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SUCESSÃO ECOLOGICA E O CLIMAX

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Por:   •  1/10/2013  •  Tese  •  1.218 Palavras (5 Páginas)  •  402 Visualizações

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1. SUCESSÃO ECOLOGICA E O CLIMAX

Sucessão é o processo ordenado de mudanças no ecossistema, resultante da

modificação do ambiente físico pela comunidade biológica, culminando em um tipo de ecossistema persistente – o clímax. Este processo tem sido um dos assuntos mais estudado em ecologia (4).

Segundo Odum, (5) essas mudanças também ocorrem na estrutura das espécies e nos processos da comunidade ao longo do tempo. Begon e colaboradores (6) definem sucessão como um esquema contínuo, direcional e não estacional de colonização e extinção das populações de espécies em uma

comunidade. Margalef (7) afirma que a sucessão consiste na ocupação de espaços “novos” e no desenvolvimento paulatino dos ecossistemas. A sucessão é definida por Odum (8) seguindo três parâmetros: (i) é um processo ordenado de desenvolvimento da comunidade, sendo por esta razão direcional e previsível; (ii) é resultado da modificação do ambiente físico feita pela própria comunidade, isto é, a sucessão é controlada pela comunidade, embora o ambiente físico determine o padrão, taxa de mudança e frequentemente o conjunto limitado de como o desenvolvimento deve seguir; e (iii) culmina na

estabilidade do ecossistema.

As mudanças sucessórias são chamadas seres (9). As seres classificam-se em dois grupos de acordo com suas origens:

• Seres primárias são aquelas que ocorrem em locais previamente desocupados, habitats recém-formados como dunas de areia, campos de lava, rochas erodidas ou geleiras recuadas.

• Seres secundárias são aquelas que ocorrem em locais ocupados anteriormente, por uma comunidade logo após uma perturbação. Podendo ocorrer em áreas como campos de agricultura abandonados (10).

Comunidades em equilíbrio, podem se desestabilizar devido a perturbações no

ambiente. Após este período as comunidades tendem a se reconstruírem, ainda que lentamente, em uma sequência de mudanças nas quais as espécies competem por espaço e recursos.

As mudanças ocorrem durante o desenvolvimento da sucessão no ecossistema

até atingir um estado de equilíbrio, que é usualmente chamado de clímax. O clímax exibe a mais completa forma de exploração de recursos ambientais e a ocupação de todos os nichos disponíveis (11).

2. MODELOS DE SUCESSÃO ECOLOGICA

O modelo de facilitação parte do princípio de que as espécies pioneiras da sucessão possam alterar as condições e/ou a disponibilidade de recursos em um habitat de maneira que favoreça a entrada e o desenvolvimento de novas espécies. Cada estágio da sucessão fomenta o estágio seguinte, fornecendo condições para que outras espécies se estabeleçam. Esse mecanismo é um importante componente da sucessão primária, na colonização de um novo substrato (23), onde as condições não são favoráveis. Porém, vários autores discutem a possibilidade da facilitação ocorrer também durante a sucessão secundária, em lugares, como por exemplo, campos de agricultura abandonados (24). A resolução dessa discussão é provavelmente a determinação de uma relativa importância desse mecanismo durante a sucessão secundária e as causas básicas de ambos os modelos – de facilitação e de inibição.

O modelo de inibição sugere que todas as espécies resistem a invasão de competidores. Os invasores iniciais (16) regulam a sucessão de modo a não permitir a invasão e o crescimento de outras espécies sem prejuízo para as espécies iniciais. As espécies de clímax inibem as espécies de estágios iniciais, as últimas não podem invadir as comunidades clímax, exceto após uma perturbação. Nesse modelo, a sucessão após o estabelecimento de uma espécie por outra ocorre somente através da morte ou substituição das espécies. Assim, a mudança sucessional leva ao predomínio das espécies de vida mais longa.

O modelo de tolerância afirma que a sucessão conduz a uma comunidade composta daquelas espécies mais eficientes na exploração de espaço e recursos, presumivelmente cada uma delas especializada em diferentes tipos ou proporções de recursos. As mudanças podem ocorrer em função das diferentes formas de exploração de recursos pelas espécies.

Tolerância é a habilidade de indivíduos (particularmente os jovens) em sobreviverem em ambientes com poucas condições ambientais, sendo resultado da alta densidade de outros indivíduos (10). A discussão sobre tolerância é um tanto quanto complicada porque o termo pode ser interpretado de duas maneiras. Por um lado, refere-se à habilidade de um organismo sobreviver em locais com baixos níveis de recursos. Por outro lado, refere-se ao “turnover” sucessional, devido às diferentes necessidades apresentadas pelos organismos, além da diferenças apresentadas durante o seu desenvolvimento, como quando espécies de vida longa e baixa taxa de crescimento dominam depois que as espécies de vida curta e rápido crescimento morrem.

As espécies tardias da sucessão são mais capazes de suportar baixos níveis de recursos

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