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Relação Capitalista Com "Heteronormatividade"

Por:   •  24/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  869 Palavras (4 Páginas)  •  405 Visualizações

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Surgimento das heranças e relações “heteronormativas”

Antes do surgimento das praticas agrícolas a sociedade se denominava nômade, o nomadismo é uma pratica dos povos nômades onde os mesmos não permaneciam em um local fixo, ou seja, sempre em constantes mudanças de locais, por motivos como a procura de nova pastagem para gados quando a anterior se esgotava ou mesmo por motivos naturais. É notável uma persistência no meio produtivo nômade, o modo de produção receptor, que apesar das conseqüências da evolução humana, com a criação de novos matérias e métodos de trabalho, ainda se mantém uma relação de natureza econômica e até mesmo social baseada no trabalho. Com as primeiras técnicas agrícolas o nomadismo deu lugar ao sedentarismo, e através da fixação do homem em determinado lugar que surgem a idéia de todo simbolismo que influência de alguma forma na vida do homem e até mesmo o Estado intervindo nas vidas pessoais. Quando começa a estabilização dos locais pela agricultura começa a fazer sentido o mantimento de patrimônio individual, que pode ser de valor monetário ou não e até apenas símbolos com valores sentimentais. Hoje esta ligada ao conjunto familiar, pois por direito esses patrimônios são exclusivamente individuais que cabe ao responsável determinar o fim desse patrimônio, o que é visto nesse sistema capitalista e justamente a cultura de herança, ou seja, são os princípios jurídicos que norteiam a transmissão desses bens, de uma pessoa que morreu, aos seus sucessores. É notável uma injustiça no meio desses princípios, pois ao nascer, esses herdeiros já nascem em berço de ouro, isto é, crianças receptoras desse capital todo, que nasce com grandes heranças, são ricas desde nascidas continuando com essa cultura de acumulação de bens com valores monetários e grande endeusamento do capital, quando maior essa acumulação por parte dessas famílias há um crescente aumento de desigualdades sociais, pois enquanto poucos concentram tamanhas riquezas, a maior parte da população se mantém em condições precárias em extrema pobreza. É notável que esse processo de herança se da pelas relações “heteronormativas”.

 

Em nossa sociedade, a “heteronormatividade”, uma conseqüência direta de como o sistema capitalista de exploração se baseia num modo opressor muito mais antigo que o capitalismo, que são o machismo e o patriarcado, que faz recair para metade da humanidade, o fardo da exploração. A base fundamental da vida em nossa sociedade é a família, cabe ao homem trabalhar para sustentar a mulher e os filhos, cabe a mulher fazer os trabalhos domésticos não remunerado pelos capitalistas, porém reproduzindo capital. O sistema familiar tradicional, é essencial para a continuação dessa cultura da herança, há uma necessidade de conceber um sucessor para posse dos bens familiares, e qualquer relação que não seja heterossexual, não é apta para gerar esse sucessor tão importante para o sistema. Esse modelo familiar é fundamental para sustentar economicamente esse sistema capitalista, é o principal motivo que a heterossexualidade é uma norma tão fundamental do capitalismo, e pelo qual todas as outras formas de sexualidade podem constituir uma ameaça e devem ser combatidas pelas principais instituições sociais.

Vivemos em uma sociedade em que a heterossexualidade compulsória está impregnada em nossas vidas de maneira avassaladora. Inúmeros processos “heteronormativos”, ou seja que conferem à heterossexualidade o monopólio da normalidade geram e incentivam o menosprezo e violência contra aqueles e aquelas que divergem desse modelo de referência imposto. 

Sobre os menosprezos e violências das divergências do modelo hétero, se dá por uma norma social imposta socialmente que é preestabelecida no percurso da vida humana, nota-se essa imposição através da limitação do enquadramento em perfis de gêneros patriarcais, ou seja, nos rotulam como homens ou mulheres e é necessário nos identificamos com os mesmos, que acaba implicando com essa visão do padrão heterossexual na vivencia afetivo-sexual. Há uma grande resistência na aceitação daqueles que não se enquadram nesse modelo patriarcal, pela cultura imposta desde os primórdios do capitalismo e com a não aceitação se começa a repressão contra os LGBTs.

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