social 2011, p. 254).

O enunciado Instrumentalidade parece algo relacionado ao uso de instrumentos para o agir profissional do assistente social, observando melhor essa expressão, faz-se entender que instrumentalidade no exercício profissional refere-se a uma capacidade adquirida, construída e reconstruída num processo sócio histórico.

A Instrumentalidade é essencial na atuação do assistente social, pois viabiliza analisar o desempenho profissional com referenciais éticos, metodológicos, teóricos e práticos.

A profissão do assistente social em sua totalidade é composta por três Competências, são elas:

Teórico Metodológico, essa competência presume que o assistente social tenha domínio do referencial teórico oportuno à profissão, da legislação, dos direitos, das políticas sociais públicas e várias outros conteúdos para que possa desenvolver os processos de trabalho do dia a dia e necessário à intervenção.

Ético- Política, essa competência viabiliza ao profissional uma análise crítica sobre as regras do mercado diante das verdadeiras necessidades dos usuários. O assistente social deve ter uma visão ética para refletir sobre o comportamento humano e ação política, trabalhando as relações sociais com diversidade.

Técnico-Operativa, nos processos de trabalho do profissional, refere-se aos instrumentos usados para compreender a situação apresentada. Essa competência é concretizada em um planejamento que conta com as necessidades detectadas na população usuária. Para a realização de suas intervenções o profissional dispõe de alguns instrumentos como: visitas domiciliares, trabalhos com grupos, observação, entrevista, reuniões, registro de documentação, mobilização de comunidades etc.

O que se percebe, é que uma competência complementa a outra, nunca podem ser desenvolvidas separadamente, “caso contrário caímos nas armadilhas da fragmentação e da despolitização, tão presentes no passado histórico do serviço social” (Carvalho &Yamamoto, 2005).

É necessário articular teoria e prática, investigação e intervenção, ciência e técnica, pesquisa e ação, por isso, não podem ser encaradas como dimensões separadas.

2.2- Pesquisa de Campo

Dadas todas as informações, esse trabalho passa agora para uma análise realizada em uma unidade da APAE (Associação de pais e amigos excepcionais), no município de Cotia. A APAE- Cotia é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, pertencente ao terceiro setor, foi fundada em 30 de maio de 1989 e desde a sua fundação luta para que pessoas com deficiência intelectual possam ter um espaço digno na sociedade, ação considerada a maior no mundo nesse segmento.

A instituição foi apresentada por Gisele Maria Oliveira, assistente social, formada pela Universidade Anhanguera desde 2010, mas somente há dois anos atua na APAE- Cotia, onde realiza triagem de novos atendidos, preenche instrumento de entrevista social, realiza acompanhamento das famílias em situação de vulnerabilidade. Caso se faça necessário, acompanha o usuário a órgãos públicos, realiza visitas domiciliares, acompanha o andamento dos programas de serviço de conveniência e fortalecimento de vínculos. A assistente social Gisele Maria, também ministra aula ao grupo de jovens que participam do Programa de Qualificação Profissional, onde aborda os temas

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