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Suporte Básico Da Vida

Artigo: Suporte Básico Da Vida. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  2/4/2013  •  6.084 Palavras (25 Páginas)  •  1.218 Visualizações

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„„ Suporte Básico de Vida

São medidas iniciais e imediatas aplicadas à vítima, fora

do ambiente hospitalar, onde são realizadas ações por

pessoal treinado, na tentativa de manter os sinais vitais,

evitando o agravamento das lesões.

„„ Suporte Avançado de Vida

São medidas que visam, por meio do emprego de

técnicas, equipamentos e medicamentos, a estabilizar

a vítima do ponto de vista respiratório, circulatório e

neurológico, permitindo o controle de lesões de modo

adequado a fim de proceder o tratamento definitivo.

„„ Emergência

Situação crítica que pode ser definida, de modo

abrangente, como aquela em que a vítima entra em

desequilíbrio das suas funções vitais, por enfrentar

agressões, internas ou externas, ao organismo. Também

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pode ser definida como a situação que resulta em drástico transtorno à saúde ou em súbita ameaça à vida, que exige intervenção imediata para evitar complicações graves ou mesmo a morte da vítima.

„„Urgência

É uma situação em que a vítima apresenta disfunções sérias que necessitam de intervenção, avaliação e atendimento, embora não imediatamente. A situação de urgência coloca em perigo a saúde da vítima e pode evoluir para uma emergência.

Exemplos de uma situação de urgência são os desmaios, as fraturas simples fechadas, as crises hipertensivas, entre outros.

„„Sinais

São alterações orgânicas que o socorrista pode perceber por meio dos sentidos durante a avaliação da vítima.

Exemplos desses sinais são a palidez, a sudorese (suor excessivo), o sangramento, o edema (inchaço), o odor alcoólico, entre outros.

„„Sintomas

São sensações que a vítima experimenta e é capaz de descrever.

Por exemplo: a dor, o calor, o frio, a fraqueza, a tontura ou a sensação de mal‑estar.

Agora que você já conhece essas definições, vamos à prática!Visão, tato, audição e olfato.

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Suporte Básico da Vida

Unidade 1

Como fazer a avaliação inicial da vítima?

A avaliação inicial da vítima é um meio de obter informações

sobre os problemas apresentados pela vítima decorrentes de

um trauma ou mal‑estar súbito de qualquer outra natureza.

A avaliação primária tem a finalidade de identificar e corrigir

situações que apresentam risco de morte à vítima. A American

Heart Association (AHA, 2010) recomenda que, na presença de

vítima em colapso cardíaco súbito, deve ser chamado serviço

móvel de urgência imediatamente e, na sequência, identificar

sinais de Parada Cardiorrespiratória (PCR). Se a pessoa que

presenciou o colapso não tiver treinamento em Reanimação

Cardiopulmonar (RCP), ela deverá fazer somente as compressões

torácicas na vítima adulta, com ênfase em “comprimir forte e

rápido” no centro do tórax até a chegada de socorro.

É importante sabermos diferenciar uma situação de colapso

cardíaco de qualquer outra situação de mal‑estar.

Como fazemos isso?

Nesse caso, o socorrista deve realizar a avaliação do nível de

consciência por meio do AVDI, que diz respeito às seguintes

palavras: alerta (A), estímulos verbais (V), estímulos dolorosos

(D) e inconsciente (I). O socorrista deve responder às seguintes

perguntas, cada uma referente a uma das letras da sigla:

A – A vítima está alerta?

V – A vítima responde aos estímulos verbais?

D – A vítima só responde aos estímulos dolorosos?

I – A vítima está inconsciente?

Depois disso, dando sequência ao atendimento, o socorrista deve

realizar a avaliação primária da vítima, levando em consideração

os seguintes aspectos:

O reconhecimento da

PCR no adulto consiste

na constatação do estado

de inconsciência e na

ausência de respiração ou

respiração anormal.

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„„Permeabilidade das vias aéreas: a entrada e a saída de ar dos pulmões funcionam com normalidade?

„„Presença de respiração: a respiração é adequada?

„„Presença de circulação: existe presença de pulso nas artérias periféricas e nas grandes artérias?

Logo mais abordaremos os Sinais Vitais, concluindo o conhecimento referente ao processo de avaliação primária. Neste momento, comprovada a presença de respiração e circulação, você pode seguir realizando a avaliação secundária, da cabeça aos pés da vítima. Essa avaliação consiste na exposição da vítima, ou seja, na retirada de suas roupas, para a realização do exame físico que, de acordo com Viana e Petenesso (2007), é o ato ou processo de inspecionar, palpar, percurtir e auscultar determinadas regiões do corpo e seus respectivos sistemas, a fim de detectar alterações no organismo.

Vejamos cada uma dessas ações mais detalhadamente:

Inspeção

O processo de observação detalhada da superfície corporal com o objetivo de avaliar a coloração, a forma, a simetria, por meio da visão, audição e do olfato, a fim de detectar alterações no organismo, é chamado de inspeção.

Podemos seguir um roteiro geral para a inspeção, verificando o seguinte:

„„Estado geral: observar a aparência classificando o estado da vítima em: BEG (Bom Estado Geral), REG (Regular Estado Geral) e MEG (Mal Estado Geral).

„„Nível de consciência: observar lucidez e verificar a qualidade do diálogo.

„„Linguagem: comunica‑se verbalmente ou por gestos, apresenta fala pastosa, disartria ou está afônico, sem fala.

Carótida e femoral.Dificuldade para articular palavras.

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Suporte Básico da Vida

Unidade 1

„„ Movimentação e postura: anda, não anda, assume

posição relacionada à dor.

„„ Coloração da pele e das mucosas: palidez, icterícia, cianose.

Ausculta

Na ausculta é possível ouvir os sons produzidos pelo organismo,

que são transmitidos para a superfície do corpo e captados de

modo direto e de modo indireto.

Vejamos a representação da ausculta na seguinte figura:

Figura 1.1 - Ausculta

Fonte: Ilustrada por Edison Rodrigo Valim.

Palpação

Utiliza‑se o tato com o objetivo de identificar a temperatura, a

umidade da pele e os locais sensíveis à dor. São usadas diferentes

partes das mãos do socorrista para:

„„ avaliar a temperatura, use o dorso das mãos;

„„ avaliar a umidade, use a palma das mãos; e

„„ avaliar a dor, use as pontas dos dedos.

Vejamos a figura:

Icterícia

Coloração amarelada.

Cianose

Coloração azulada.

Modo direto

Orelha externa capta

sons diretamente no

local auscultado.

Modo indireto

Sons captados por meio

do estetoscópio.

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Figura 1.2 - Palpação

Fonte: Ilustrada por Edison Rodrigo Valim.

Além de avaliar a temperatura, a umidade da pele e a presença de dor, a palpação realizada da cabeça aos pés identifica anormalidades, ao comparar um lado do corpo com o outro. Para isso, utiliza‑se as duas mãos simultaneamente, palpando, em sequência, cabeça, face, região cervical, tórax, abdome, pelve, extremidades superiores e inferiores e coluna vertebral.

Percussão

É a realização de golpes com os dedos indicador e médio, da mão dominante do socorrista, sobre os dedos da mão não dominante, colocados em áreas do organismo que permitem avaliar tons, intensidade, vibração e detectar a presença de ar e líquidos.

Vejamos como isso se parece:Figura 1.3 - Percussão

Fonte: Ilustrada por Edison Rodrigo Valim.

Saliências, reentrâncias, lesões, edemas etc.

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Suporte Básico da Vida

Unidade 1

É comum, no dia a dia, nos depararmos com vítimas

inconscientes, sem saber o que está acontecendo. Por isso,

precisamos afastar a possibilidade de traumas de um modo geral.

1.4 Sinais Vitais (SV)

Os sinais vitais, de acordo com, Craven e Hirnle (2006), indicam

a função de alguns dos mecanismos homeostáticos do corpo. Os

sinais vitais podem refletir muitas coisas a respeito do estado de

saúde/doença dos indivíduos, portanto os autores estabeleceram

valores tidos como normais para os sinais vitais nos diferentes

grupos etários, conforme Tabela 1.1.

Tabela 1.1 - Sinais Vitais x Grupo Etário

Faixa Etária Pulso Respiração Temperatura Pressão Arterial

1 a 3 anos 80‑130 24‑40 37,2‑37,6 80‑112/50‑80

Pré‑Escolar 80‑120 22‑34 37,0‑37,2 82‑110/50‑78

Escolar 75‑110 18‑30 36,6‑37 84‑120/54‑80

Adolescente 60‑90 12‑20 36,1‑37,2 94‑140/62‑88

Adulto 60‑100 12‑20 36,1‑37,2 90‑140/60‑90

Idoso (> 70 anos) 60‑100 12‑20 35,0‑37,2 90‑140/60‑90

Fonte: Craven, FR; Hirnle, C.J. (2006).

As urgências/emergências têm formas peculiares de manifestação.

A verificação dos sinais vitais é um procedimento essencial para

a realização da avaliação inicial da vítima, pois são indicadores

das condições de vida. Esses sinais podem mostrar alterações

orgânicas que chamarão a atenção do socorrista para identificar

o que está acontecendo com a vítima. Porém, fatores como a

ansiedade, a dor, o esforço físico e a temperatura ambiente, por

exemplo, podem provocar alterações nos sinais vitais.

Após a verificação dos sinais vitais da vítima, vale fazer uma

comparação com os valores normais indicados na Tabela 1.1.

Os resultados dos sinais vitais verificados inicialmente são

parâmetros para medições subsequentes. Valores isolados de

sinais vitais são pouco valiosos.

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As técnicas para aferição dos sinais vitais são simples e fáceis de realizar, porém a interpretação das medições exige conhecimento, raciocínio crítico e experiência. No atendimento pré‑hospitalar, a frequência com que se avaliam os sinais vitais deve ser individualizada, ou seja, é a condição da vítima que determina a frequência das avaliações.

Além dos quatro sinais vitais clássicos, demonstrados no Quadro 1.1, a Dor e o Tamanho‑Reatividade Pupilar são considerados como outros sinais vitais, tendo em vista uma avaliação mais abrangente.

Prestemos atenção, portanto, aos sinais vitais, cada um com suas especificidades:

Pulso (P)

A contração dos ventrículos do coração bombeia o sangue para dentro das artérias. A pulsação pode ser percebida como uma expansão e retração da elevação das artérias que se localizam próximas à superfície da pele.

Quais são as características do Pulso?

„„Frequência ou velocidade: número de batimentos por minuto.

„„Ritmo: normalmente as contrações cardíacas ocorrem em intervalo de tempo uniforme, resultando em ritmo regular.

„„Qualidade: a força da pulsação percebida na palpação do pulso pode ser pontuada em escores que variam de zero a +4, conforme Quadro 1.1.

Pulso (P), Respiração (R), Temperatura (T) e Pressão arterial (PA).

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Suporte Básico da Vida

Unidade 1

Pontuação Qualidade

0 Sem pulso detectado.

+1 Pulso fraco, filiforme, obliterado com a pressão.

+2 Pulso difícil de palpar.

+3 Pulso normal.

+4 Pulso hiperativo, facilmente palpado.

Quadro 1.1 - Classificação da Qualidade do Pulso

Fonte: Craven, FR; Hirnle, CJ. (2006).

Fatores que afetam a frequência do pulso: idade, alterações do

sistema nervoso autônomo e uso de determinados medicamentos.

Como avaliar o Pulso?

O pulso pode ser avaliado em qualquer lugar do corpo, desde

que a artéria esteja próxima à superfície da pele e possa ser

comprimida contra a estrutura subjacente, o músculo ou o osso.

Os pulsos mais comumente examinados são:

„„ o temporal;

„„ o carotídeo;

„„ o braquial;

„„ o radial;

„„ o femoral;

„„ o poplíteo; e

„„ o pedioso.

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Vejamos estas localizações na seguinte figura:

Ar

tériaTemporalArtériaCarotidaArtériaFacialArtériaFemuralArtériaPoplíteaArtériaBraquialArtériaRadial eUlnarArtéria Tibialanterior eposteriorAvaliação de Sinais VitaisPontos de pulsação – pressão indiretaFigura 1.4 - Obtendo o pulso radial

Fonte: Ilustrada por Edison Rodrigo Valim.

Quais são os passos para a devida avaliação do pulso?

1. Posicione a vítima com o antebraço sobre o tórax com o punho estendido. A posição relaxada permite a palpação mais fácil da artéria.

2. Coloque as pontas dos dedos – indicador e médio – ao longo do sulco na base do punho da vítima.

3. Pressione os seus dedos contra a artéria radial para obliterar o pulso e, depois, libere a pressão gradualmente para sentir as pulsações.

4. Avalie o pulso para regularidade e força e, depois, registre a frequência: no caso do pulso regular, conte durante 30 segundos e multiplique por dois; no pulso irregular, conte durante um minuto.

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Suporte Básico da Vida

Unidade 1

Uma dica importante: palpe a artéria carótida na metade inferior

do pescoço para evitar estimulação do seio carotídeo, conforme

figura 1.5. Não palpe os pulsos carotídeos – direito e esquerdo – ao

mesmo tempo, isso pode comprometer o fluxo sanguíneo cerebral.

Figura 1.5 - Pulso carotídeo

Fonte: Ilustrada por Edison Rodrigo Valim.

Respiração (R)

Termo empregado para resumir dois processos diferentes, porém

correlatos:

„„ respiração interna; e

„„ respiração externa.

A respiração deve incluir a avaliação:

„„ do ritmo e da profundidade, que precisam ser regulares;

„„ da qualidade, que deve ser silenciosa, sem esforço; e;

„„ da frequência, ou seja, o número de movimentos

respiratórios por minuto.

A anormalidade geralmente se caracteriza por problemas

relacionados ao esforço e ritmo respiratório.

Agora que conhecemos um pouco sobre o funcionamento da

respiração e do que ela é constituída, vejamos os fatores que a

influenciam.

Refere‑se à utilização do

oxigênio, à produção do

gás carbônico e à troca

desses gases entre as

células e o sangue.

Processo de captar

oxigênio e eliminar gás

carbônico do organismo.

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Quais são os fatores que afetam a respiração?

Diversos fatores podem afetar a frequência, o ritmo e a profundidade da respiração. Conhecê‑los permite a identificação do significado dessas alterações.

São eles:

„„idade;

„„uso de determinados medicamentos;

„„estresse;

„„exercícios;

„„altitude;

„„sexo;

„„posição corporal; e

„„febre.

Já sabemos quais são os fatores que interagem no funcionamento da respiração. Mas como podemos avaliar a respiração?

Em primeiro lugar, a vítima não deve estar ciente de que o socorrista esteja avaliando sua respiração, pois isso pode levar à alteração dos padrões e da frequência respiratória.

Para realizar a avaliação da respiração, o socorrista deve segurar o pulso da vítima como se a estivesse avaliando. Nas respirações superficiais – e de difícil detecção – conte‑as enquanto observa a incisura esternal, onde os movimentos respiratórios ficam mais evidentes. O socorrista também pode colocar a sua mão sobre o tórax da vítima para detectar o movimento de elevação e descida do tórax.Nos homens, a respiração é menor por apresentarem maior capacidade pulmonar.A frequência da respiração aumenta para liberar o calor adicional.

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Suporte Básico da Vida

Unidade 1

Antes de realizar a contagem do número de incursões

respiratórias, o socorrista deve avaliar o ritmo e a qualidade da

respiração. O procedimento é o seguinte: avalie a respiração

para regularidade e força e, depois, registre a frequência:

quando a respiração for regular, conte durante 30 segundos e

multiplique por dois. Quando a respiração for irregular, conte

durante um minuto.

Temperatura (T)

A regulação da temperatura corporal requer a coordenação dos

principais sistemas orgânicos. Para que a temperatura central

permaneça normal, a produção de calor deve equivaler à perda

de calor.

Quais são os fatores que afetam a temperatura?

Assim como na frequência respiratória, existe uma série de

fatores que interferem na temperatura. São eles:

„„ idade: nos neonatos e nos idosos a temperatura é menor;

„„ ambiente: pode aumentar ou diminuir a temperatura

corporal;

„„ horário do dia: entre as 17 e 19 horas a temperatura

encontra‑se mais elevada, enquanto às 3 horas a

temperatura corporal encontra‑se diminuída;

„„ exercício: aumenta a produção de calor e a temperatura;

„„ estresse e hormônios: aumentam a temperatura.

Pressão arterial (PA)

É a medida da força que o sangue exerce contra as paredes

das artérias.

Produção de calor

O calor é um subproduto

das reações químicas

conhecidas como

metabolismo.

Perda de calor

O calor é perdido por

meio de quatro processos:

radiação, condução,

convecção e evaporação.

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Quais são os fatores que afetam a PA?

„„a idade: a PA aumenta gradualmente a partir da infância e se correlaciona com a altura, o peso e a idade. Nos idosos ocorre aumento gradual da PA e se deve à resistência vascular sistêmica aumentada;

„„o Sistema Nervoso Autônomo Simpático aumenta a PA;

„„o volume sanguíneo diminuído diminui a PA;

„„o uso de determinados medicamentos pode causar hipotensão, como os diuréticos, narcóticos, entre outros.

Dor

A dor é uma sensação aguda ou crônica de desconforto individual resultante da resposta do sistema nervoso central a um estímulo externo ou interno no organismo. Está presente em diferentes distúrbios do organismo. Nas urgências/emergências é um dos sintomas mais relatado pela vítima, variando conforme:

„„a intensidade e periodicidade;

„„o tipo de injúria (trauma);

„„o órgão afetado;

„„a idade;

„„o sexo;

„„as patologias prévias; e

„„o estado de consciência.

A dor contribui para dimensionar as condições vividas pela vítima, orientando no exame secundário, além de servir para o estabelecimento de prioridade na abordagem.

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Suporte Básico da Vida

Unidade 1

Tamanho e reatividade das pupilas

O exame das pupilas fornece informação quanto ao estado

neurológico da vítima. Normalmente as pupilas são iguais,

redondas e reagem à luz. As alterações a serem consideradas

nas situações de urgência/emergência, excluindo‑se o uso de

medicações oculares e lesões prévias, são as seguintes:

„„ Midríase

São pupilas dilatadas e não responsivas à luz. Podem

estar associadas à arritmia cardíaca a injúria do Sistema

Nervoso Central (SNC), com diminuição ou ausência de

oxigenação cerebral, conhecida por hipóxia ou anóxia,

respectivamente, ou com o uso de drogas.

Segue imagem da midríase:

Figura 1.6 - Pupilas midriáticas

Fonte: Ilustrada por Edison Rodrigo Valim.

„„ Miose

São pupilas contraídas e que não respondem à luz.

Podem ser causadas por doenças ou traumas do Sistema

Nervoso Central ou pelo uso de drogas narcóticas.

Segue imagem da miose:

Figura 1.7 - Pupilas mióticas

Fonte: Ilustrada por Edison Rodrigo Valim.

Cocaína, atropina

e anfetaminas,

dentre outras.

Heroína e morfina,

por exemplo.

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„„Anisocoria

São pupilas desiguais e não responsivas à luz. Podem estar associadas ao acidente vascular cerebral ou derrame.

Segue imagem da anisocoria:Figura 1.8 - Pupilas anisocóricas

Fonte: Ilustrada por Edison Rodrigo Valim.

Seção 2 – A cena pré‑hospitalar e a biossegurança

Antes de iniciar o atendimento pré‑hospitalar à vítima que tenha sofrido um mal‑estar súbito de qualquer natureza, a prioridade é avaliar a cena, o que significa assegurar‑se da segurança e da situação.

A manipulação da vítima requer muita cautela. O atendimento pré‑hospitalar é caracterizado pela possibilidade de exposição a vários riscos. O risco biológico é de maior relevância. O tamanho do risco depende do contato direto com os agentes biológicos sem a utilização de proteção necessária. Neste sentido, a biossegurança tem papel importante para a prevenção do contágio com patógenos, ou microrganismos, adquiridos pelo sangue.

2.1 A cena

Avaliar a cena, de acordo com o Prehospital Trauma Support Life (PHTLS, 2007), é condição importante para a segurança do socorrista e da vítima. Boa observação e percepção são ferramentas indispensáveis para avaliar a cena.

Traumatismo de crânio e trauma ocular.

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Suporte Básico da Vida

Unidade 1

Tenha uma impressão geral da cena e da situação antes

de passar a fazer parte dela.

A avaliação da cena inclui dois componentes principais, quais sejam:

„„ Segurança: verifique a segurança da cena, o atendimento

da vítima deve aguardar até que a cena esteja segura.

„„ Situação: pergunte‑se – o que está acontecendo?

Tenho condições de ajudar? Que outro tipo de ajuda

é necessária?

2.2 Biossegurança

Conforme Fiocruz (1996), biossegurança abrange o conjunto

de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação

de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino,

desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços. Riscos que

podem comprometer a saúde do homem ou da qualidade dos

trabalhos desenvolvidos.

A experiência tem demonstrado que o socorrista frequentemente

se expõe a situações que podem colocar em risco a sua vida. A

biossegurança é um dos aspectos principais a ser considerado

durante o atendimento de primeiros socorros. Por isso, é necessário:

„„ o bom senso;

„„ a obediência às normas sanitárias; e

„„ a utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs).

Abordaremos, a partir de agora, conteúdos referentes:

„„ ao processo de contaminação;

„„ às infecções causadas por vírus e bactérias;

„„ às principais doenças de risco para o socorrista;

Normas de precaução

padrão para reduzir a

exposição às doenças

infecciosas.

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„„às precauções padrões; e

„„o uso de EPIs.

Iniciemos com a seguinte pergunta: como ocorre o processo de contaminação?

Para que o processo de contaminação aconteça, são necessários três componentes:

1. Agente: microrganismo capaz de causar infecção.

2. Hospedeiro: indivíduo infectado pelo agente, com ou sem a doença manifesta.

3. Meio de transmissão: modo como o agente é transmitido ao hospedeiro. A transmissão pode ser direta ou indireta.

Como são causadas as infecções?

As infecções podem ser causadas por vírus e/ou bactérias. Os microrganismos que causam infecção são chamados de patogênicos e podem ser encontrados nos fluídos corporais, como no sangue, nas secreções orais e de vias aéreas superiores – saliva e coriza – e daquelas secreções oriundas da tosse, do espirro e da respiração da vítima.

Conforme o PHTLS (2007), nos casos de doenças adquiridas por patógenos do sangue, o tipo de exposição é chamado de monocutânea. Estas têm tipicamente menor probabilidade de causar transmissão e incluem a exposição do sangue à pele não íntegra – oral e conjuntiva ocular.

Existem doenças consideradas de risco aos socorristas. De acordo com o PHTLS (2007), as principais doenças de risco relacionadas aos patógenos adquiridos pelo sangue são:Chamado de patógeno. Vírus Resfriados, hepatite, HIV.Bactérias Amigdalite, meningite, tuberculose.Com lesões, acnes ou mucosa.

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„„ Hepatite Viral

Embora diversos vírus da hepatite tenham sido

identificados, o vírus da hepatite B e C são os que mais

preocupam. A hepatite pode ser transmitida ao socorrista

por meio de exposição monocutânea à pele não íntegra.

„„ HIV

O HIV é transmitido essencialmente pelo sangue ou

sêmen infectados, mas secreções vaginais e fluídos

pericárdicos, peritoniais, pleurais, amnióticos e

cefalorraquidianos podem ser considerados infectados.

Lágrimas, urina, suor, fezes e saliva são considerados

não infecciosos, a menos que haja a presença evidente de

sangue nessas secreções.

Entre as principais doenças de risco relacionadas com as

secreções orais e de vias aéreas superiores estão a meningite e

a tuberculose.

Conforme o PHTLS (2007), não é possível identificar, de modo

confiável, as vítimas que sejam ameaça potencial aos socorristas.

Em função disso, foram desenvolvidas precauções‑padrão para

evitar que os socorristas entrem em contato direto com o sangue

e/ou fluídos corporais da vítima.

Quais são essas precauções disponíveis à proteção do

socorrista?

Basicamente, são referentes ao uso de materiais adequados e

descartáveis para a proteção contra as doenças de risco para o

socorrista. Os EPIs ou Barreiras Físicas consistem em:

„„ luvas;

„„ máscaras faciais;

„„ proteção ocular;

„„ aventais; e

„„ máscara de fluxo

unidirecional.

Saliva e coriza e

daquelas oriundas da

tosse, do espirro e da

respiração da vítima.

Barreiras físicas ao sangue

e fluídos corporais.

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O equipamento de proteção individual do socorrista deve consistir, pelo menos, de luvas, máscaras faciais e proteção ocular.

Vejamos cada uma dessas proteções:

Luva

As luvas podem ser de látex, vinil ou outro material sintético e impermeável. As luvas devem ser utilizadas quando houver contato com a pele não íntegra, mucosas, tecidos ou órgãos, além de áreas contaminadas com sangue ou outros fluídos corporais. Antes de calçar as luvas, verifique suas mãos, observe a presença de lesões e proteja‑as. Durante o atendimento à vítima é comum a ocorrência de perfurações nas luvas; examine‑as periodicamente e troque‑as sempre que necessário.

Quando o atendimento à vítima durar mais de 30 minutos, troque as luvas. Não manuseie celular, canetas, nem qualquer outro equipamento com as mãos enluvadas e contaminadas por secreções corpóreas da vítima. Antes e após o uso das luvas, lave suas mãos. Luvas devem ser descartadas em local seguro após utilização.

Segue imagem da luva:Figura 1.9 - Luvas de látex

Fonte: Ilustrada por Edison Rodrigo Valim.

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Máscaras faciais

Há dois tipos básicos de máscaras faciais, as cirúrgicas e a facial,

com filtro de alta eficiência.

Veja essa diferença nas figuras:

Figura 1.10 - Máscara cirúrgica

Fonte: Ilustrada por Edison Rodrigo Valim.

Figura 1.11 - Máscara facial com filtro de alta eficiência

Fonte: Ilustrada por Edison Rodrigo Valim.

Ao usar a máscara, lembre‑se de colocá‑la sobre a boca e o nariz,

com as bordas superior e inferior ajustadas à face. Evite tossir,

espirrar e falar enquanto você estiver usando a máscara. Caso a

máscara fique úmida ou suja, ela deve ser trocada imediatamente

e descartada em local seguro capaz de impedir a contaminação de

outras pessoas.

Cirúrgicas

Protegem as mucosas orais

do socorrista da exposição

a agentes infecciosos.

Facial

Impedem a passagem

de particular menores,

oriundas da tosse e dos

espirros da vítima.

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Proteção ocular

A proteção ocular deve ser utilizada sempre que houver a possibilidade de respingos de gotículas de sangue ou outros líquidos corporais, pois esse equipamento protege a mucosa ocular contra os possíveis respingos. Ao usar os óculos de proteção, observe sua adaptação à face, inclusive nas laterais dos olhos. Após utilizados, os óculos devem ser lavados com água corrente e desinfetados com álcool a 70%. Vale ressaltar que óculos comuns não fornecem proteção lateral.Figura 1.12 - Óculos de proteção ocular

Fonte: Ilustrada por Edison Rodrigo Valim.

Aventais

Protegem a pele e as roupas do socorrista do contato com sangue ou outros líquidos corpóreos. Dever sem compridos, com mangas longas e punhos estreitos, conforme figura 1.13, e trocados sempre que contaminados. Evite manipular a parte externa do avental após a retirada das luvas.

Figu

ra 1.13 - Avental Fonte: Ilustrada por Edison Rodrigo Valim.

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Máscara de fluxo unidirecional

É a máscara que deve ser adaptada à boca e ao nariz da vítima

para realizar a ventilação, no caso de parada respiratória. Esse

equipamento impede o contato do socorrista com secreções orais

e respiratórias, durante a realização das ventilações, e, além disso,

não permite que o ar exalado pela vítima entre em contato direto

com o socorrista.

Figura 1.14 - Máscara de fluxo unidirecional

Fonte: Ilustrada por Edison Rodrigo Valim.

O que fazer depois da utilização desses equipamentos?

Após o uso dos EPIs, primeiramente você deve retirar as luvas.

Depois, lavar bem as mãos ou usar um antisséptico à base de

álcool. Com as mãos lavadas, retire o protetor ocular, a máscara

facial e, por último, o avental, evitando tocar na sua parte externa.

Os antissépticos à base de álcool são úteis para evitar a

transmissão de muitos agentes infecciosos, mas não são

adequados quando as mãos estiverem sujas; entretanto, podem

limpar e proporcionar um efeito protetor em situações de

indisponibilidade da água corrente.

Associada ao uso dos EPIs, a lavagem das mãos, figura 1.15, é

um princípio fundamental para o controle das infecções. As mãos

devem ser lavadas com água e sabão sempre que ocorrer qualquer

contaminação grosseira com sangue ou com os fluídos corporais.

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Vejamos a seguinte figura:Figura 1.15 - Lavagem das mãos

Fonte: Ilustrada por Edison Rodrigo Valim.

Síntese

Na seção 1, você teve a oportunidade de conhecer as características do socorrista relacionadas à segurança pessoal, seus deveres e suas responsabilidade, bem como os aspectos importantes a serem considerados no ambiente pré‑hospitalar. Também foram destacados os aspectos legais desse tipo de atendimento. Além disso, foram apresentadas definições‑chave que serão úteis ao atendimento inicial à vítima. O objetivo é torná‑lo capaz de diferenciar emergência de urgência, sinal de sintoma, suporte básico de suporte avançado de vida, assim como conhecer a definição, as características, as atribuições e as responsabilidades do socorrista.

Também nesta seção foi apresentada, de modo sucinto, a forma de realizar a avaliação primária e a importância da avaliação secundária, que consiste da abordagem inicial às vítimas portadoras de um comprometimento de suas funções vitais. Você ainda estudou as definições dos sinais vitais e dos sinais

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Suporte Básico da Vida

Unidade 1

diagnósticos, valores de normalidade e técnicas para a sua

verificação. Agora, você já pode pensar em correlacionar os sinais

apresentados pela vítima com os parâmetros da normalidade,

próximos passos a serem realizados durante o atendimento de

suporte básico da vida.

Na seção 2, você teve oportunidade de conhecer a importância

da avaliação da cena, relacionada à segurança e situação, para

o atendimento pré‑hospitalar. Além disso, você teve contato

com definições básicas que o ajudarão na prevenção dos riscos

inerentes à prestação de atendimento às vítimas, portadoras de

um desequilíbrio orgânico, no âmbito pré‑hospitalar. Agora,

você já conhece os componentes básicos para o processo de

contaminação, as doenças de risco para o socorrista e as formas de

proteção com a utilização dos EPIs. Assim, você estará apto para

o atendimento às vítimas sem o risco de possíveis contaminações.

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Universidade do Sul de Santa Catarina

Atividades de autoavaliação

Responda às questões seguintes após realizar o estudo da Unidade 1. Na dúvida, volte ao texto e reveja o conteúdo. Ao final desta atividade, verifique o número de acertos – localizados nas páginas finais do livro – e, se necessário, aprofunde o estudo.

1) Com relação às definições básicas no suporte da vida, correlacione as colunas a seguir e assinale a alternativa correta:

I – Atendimento pré‑hospitalar

II – Emergência

III – Sintoma

IV – Urgência

V – Sinal

( ) Estado patológico de súbita instalação sem risco iminente de morte que necessita de pronto atendimento.

( ) Procedimentos técnicos realizados no local da emergência com o objetivo de manter o paciente com vida até a sua chegada a uma unidade hospitalar.

( ) Risco de morte iminente que necessita de diagnóstico e terapêutica imediata.

( ) Detalhe que o profissional de saúde, fazendo uso dos sentidos, pode perceber durante a avaliação do paciente.

( ) Sensação que o paciente experimenta e é capaz de descrever.

a) II – I – V – IV – III .

b) V – II – I – III – IV.

c) IV – I – II – V – III .

d) II – I – V – III – IV.

e) NRA.

2) Em situações que não caracterizam um colapso cardíaco súbito, e sim um mal‑estar de outra natureza, o socorrista deve realizar a avaliação do nível de consciência por meio do AVDI. Assinale a alternativa correta em relação ao significado do AVDI.

a) A – Alerta; V – Resposta verbal; D – Resposta ao estímulo Doloroso; e I – Inconsciência.

b) A – Abertura de via aérea; V – Ver/ouvir/sentir; D – Resposta ao estímulo Doloroso; e I – Inconsciência.

c) A – Abertura de vias aéreas; V – Verificar presença de corpo estranho na boca; Sinais D – Resposta ao estímulo Doloroso; e I – Inconsciência.

d) As alternativas a e b estão corretas.

e) As alternativas a, b e c estão corretas.

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Suporte Básico da Vida

Unidade 1

3) Considerando os aspectos legais no atendimento às urgências/emergências,

correlacione as colunas seguintes e assinale a alternativa correta:

I – Dever agir

II – Sigilo

III – Consentimento

informado

IV – Negligência

V – Abandono

VI – Consentimento

implícito

( ) É a não observação de padrões de

assistência no atendimento à vítima, que

poderá ocasionar agravos adicionais

com abrangência física ou emocional.

Exemplo: mobilização de vítima com

membro inferior fraturado sem a

realização de imobilização do local.

( ) É a autorização dada por um adulto

consciente, após ter sido informado

sobre o preparo do socorrista, para

prestar o atendimento necessário

à vítima. Os riscos e as opções de

atendimento podem ser discutidos.

( ) Uma vez iniciado o atendimento à

vítima, o socorrista não pode mais

sair do local antes da chegada de

pessoal mais qualificado ou de ter

providenciado a transferência do

mesmo para o suporte avançado.

( ) Presume‑se que a vítima, inconsciente

ou gravemente ferida, bem como

menores feridos, desacompanhados

dos pais ou responsáveis, desejariam

receber cuidados de emergência/

urgência. Aplica‑se também

à vítima desacompanhada e

com distúrbios mentais.

( ) Os socorristas, as equipes do

Samu da polícia ou do corpo de

bombeiros, ao serem solicitados,

devem proporcionar um atendimento

imediato conforme procedimentos

operacionais de seus serviços.

( ) Os comentários desnecessários

sobre o atendimento à vítima

depõem contra a privacidade dela

e dizem respeito à falta de sigilo.

a) II – I – V – IV – III – VI.

b) IV – III – V – VI – I – II.

c) V – I – II – VI – III – IV.

d) II – I – V – VI – III – IV.

e) NRA.

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Universidade do Sul de Santa Catarina

4) A avaliação inicial é um meio de obter informações sobre os problemas apresentados pela vítima decorrentes de um mal‑estar súbito qualquer. A avaliação primária tem a finalidade de:

a) Identificar e corrigir situações em que a vítima apresenta risco de morte.

b) Providenciar transporte imediato.

c) Chamar resgate.

d) Fazer reanimação cardiopulmonar.

e) NRA.

5) A AHA (2010) recomenda que na presença de vítima em colapso cardíaco súbito deve ser chamado o serviço móvel de urgência imediatamente e, na sequência, devem ser identificados sinais de PCR. Se a pessoa que presenciou o colapso não tiver treinamento em RCP, ela deverá:

a) Fazer respiração boca a boca.

b) Fazer ventilação com máscara e ambú.

c) Fazer compressões torácicas no centro do tórax até a chegada de socorro.

d) Chamar resgate e aguardar.

e) NRA.

6) Situações que não caracterizam um colapso cardíaco súbito, mas um mal‑estar de outra natureza, o socorrista deve realizar a avaliação do nível de consciência por meio do AVDI e, na sequência do atendimento, realizar a avaliação primária da vítima. Enumere as sentenças seguintes em ordem sequencial de realização e assinale a alternativa correta.

( ) Presença de circulação: existe presença de pulso nas artérias periféricas e nas grandes artérias: carótida e femoral?

( ) Permeabilidade das vias aéreas: entrada e saída de ar dos pulmões da vítima ocorre de forma normal?

( ) Presença de respiração: a respiração é adequada?

a) I – II – III.

b) III – II – I.

c) II – I – III.

d) III – I – II.

e) II – III – I.

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Suporte Básico da Vida

Unidade 1

7) A realização do exame físico, de acordo com Viana e Petenesso (2007),

é o ato ou processo de inspecionar, palpar, percurtir e auscultar

determinadas regiões do corpo e seus respectivos sistemas, a fim de

detectar alterações no organismo.

Tendo isso em vista, correlacione as colunas seguintes e assinale a

alternativa correta:

(I) Palpação

(II) Ausculta

(III) Inspeção

(IV) Percussão

( ) É ouvir os sons produzidos pelo organismo

e transmitidos para a superfície do corpo

podendo ser captados de modo direto e de

modo indireto.

( ) É a observação detalhada da superfície

corporal com o objetivo de avaliar a

coloração, a forma e a simetria, por meio da

visão, audição e do olfato, a fim de detectar

alterações no organismo.

( ) Realização de golpes, com os dedos indicador

e médio da mão dominante do socorrista,

sobre os dedos da mão não dominante

colocados em áreas do organismo que

permitem avaliar tons, intensidade, vibração e

detectar a presença de ar e líquidos.

( ) Utiliza‑se o tato com o objetivo de identificar

temperatura, umidade da pele e locais

sensíveis à dor. São usadas diferentes

partes das mãos do socorrista. Para avaliar

a temperatura, use o dorso das mãos, para

avaliar a umidade, use a palma das mãos e

para avaliar a dor, use as pontas dos dedos.

a) II – III – IV e I.

b) III – II – I e IV.

c) II – I – III e IV.

d) III – I – II e IV.

e) II – III – I e IV.

8) Assinale a alternativa que apresenta todos os fatores que afetam a

temperatura:

a) Sexo, ambiente, horário, exercício, estresse e hormônios.

b) Idade, ambiente, horário, exercício, estresse e hormônios.

c) Idade, ambiente, horário, exercício, estresse e raça.

d) Sexo, ambiente, raça, exercício, estresse e hormônios.

e) Idade, ambiente, horário, exercício, sexo e raça.

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Universidade do Sul de Santa Catarina

9) Os pulsos mais comumente examinados são:

a) O temporal, o facial, o braquial, o radial, o femoral, o poplíteo e o pedioso.

b) O temporal, o facial, o braquial, o radial, o femoral, o ulnar e o pedioso.

c) O facial, o carotídeo, o braquial, o radial, o femoral, o poplíteo e o pedioso.

d) O temporal, o carotídeo, o braquial, o radial, o femoral, o poplíteo e o tibial.

e) O temporal, o carotídeo, o braquial, o radial, o femoral, o poplíteo e o pedioso.

10) Sensação aguda ou crônica de desconforto individual resultante da resposta do sistema nervoso central a um estímulo externo ou interno no organismo é chamada(o) de:

a) Estresse.

b) Injúria.

c) Sinal.

d) Dor.

e) NRA.

11) A prioridade antes de iniciar o atendimento pré‑hospitalar a uma vítima de um mal‑estar súbito qualquer é avaliar:

a) A cena.

b) A biossegurança.

c) A necessidade de uso de EPIs.

d) A contaminação.

e) A necessidade de transporte imediato.

12) De acordo com a Fiocruz (1996), o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou a eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços é a definição de:

a) Precaução‑padrão.

b) Biossegurança.

c) Equipamento de proteção individual.

d) Contaminação.

e) Infecção.

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Suporte Básico da Vida

Unidade 1

13) Que Equipamentos de Proteção Individual você utilizaria ao realizar

atendimento à vítima de trauma? Assinale a alternativa correta:

a) Óculos de proteção e máscara cirúrgica.

b) Máscara cirúrgica, óculos de proteção, luva de procedimento e

avental.

c) Máscara cirúrgica.

d) Luva de procedimento.

e) Neste caso, não há necessidade de usar EPI.

14) Considerando as principais doenças de risco para o socorrista, assinale

com V (Verdadeiro) ou F (Falso) nas alternativas e escolha a opção correta:

( ) A meningite e a tuberculose estão entre as principais doenças

de risco relacionadas com as secreções orais e de vias aéreas

superiores (saliva e coriza) e daquelas oriundas da tosse, do espirro

e da respiração da vítima.

( ) Diversos são os vírus da hepatite identificados; o da hepatite B e C

são os que não preocupam.

( ) O HIV é transmitido essencialmente por meio do sangue ou sêmen

infectados.

( ) A hepatite pode ser transmitida ao socorrista por meio de

exposição monocutânea à pele íntegra.

( ) Lágrimas, urina, suor, fezes e saliva são considerados infecciosos

quando há sangue nessas secreções.

( ) As secreções vaginais e fluídos pericárdicos, peritoniais, pleurais,

amnióticos e cefalorraquidianos não são considerados infectados

para o HIV.

a) F – F – V – F – V – F.

b) V – F – F – F – V – F.

c) F – F – V – F – V – V.

d) V – V – V – F – V – F.

e) V – F – V – F – V – F.

15) Barreiras físicas ao sangue e fluídos corporais são chamadas de:

a) Precaução‑padrão.

b) Biossegurança.

c) Equipamento de proteção individual.

d) Contaminação.

e) Infecção.

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Universidade do Sul de Santa Catarina

16) O uso de EPI fornece proteção para que microrganismos, presentes em fluídos corporais da vítima, não sejam transmitidos para o socorrista. Dentro desse contexto, assinale a alternativa correta:

a) A luva deve ser usada no contato com fluídos, secreções, membranas mucosas, pele/solução de continuidade, tecidos e órgãos, independente de estado infeccioso ou não.

b) A lavagem das mãos é dispensada com o uso de luvas.

c) As luvas podem ser reutilizadas quando não há contato com sangue.

d) As luvas devem ser trocadas quando o atendimento à vítima durar mais que três horas.

e) Para proteção, o socorrista deve manusear telefone/outros materiais com luvas.

17) Equipamento para ser adaptado à boca e ao nariz da vítima durante a realização de ventilação, no caso de parada respiratória, é chamado de:

a) Máscara facial.

b) Ambú.

c) Máscara de fluxo unidirecional.

d) Máscara de Venturi.

e) Ressuscitador manual.

18) Em relação aos EPIs, assinale a alternativa correta:

a) Avental deve ser usado sempre que houver risco de contaminação da vestimenta.

b) Lavagem das mãos é isoladamente a ação mais importante para a prevenção e o controle de infecção.

c) Protetor ocular protege a mucosa ocular da exposição contínua ou acidental, de agentes biológicos, químicos e mecânicos enquanto a máscara cirúrgica evita e/ou diminui riscos de se contrair doenças transmitidas por vias aéreas.

d) Somente as alternativas a e c estão corretas.

e) As alternativas a, b e c estão corretas.

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Suporte Básico da Vida

Unidade 1

19) Assinale com V (Verdadeiro) ou F (Falso) nas seguintes alternativas e

escolha a resposta correta.

( ) Após uso, os óculos devem ser lavados com água corrente e

desinfetados com álcool a 90%.

( ) Associada ao uso dos EPIs, a lavagem das mãos é um princípio

fundamental para o controle das infecções.

( ) A máscara de fluxo unidirecional impede o contato do socorrista

com secreções orais e respiratórias da vítima durante a realização

das ventilações.

( ) O socorrista deve evitar a manipulação da parte interna do avental

após a retirada das luvas.

( ) Antes e após o uso das luvas, as mãos devem ser lavadas

a) F – F – V – F – F.

b) F – V – V – V – V.

c) F – F – F– F – V.

d) F – V – V – F – V.

e) V – V – V – V – V.

20) Produtos a base de álcool são úteis para evitar a transmissão de muitos

agentes infecciosos, mas não adequados para quando as mãos estão

sujas. Entretanto, podem limpar e proporcionar um efeito protetor em

situações em que a água corrente não está disponível. Este produtos

são chamados de:

a) Desinfetantes.

b) Antissépticos.

c) Esterilizantes.

d) Assépticos.

e) Desengordurantes.

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Universidade do Sul de Santa Catarina

Saiba mais

MANTOVANI, M. Suporte básico e avançado de vida no trauma. São Paulo: Atheneu, 2005.

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UNIDADE 2

Reanimação Cardiopulmonar

Objetivos de aprendizagem

„„Saber identificar os sinais clínicos de parada cardiorrespiratória.

„„Aprender a realizar as manobras de suporte básico de vida na reanimação cardiorrespiratória no adulto e na criança.

...

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